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BICO-DE-PENA
Desenhos de Francisco Carballa [102]

O professor Francisco Carballa registrou no papel, com lápis e caneta esferográfica, imagens de uma cidade que aos poucos foi desaparecendo, com ênfase nos detalhes arquitetônicos, característicos de um encontro de culturas que se manifestou na primeira metade do século XX.

São edificações de uso comum, comerciais e residenciais, muitas delas demolidas, raramente preservadas, e que nesses detalhes captados pelo professor revelam aspectos curiosos de uma época já desaparecida. Quando existente, a linha do bonde é registrada nos desenhos, e uma marca registrada desses trabalhos costuma ser a existência de um vidro quebrado numa janela, sempre da mesma forma:


Rua Bittencourt, 312/altos e 310/baixos. "Até meados dos anos 1980 , funcionou no número 310 a Avícola Brasil, com seu chafariz de pedras na parede direita e a cuba cheia de peixes dourados. O dono já havia vendido o comércio, temendo os supermercados que venderiam seus produtos mais popularmente. Cheio de alterações, o prédio resiste como cortiço, inclusive seu quintal, que outrora era ocupado por um galinheiro gigante, onde senhoras iam buscar adubo, hoje tem seu espaço ocupado por casas pequenas, feitas para aluguel barato. Seu imponente estilo neoclássico ainda chama atenção. No antigo comércio havia uma foto antiga do prédio ainda intacto, junto a uma figura de Nossa Senhora" (23/2/2013). Vê-se ainda ao seu lado a edificação de números 316
Imagem cedida a Novo Milênio pelo autor, o professor Francisco Carballa

 

O local em março de 2011, visto  pelas câmeras do programa Street View (acesso em 24/3/2013)

 

O imóvel foi demolido nos primeiros dias de 2014, conforme atesta a foto feita pelo professor e pesquisador Francisco Carballa e enviada a Novo Milênio em 8/1/2014

 

Na demolição, chamou a atenção do professor Carballa o tipo de tijolo usado na construção desse imóvel, muito grande se comparado aos padrões atuais: "As paredes tinham meio metro de espessura e para isso usavam cinco tijolos"

Foto enviada a Novo Milênio em 8/1/2014 pelo professor e pesquisador Francisco Carballa