A inauguração do trânsito marítimo através do Canal de Suez, em novembro de 1869, permitiu substancial economia de tempo na travessia entre portos europeus
e portos do Oriente Médio e Extremo Oriente. O novo canal encurtava em cerca de 8 milhas marítimas (14.816 quilômetros) a rota entre Marselha e Xangai, e tal nova realidade permitiu ao Conselho Administrativo
da célebre armadora francesa Messageries Maritimes (MM) - fundada em 1851, sob o nome de Compagnie de Services Maritimes des Messageries Nationales, sob a presidência de Armand Behic - decidir o estabelecimento de uma nova linha de navegação da
armadora entre os dois portos mencionados, via escalas intermediárias.
A exploração desta nova linha foi, porém, retardada com a eclosão, em julho de 1870, da guerra franco-prussiana. Tal conflito impunha premente necessidade de transporte de tropas francesas, sobretudo no
Mediterrâneo, e vários grandes navios da frota da Messageries foram requisitados para tal fim.
Ao término das hostilidades, em maio de 1871, findou-se, também, o longo período do Império Napoleônico, e, na França, foi restaurado o regime republicano da III República. Em agosto desse ano a armadora teve seu
nome mudado, desaparecendo a denominação Compagnie des Services Maritimes des Messageries Imperiales (nome instaurado em 1853), em benefício do novo nome de Compagnie des Messageries Maritimes.
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Navios da MM no estaleiro francês de La Ciotat
Foto: Messageries Maritimes
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O Guyenne, usado na linha do Atlântico Sul, em 1860
Foto: Messageries Maritimes
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