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ROTA DE OURO E PRATA - ARMADORAS
Costa Line

Em 24/12/1998, o jornal A Tribuna publicou, no caderno Porto & Mar:

Costa completa 50 anos de presença no Brasil

A armadora teve início na década de 30, mas foi a partir de março de 1948 que começou o transporte de passageiros

Na década de 30, os irmãos Federico, Eugenio e Enrico herdaram a fábrica de azeite do pai e com isso resolveram comprar mais alguns navios para o transporte do produto por eles fabricado. Assim nascia a famosa companhia de navegação Linea C, que mais tarde passou a adotar o nome Costa.

A empresa de navegação italiana Costa, que atua na área de cruzeiros e cargas, completa 50 anos de atividades no transporte de passageiros. Em 31 de março de 1948, o transatlântico Anna C partiu de Gênova (Itália), rumo à América do Sul, e Santos foi brindado como um dos portos de escala da embarcação.


O Anna C foi o transatlântico pioneiro da companhia, com 159,7 metros 
Imagem: quadro de Stephen J. Card

O Anna C tinha 159,70 metros de comprimento por 19,70 de boca (largura), capacidade para 768 passageiros e 11.736 toneladas de porte bruto (tpb).

As embarcações da armadora tinham a letra C junto ao nome, pois era abreviatura de Costa e, além disso, a empresa era conhecida como Linea C. Depois do Anna C, vieram outros navios, como o Andrea C, Franca C, Federico C, Bianca C, Enrico C, Eugenio C, Carla C, Flavia C, Costa Romantica, entre outros.


O Franca C fez a sua viagem inaugural a partir de 31/1/1953
Imagem: quadro de Stephen J. Card

Esses dez transatlânticos fazem parte de uma série de pinturas de Stephen J. Card, quadros que, segundo a armadora, objetivam fixar nomes destacados, vinculados de forma indissolúvel a um modo totalmente italiano de navegar e também pretendem sublinhar o estilo, a elegância e a qualidade Costa.


O Andrea C também deixou o estaleiro em 1948, para fazer a linha entre Gênova e Buenos Aires
Imagem: quadro de Stephen J. Card

O Andrea C fez a viagem inaugural de Gênova a Buenos Aires a partir de 26 de junho de 1948. Ele tinha 7.800 tpb, capacidade para 463 passageiros, comprimento de 129,57 metros por 17,38 de boca.

A viagem inaugural do Franca C ocorreu a partir de 31 de janeiro de 1953, também de Gênova a Buenos Aires. O comprimento era de 130,35 metros e a boca, de 16,55 metros. A capacidade de passageiros era de 522 e tinha 6.822 tpb.


O Federico C, de 1958, tinha instalações para acomodar 1.279 passageiros
Imagem: quadro de Stephen J. Card

Com 20.416 tpb, o Federico C iniciou a viagem inaugural em 22 de março de 1958, de Gênova a Buenos Aires. Podia transportar 1.279 passageiros e media 184,70 metros de comprimento por 24 de boca.

O Bianca C deixou Gênova em 2 de abril de 1959, rumo a Buenos Aires, estreando na linha para a América do Sul. Tinha 18.427 tpb, 181,36 metros de comprimento por 23,30 de boca e instalações para 1.252 passageiros.


O Enrico C media 176,77 metros e entrou em operação em 23/5/1966
Imagem: quadro de Stephen J. Card

Em 23 de maio de 1966, o Enrico C partiu de Gênova a Buenos Aires em viagem inaugural, com 15.889 tpb, 176,77 metros de comprimento por 22,31 de boca e acomodações para 1.265 passageiros.

Laire José Giraud, despachante aduaneiro e pesquisador de assuntos marítimos, lembra que, "entre os brasileiros, o navio que ficou no coração foi o Eugenio C, depois chamado de Eugenio Costa, cuja última passagem em Santos deu-se em março de 1996. Hoje, esse inesquecível navio - conta Laire - tem o nome de Goimburg Castle e pertence à armadora britânica Union Castle Line".


O Eugenio C, de 1966, ficou marcado para sempre no coração dos brasileiros
Imagem: quadro de Stephen J. Card

O Eugenio C deixou Gênova, rumo a Buenos Aires, em viagem inaugural, em 31 de agosto de 1966. Ele tinha 30.567 tpb, capacidade para 1.659 passageiros, comprimento de 217,39 metros por 29,30 de boca.

Há 30 anos, em 19 de dezembro de 1968, o Carla C iniciou a viagem inaugural, com 181,91 metros de comprimento por 24,20 de boca, 19.942 tpb e capacidade para 995 passageiros.

Com acomodações para 950 passageiros, o Flavia C partiu, em viagem inaugural, em 20 de dezembro de 1968. Tinha 15.465 tpb e 169,80 metros de comprimento por 21,44 de boca.


O Costa Romantica, da série de novos navios, navega desde 7/10/1993 e tem 220,62 metros Imagem: quadro de Stephen J. Card

O Costa Romantica começou a viagem inaugural em 7 de outubro de 1993. Tem 56.800 tpb, 220,62 metros de comprimento por 30,80 de boca e capacidade para 1.600 passageiros.

Na década de 80, a frota da Costa recebeu embarcações como o Costa Rivera, o Daphne e o Danae. Laire comenta que na década de 90 a Costa conheceu momentos de glória e está entre as grandes companhias de navios de passageiros do mundo, graças a navios como o Costa Marina, o Costa Allegra, o Costa Classica e o Costa Romantica, para culminar com o recém-lançado Costa Vitoria.


O Eugenio C em pleno mar 
Foto: Costa Armatori


O Eugenio C em pleno mar
Foto: Costa Armatori


O navio de cristal Costa Marina navega no mar do Caribe 
Foto: Costa Armatori


O Andrea C, escalando em Santos


O Anna C, escalando em Santos


"Eugenio C - Este foi, sem dúvida, o mais popular dos navios da Costa Armatori (ou Linea C), especialmente para os passageiros do Brasil, saudosos de sua partida. Foi batizado como Eugenio C no seu lançamento ao mar, em 1966. Em 1984, mudou o nome para Eugenio Costa. Vendido em 1996 para a Union Castle virou Edinburgh Castle. Já desfigurado, em 2000 foi negociado com a Premier Cruises que o batizou de Big Red Boat II, pintando o casco de vermelho. Este cartão-postal oficial da Linea C me foi enviado de bordo, em Lisboa, em 10 de janeiro de 1978, pelo amigo e colecionador José Carlos Rossin".

Imagem: Acervo José Carlos Silvares/fotoblogue Navios do Silvares (acesso: 13/3/2006)

 


"Adeus, Eugenio - Isto é o que restou de um dos mais populares navios da Costa Armatori (ou Linea C), especialmente para os passageiros brasileiros - o Eugenio C, nome usado desde o seu lançamento ao mar, em 1966. Seu fim foi triste: problemas financeiros fizeram a empresa abandoná-lo num cais de Freeport, nas Bahamas e vendê-lo como sucata para um estaleiro de Alang, na Índia, para onde iniciou viagem sem volta no  dia 9 de março de 2006. Fica aqui a saudade de quem, como eu, por inúmeras vezes esteve a bordo, percorrendo suas mágicas dependências, almoçando no restaurante Genova, percorrendo os salões Rubino e Turchesi, para tomar aperitivo no bar, visitando a sala de comando, ao lado dos oficiais sempre cordiais. E com certeza como os amigos Laire José Giraud, Sérgio Oliveira, Emerson Franco e tantos outros que o tiveram como navio dos sonhos".

Imagem: Acervo José Carlos Silvares/fotoblogue Navios do Silvares (acesso: 13/3/2006)

 


"O navio italiano Anna C aparece aqui em cartão-postal editado pelo meu amigo Antonio Giacomelli, a partir de bela fotografia de janeiro de 1968 quando o navio estava no Estreito de Gibraltar, feita de bordo do Federico C. Como quase todas as companhias de navegação, também a Costa Armatori interrompeu o tráfego marítimo de suas linhas durante a Segunda Guerra Mundial, retornando logo após o final do conflito. Assim, o Anna C, recém-adquirido pela Costa, passou a fazer em 1947 a rota entre Gênova e Buenos Aires, escalando portos como Cannes, Barcelona, Lisboa, Rio de Janeiro e Santos. O navio foi comprado nesse mesmo ano de 1947 pela Costa. Antes disso ele se chamava Southern Prince, da companhia Prince Line, que fazia a rota entre Nova York e Buenos Aires. Foi construído na Escócia e lançado ao mar em 1929, com 10.917 toneladas. Entre 1940 e 1947, durante a guerra, como outras embarcações, serviu como navio de transporte de tropas inglesas. Ao comprar o navio, a Costa aproveitou para realizar algumas modificações. O comprimento foi de 151 para 157 metros e o peso a 11.736 toneladas. Tinha acomodações para 500 passageiros. A primeira viagem foi em 1948 na rota Gênova-Buenos Aires. Em 1952 o navio recebeu novos motores a óleo diesel e passou a navegar com a velocidade máxima de 18 nós. Passou a ter 12.030 toneladas. As mudanças internas o deixaram com capacidade de transportar 202 passageiros em primeira classe e 864 na classe turística. Por um período fez a linha turística entre a Europa e o Caribe. Em 1972 foi demolido no estaleiro de La Spezia, na Itália".

Imagem: Acervo José Carlos Silvares/fotoblogue Navios do Silvares (acesso: 7/7/2013)

 


O Costa Marina chegando a Santos, numa manhã de janeiro de 1988. A imagem mostra catraias que transportam moradores da praia de Santa Cruz dos Navegantes (Guarujá) para Santos e que já faziam parte do cenário da Ponta da Praia

Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social Facebook em 11/6/2014

 


O Costa Classica sendo saudado pela embarcação de combate a incêndios Comandante Fleury, em 2002, no porto de Santos

Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social Facebook em 18/6/2014

 


O mesmo Costa Classica um ano depois, em 2003, atracado ao Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, do Grupo Concais

Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social Facebook em 20/7/2014

 


Em janeiro de 2002, o navio Costa Tropicale chegando a Santos para mais um cruzeiro de verão. Naquele ano, as lanchas dos práticos ainda eram totalmente pintadas de vermelho

Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social Facebook em 4/10/2014

 


O transatlântico italiano Federico C na sua última passagem por Santos como navio de passageiros, em 1968. Ele retornou depois, como navio de cruzeiros

Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social Facebook em 7/7/2014

 


No Armazém de Bagagens do porto de Santos, passageiros se preparam para embarcar no Federico C , da armadora italiana Linea C (depois Costa Armatori). Pelo fato de um dos conveses aparecer fechado com amplos vidros, a foto é datada como posterior a 1968

Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social Facebook em 5/9/2014

 


O Franca C na baía de Santos, por volta de 1970, em foto do pesquisador José Carlos Rossini. Depois, o navio voltaria ao porto santista, já transformado no navio-biblioteca Doulos

Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada na rede social Facebook em 4/10/2014