Edição 150 - MAR-ABR/2006

Grupo Cesari amplia atividades em Cubatão

Desenvolvimento é realizado com preservação ambiental

O Grupo Cesari concluiu mais uma etapa de seu processo de modernização, com a construção de três armazéns no pólo industrial de Cubatão, ampliando a área de armazenagem para 60 mil metros quadrados. Contando com duas unidades estrategicamente localizadas no pólo, a empresa atua nos segmentos de armazenagem de granéis sólidos e transporte de líquidos perigosos, com uma frota de 450 carretas, e atende a demanda do comércio exterior com o funcionamento de um pátio de contêineres classificado como Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex).

Os três novos armazéns entregues em março/2006 foram construídos na unidade 1 da Cesari, numa área total de 800 mil metros quadrados na Zona Industrial. O projeto arquitetônico atendeu à logística do Plano Diretor da empresa, que contempla os dois grandes complexos de armazenagem, um para granéis líquidos e outro para sólidos, e a área para exportação.

Para executar o projeto, a Cesari utilizou pré-moldados reaproveitados. Conforme explicou o engenheiro Rubén A. Espinoza Muñoz, gerente de Engenharia da Cesari, trata-se de material retirado de empresas desativadas, que geram ganhos em meio-ambiente, além de uma economia significativa. A estrutura dos armazéns é em concreto pré-moldado, com pé-direito de 12 metros.

Para cobrir os armazéns, a empresa optou pelo uso de telhas estruturais, fabricadas pela Eternit. O produto utilizado foi o Canalete 90 (aproximadamente 10.000 metros quadrados), uma telha estrutural capaz de proporcionar grandes vão livres – até 9,20 m –, sem a necessidade de estruturas de apoio. Por estas características e pelo projeto da cobertura, a utilização do Canalete 90 dispensou a utilização de tesouras, proporcionando uma redução no tempo de execução da obra, como também nos custos finais da cobertura. 

As paredes laterais nos G1 e G2, até a altura de cinco metros, foram feitos muros de contenção com bloco de vedação e estrutural de concreto, fornecidos pela Luis M. Bertoldo Blocos. Foram utilizadas cerca de 30 mil peças no formato 19x19x39, medida padrão aprovada pela ABNT/Inmetro. Nos outros sete metros também foram utilizados o Canelete 90 da Eternit.

Os armazéns são completamente fechados, para impedir a emissão de qualquer material particulado para a atmosfera, e contam com sistema de monitoramento, por meio de câmeras externas. Atualmente, com a concessão de licença da Cetesb, os armazéns estão sendo utilizados para diferentes produtos, como fertilizantes e carvão, atendendo grandes empresas do pólo de Cubatão.

A implantação dos armazéns foi beneficiada com o solo na área da Cesari, que é firme e dispensou a utilização de estacas, sendo adotada a fundação direta, o que gerou economia. O piso foi reforçado com 18 cm de concreto, dotado com dupla malha Telcon. O concreto específico para piso acabado ou com acabamento, de 30 e 35 Mpa, foi fornecido pela Supermix e pela Cortesia, que fizeram em curto período de tempo, um grande volume de concretragem.

A GHS foi a empresa responsável pelo tratamento e o polimento do piso nos três armazéns. Os serviços utilizaram equipamentos próprios e foram executados durante a fase de concretagem.

Segundo enfatizou Rubén, além do aproveitamento da luz natural, a iluminação é a prova de explosão, com projeto desenvolvido pela própria Cesari.

Além do transporte e da armazenagem, a empresa está investindo no comércio exterior, com a implantação do Redex, autorizado pela Receita Federal, em pátio de contêineres de 30 mil metros quadrados. No local, o contêiner é estufado com produtos para exportação e, após a fiscalização da Receita, segue para o embarque no porto.

Preocupada com a área ambiental, a Cesari desenvolve projetos permanentes de preservação, considerando que de uma área total de 2,6 milhões de metros quadrados, 1,4 milhão de metros quadrados é intocado. Para cumprir essa responsabilidade, a empresa mantém uma equipe de 10 jardineiros.

Para a operacionalização dos novos armazéns, a disposição dos resíduos mereceu uma atenção especial no momento da limpeza do armazém, especialmente nos casos de troca do produto. Descartando a hipótese de jogar os detritos na drenagem normal, parte dos resíduos, que é raspada após as operações, é devolvida para o cliente fazer o descarte, já que ele é o responsável.

Para solucionar o que fazer com outra parte dos resíduos, aquela que é carregada na lavagem da área, foi idealizada uma caixa com uma grelha, como um mata-burro, interligada a um tanque de contenção de concreto subterrâneo, totalmente isolado. Com capacidade para 3.000 litros, a água fica contida nesse tanque e, ao final, é entregue ao cliente para que seja tratada.

A armazenagem do carvão também gerou uma solução correta. A descarga do carvão é feita por meio de um sistema de deslonamento, no qual a cobertura do caminhão é aberta e enrolada. Após a descarga, ao sair do sistema, o veículo recebe uma lavagem nos pneus, para não sair da área da empresa e sujar as ruas da Cidade. A água do sistema de lavagem de pneus é reaproveitada e retorna para o próprio produto, que não pode ficar seco e sofrer aumento de temperatura.