Metrópole
Guarujá
espera investimentos
Com planejamento e parcerias,
Município quer alavancar progresso
A Prefeitura
de Guarujá formou grupo multidisciplinar, envolvendo as Secretarias
de Turismo, Planejamento, Assuntos Jurídicos, Meio-Ambiente e Desenvolvimento
Econômico, para elaborar uma carteira de projetos com as possibilidades
de investimentos na "Pérola do Atlântico". Entre os planos,
a construção de um píer público, revitalização
dos fortes de Santa Cruz dos Navegantes e Vera Cruz, mais conhecido como
Itapema, e sua integração no circuito Rabo do Dragão,
com a criação do Parque da Serra do Guararu. Segundo informou
o secretário Marcelo Pedroso, de Turismo, também estão
sendo analisadas as áreas em condições de serem cedidas
para a implantação de projetos, como a construção
do centro de convenções.
"Vamos mostrar que Guarujá
é uma cidade aberta aos investimentos, com possibilidades concretas
de se realizar", disse Marcelo, frisando que o trabalho focará vários
segmentos do turismo, como o ecológico, negócios, lazer,
esportivo, gastronomia e náutico. "Somos uma ilha, numa posição
que nos coloca muito próximo da Capital, e não temos sequer
um píer público de atracação", constata o secretário,
lamentando a impossibilidade de realizar passeios de escuna, por exemplo.
"A orla precisa de uma padronização; os mirantes precisam
de infra-estrutura. Vamos buscar parceiras para viabilizar esses projetos".
Ermida
do Guaibê
Um ponto estratégico para
ampliar a divulgação é a criação de
um calendário de eventos. "Nosso programa de Verão para 2006
terá nova formatação, pois a atual não atende
aos interesses da cidade, nem do Turismo. Vamos criar um grande evento
que trabalhe nossa relação com o mar", disse: "Vamos desenvolver
uma exploração do mar como atividade de lazer, esporte e
cultura. Vários povos exploram essa relação e nós
ainda não conseguimos fazer. Nós vivemos de costas para o
mar".
No turismo ecológico e histórico,
a definição do Parque da Serra do Guararu, na região
conhecida como Rabo do Dragão, depende de parceria com o Governo
do Estado. O parque envolveria a Ermida do Guaibê, uma igreja construída
em 1550, Armação das Baleias, o Forte São Luís,
às margens do Canal de Bertioga, e o Forte do Itapema. Entre outras
ações da Secretaria de Turismo, conforme publicado na edição
de junho do Perspectiva, está elaborando um roteiro que mostra as
várias fases da Arquitetura na Cidade, incluindo construções
ícones do modernismo, como o Edifício Sobre as Ondas, na
Praia de Pitangueiras, e a Casa de Pedra, entre as Praias de Pitangueiras
e Astúrias.
Ermida
do Guaibê, Parque da Serra do Guararu: nos planos do secretário
Marcelo
Resort
na Praia de Pernambuco
Um dos investimentos que está
sendo comemorado em Guarujá é o resort Jequitimar,
na Praia de Pernambuco, que será construído pela Sisan, uma
das 34 empresas do Grupo Silvio Santos. As obras somarão 39 mil
m² de instalações, serão realizadas pela Construcap
e terão início em agosto de 2005, com prazo de conclusão
em dois anos. O resort ocupará terreno de 56 mil metros quadrados,
onde funcionou o Jequitimar Praia Hotel, e a Ilha do Mar Casado, totalizando
investimentos de R$ 150 milhões.
O projeto arquitetônico é
assinado pelo franco-suiço Michel de Fournier, e o estudo de viabilidade
financeira foi feito pela agência espanhola HIA. O paisagismo será
do escritório Burle Marx, enquanto a operadora dos serviços
será a Sofitel, da rede Accor. O resort terá mini-piscinas
com água doce à beira mar. Além de dois edifícios
com 341 suites, serão construídos 40 bangalôs na encosta
da Ilha do Mar Casado, em frente ao hotel. O lazer contempla 10 piscinas,
seis quadras de tênis, quatro restaurantes. O centro de convenções
terá capacidade para 1.800 pessoas.
Simulação
da implantação
Projeto urbanístico
na Enseada
Outro investimento destacado pelo
secretário é o Guarujá Central Park, na Praia da Enseada,
que, além do setor turístico, vai incrementar a população
fixa para Guarujá. O empreendimento consiste num bairro planejado,
em área de 494.000 m², que se estende do mar até o pé
da serra, com normas rígidas de uso e ocupação e paisagismo.
A gestão prevê a criação de uma Associação
dos Amigos que cuidará da manutenção e atuará
na segurança. A implantação é feita pela Sobloco,
responsável pela Riviera de São Lourenço, em Bertioga,
e o Parque Faber-Castell, em São Carlos, no interior de São
Paulo.
O projeto prevê áreas
para diferentes formas de ocupação: residencial vertical,
residencial horizontal e comércio e serviços. Os lotes residenciais
para casas têm áreas de 500 até 1.215 metros quadrados.
Os lotes para incorporações verticais são a partir
de 1.430 metros quadrados. Os preços variam de acordo com o posicionamento
do lote no empreendimento. Foram previstas, ainda, ruas em cul de sac,
criando bolsões privativos, visando privacidade e segurança.
O empreendimento será dotado
de completa infra-estrutura e está dividido em três zonas
de ocupação: zona de baixa densidade (B2), onde o uso é
restrito a dois pavimentos; zona de média densidade (M3), destinada
a receber edifícios de até cinco pavimentos e zona de média
densidade (M2), destinada a receber edifícios de até onze
pavimentos. Ele conta ainda com um corredor especial, localizado na Avenida
D. Pedro I, onde os terrenos, além do uso comercial já previsto,
poderão também receber edifícios de até 11
pavimentos.
Fotos Imprensa-PMG,
Sandra Netto e Divulgação
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