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Edição 149 - Fev/2006
Decoração 

Ambientes mais aconchegantes

Dicas de mudanças que incrementam o bem-estar dentro de casa

A arquiteta e criadora de mobiliários Cynthia Pimentel Duarte ampliou atividades com a inauguração de uma filial em São Paulo, em 2005. Com um estilo contemporâneo, ela assina projetos de apartamentos luxuosos e mansões, veleiros, lanchas e lojas, no Rio de Janeiro, e sugere que mesmo com pouco dinheiro é possível realizar mudanças que incrementam o bem-estar dentro de casa. Ela explica que pequenos detalhes podem tornar ambientes mais agradáveis e aconchegantes: "Basta que seja um lugar sossegado, com privacidade e não fique no meio do caminho".

A cor é elemento de transformação na Arquitetura, lembra Cynthia. Tanto pode tornar um espaço agradável, quente, mais apropriado para uma residência, ou em lugar frio, impessoal, característico de uma área comercial. "Com cores também podemos alterar a sensação de tamanho dos ambientes", diz. "Elas convidam a ficar ou expulsam. O importante é saber combiná-las para atingir o objetivo a que se propõe o projeto". Para obter um clima relaxante, o ideal é usar tons mais claros e luzes em tom amarelado, aconselha a arquiteta.

A janela é importante, pois é responsável pela iluminação e pela ventilação do ambiente. "Aposte nas persianas para valorizar as janelas sem perder a elegância. Elas são boas opções para trazer conforto e bem-estar", comenta Cynthia, lembrando que são fáceis de limpar, não acumulam poeira, atendem a vários tipos de vãos e servem como proteção contra os raios solares intensos sem impedir a passagem de luz e ar. Além de integrarem o exterior ao espaço interno, disfarçam vistas desagradáveis.

Outra dica é explorar com plantas os espaços interiores disponíveis, trazendo tranqüilidade para o ambiente. Além de ser uma ótima alternativa para deixar o ambiente mais aconchegante, as plantas têm o poder de aliviar tensões do dia-a-dia e dar nova vida aos espaços esquecidos. "Prefira as espécies de fácil manutenção, não esquecendo dos fatores luz e sombra na escolha e dos vasos de pequenos e de médio porte. Outra sugestão é colocar vasinhos em cachet-pots em prateleiras, mesas de centro e laterais de sofá no living", indica Cynthia. Também é possível recorrer a elementos que complementam o clima, como fontes de água, espelhos e lâmpadas.


Cynthia: "A cor é elemento de transformação na Arquitetura"
Foto: divulgação


Versatilidade do couro de avestruz

Resistente e macio, o couro de avestruz vem sendo utilizado como uma opção elegante na confecção de artigos de decoração, como porta-retratos, mouse-pads, porta-lápis, forro de jarra térmica, bandejas de café, e também na fabricação de móveis, como poltronas para escritórios e residências.

"Além de exclusivo em sua textura, o couro de avestruz permite muitas variações em seu tingimento e acabamento, o que possibilita várias opções de aplicação", explica Ana Helena Gentil Faria, gerente da Struzzo, marca da Avestro. A Struzzo é líder no desenvolvimento de técnicas de tingimento e aplicação do couro e detém técnicas de manuseio e aproveitamento desse material.


Produto é alternativa na confecção de móveis e artigos de decoração
Foto: divulgação


Bancos indígenas - Entre a função e o rito, no MCB

A exposição com bancos de 16 nações indígenas que no ano passado esteve em Paris, no Espaço Brasil instalado no Carreau du Temple, está em São Paulo. O Museu da Casa Brasileira, na Avenida Faria Lima, 2705, Jardim Paulistano, apresenta até 30 de abril de 2006, de terça a domingo, das 10 às 18 horas, a mostra Bancos indígenas – Entre a função e o rito. São 58 bancos, esculpidos diretamente em madeira maciça, sem encaixes nem emendas. Muitos têm forma de bichos, enquanto outros apresentam formas retas, simples.


Banco marajoara: acervo do Museu Paraense Emílio Goeldi
Foto: Denise Andrade/divulgação

A versão brasileira da exposição tem uma introdução com seis peças arqueológicas, cedidas pelo Museu Paraense Emílio Goeldi e pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. Entre elas, está o banco indígena mais antigo do Brasil - o de cerâmica marajoara, cultura que floresceu na Amazônia entre os séculos V e XV. As curadoras Adélia Borges e Cristiana Barreto querem mostrar ao público a antiguidade da simbologia dos bancos, que sugere seu uso para a demarcação de papéis sociais.


Banco com grafismos geométricos: povo Asurini, Pará
Foto: Domingues/divulgação