Tranqüilidade no ar,
crianças brincando aqui e ali, donas de casa cuidando dos seus afazeres. Uma cidade dentro da Cidade. No bairro Piratininga, que completa 33 anos
no próximo dia 11, o tempo ficou amigo dos moradores e parece correr mais devagar. Em meio a este clima absolutamente familiar, o bairro, com
cerca de 1.200 habitantes e pouco mais de 250 casas, faz aniversário e conserva – desde sua fundação, no final dos anos 60 – seu jeitão de
interior paulista.
Dona Antônia dos Santos é uma das
pioneiras do bairro
Foto: José Herrera, publicada com a matéria
No
início, eram 90 casas construídas em uma área ao lado da Alemoa. O núcleo começou a crescer a partir dos anos 70,
passando a abrigar pouco mais de 250 casas. Depois de três décadas, a principal diferença no Piratininga é o número de serviços públicos,
mobiliário urbano e melhorias entregues à população.
Uma dessas melhorias recentes, muito elogiada pelos moradores, é a ampliação da Emef
José da Costa e Silva Sobrinho. A Prefeitura construiu mais duas salas de aula e banheiros. Nos últimos dois anos, um programa de reurbanização do
bairro privilegiou uma série de pavimentações e drenagens que deram uma nova cara ao Piratininga.
"O lugar é ótimo. O principal é a boa vizinhança. Todos se conhecem e se respeitam.
Quando a gente viaja, as pessoas sentem falta, e as recepções são de muito carinho", comenta a moradora Antônia Santana dos Santos, uma das
pioneiras do Piratininga. De acordo com o presidente da Sociedade de Melhoramentos, Francisco do Nascimento, "a Prefeitura tem dado manutenção em
tudo que foi realizado no bairro. E temos várias melhorias feitas aqui".
Herói de guerra foi um dos fundadores
Quando se fala no Piratininga, não se pode deixar de citar uma de suas figuras mais
populares. Tema de várias entrevistas e matérias de jornais e emissoras de televisão da Cidade, o herói da Força Expedicionária Brasileira (FEB),
na Segunda Guerra Mundial, José Eloi de Almeida, 87 anos, é considerado uma celebridade dentro e fora do Bairro.
Ele foi um dos primeiros soldados a embarcar para a Itália, em 1944, pelo que
recebeu uma placa de mérito e o diploma de membro honorário do IV Corpo do Exército Americano da Associação Nacional dos Veteranos da FEB. "Ele é
muito popular, todo mundo o conhece e respeita", comenta o presidente da Sociedade de Melhoramentos, Francisco do Nascimento.
Ele foi um dos fundadores do bairro e faz questão de dizer que não o troca por
nenhum outro lugar. "Antes de sair de Minas Gerais, pouco depois da Guerra, eu fiz um sorteio de alguns lugares para onde poderia ir. Deu Santos.
Foi uma grande sorte", enfatiza.