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Edição 140 - Mai/2005
Centro Histórico

Centro Strong FGV impulsiona revitalização urbana

Empreendimento exigiu reforma e ampliação de prédio antigo, e a parceria de tradicionais fornecedores do mercado

O Centro Empresarial e Educacional Strong FGV Management foi inaugurado no dia 14/4/2005 em Santos, na Avenida Conselheiro Nébias, 159, na Vila Nova, próximo ao Mercado Municipal, oferecendo cursos de pós-graduação em Master of Business Administration (MBA) da Fundação Getúlio Vargas. Para o diretor da Strong, Sérgio Tadeu Ribeiro, a parceria com a FGV marca a implementação na Baixada Santista de uma das mais modernas e conceituadas escolas de administração e negócios. Na oportunidade, o secretário de Planejamento Econômico do Ministério da Fazenda, Marcos de Barros Lisboa, proferiu a palestra "Reforma microeconômica e crescimento a longo prazo", enfatizando as principais linhas da política econômica do governo federal, com destaque para a agenda microeconômica e seu avanço junto ao Congresso Nacional.

O prefeito João Paulo Tavares Papa esteve na inauguração e disse que o complexo impulsiona a revitalização da região histórica central de Santos e seu entorno. "O Bairro Vila Nova tem excelente infra-estrutura, fácil acesso e oferece os incentivos fiscais do Projeto Alegra Centro", disse Papa. "Trata-se de uma área pouco valorizada do ponto de vista imobiliário, com enorme campo de atração para os novos empreendimentos". Em entrevista, o prefeito revelou a intenção de formalizar parceria com a Strong FGV, com o objetivo de fortalecer o programa de capacitação profissional da Prefeitura de Santos.


Parte do antigo Moinho foi recuperada e novo prédio foi construído
Foto: Sandra Netto

O empreendimento recebeu investimentos de R$ 7 milhões e foi edificado em área de 8 mil metros quadrados, onde funcionavam as antigas instalações do Moinho Fama, um marco na história da economia santista. O responsável pelo projeto foi o arquiteto Oscar Capelache Júnior, cujos estudos determinaram a recuperação de uma parte das edificações e a construção de um novo prédio (leia mais).

No aspecto segurança, o centro é dotado de eficiente sistema, com controle de acesso integrado para veículos, funcionários, estudantes e visitantes, e balcão de identificação fotográfico digital. É utilizado sistema de monitoramento digital inviolável à distância, que possibilita visualização remota via Internet de todas as dependências. No hall de entrada, no pavimento térreo, há praça de alimentação com salão para refeições ou eventos e acesso a quatro elevadores. O estacionamento, com capacidade para mais de 100 veículos, é dotado de portões com acionamento automático.

As aulas da FGV serão ministradas nos três primeiros andares do prédio, transformados em 10 salas de aulas, videoteca, biblioteca, auditórios, oito salas de apoio para trabalhos em grupos e laboratórios de informática. Nesses espaços, será desenvolvido o programa de educação continuada em MBA, na área de Administração de Empresas, com cursos de gestão empresarial, mercadologia, logística, tecnologia da informação e gerência de projetos. Do terceiro ao sétimo pavimento, foi implantado o centro de negócios da Strong, com espaços comerciais para empresas.


Auditório para mais de 100 pessoas reversível: 
unidade também dispõe de salas de aula, salas de apoio, laboratórios etc.
Foto: Arquivo JG

Recuperar a modernizar

Para transformar o velho conjunto de prédios do antigo Moinho Fama no Centro Empresarial e Educacional Strong FGV foram utilizadas técnicas de recuperação e adaptação arquitetônica, somadas às diretrizes de enquadramento legal do empreendimento, cujas exigências das normas técnicas dos diversos órgãos públicos nortearam o projeto para esse tipo de uso. A tarefa foi executada pelo arquiteto Oscar Capelache Júnior. Conforme contou, foram aproveitados alguns silos que antes eram usados para armazenagem de grãos, transformando-os em dutos de ventilação e câmaras para instalação de aparelhos de ar condicionado, tanto para as salas de aula da escola como para os conjuntos comerciais.

O edifício não possuía acesso aos pavimentos de maneira satisfatória. Assim, foi criado um novo sistema de transporte vertical, com a implantação de quatro elevadores de última geração e mais dois conjuntos de escadas com dimensões adequadas ao tráfego exigido pelas normas. Nas dependências internas, foi utilizado o padrão educacional Strong FGV.

Capelache compartimentou o espaço disponível em 10 salas de aula, oito salas de apoio, sala para cafezinho, dois laboratórios de informática, biblioteca, videoteca, sala de Internet, salas para a administração, cantina, auditório reversível para mais de 100 pessoas, com amplas áreas de acesso e circulação. Todos os ambientes foram equipados com climatização individual, rede de informática para utilização de tecnologia móvel (laptop), além de dois conjuntos de sanitários por andar, masculino e feminino, ambos ajustados para portadores de necessidades especiais.

Além disso, toda a elétrica, hidráulica, telefonia, pára-raios e aterramentos do edifício foram substituídos e ampliados, com implantação de sistemas e materiais de altíssimo padrão. O edifício conta ainda com um sistema de utilização racional de água ecologicamente correto.

Em função do volume da nova circulação vertical, foi trabalhada a arquitetura externa, com o objetivo de proporcionar uma renovação do edifício, oferecendo um visual mais moderno e arrojado. 'A intenção foi revitalizar o conjunto arquitetônico, oferecendo um aspecto externo que retrata o conteúdo tecnológico que o edifício possui internamente", afirmou o arquiteto. 

Ele frisou que a solução foi utilizar elementos contemporâneos, como o revestimento cerâmico, pele de vidro refletivo importado, cobertura espacial, revestimento em alumínio composto, granitos especiais, pisos cerâmicos de alta resistência, amplas áreas com vidros, volumes revestidos com pedras naturais. Além disso, o complexo foi equipado com portas e portões automáticos, controle digital de acesso de pessoas e automóveis, sistemas de monitoramento de segurança digital e remoto, paisagismo, buscando uma evolução harmoniosa para o antigo edifício e contribuindo para a valorização do Bairro Vila Nova.


Além de modernos elevadores, a circulação entre os andares conta com dois conjuntos de escadas
Foto: Sandra Netto

Fornecedores tradicionais e material de qualidade

A obra do Centro Empresarial e Educacional Strong FGV foi executada pela Ângelo da Costa Engenharia e Construções. Segundo informou o engenheiro Ângelo José da Costa Filho, a empresa atuou como responsável técnica global e realizou a infra e a superestrutura em concreto armado, além de coordenar os serviços dos empreiteiros contratados, como a Kivivenda, a Construsoares, entre outros. Internamente, o apoio técnico administrativo da Strong ficou a cargo de Nilton Aparecido Figueiredo, Antonio Carlos Lopes e José Guido Caldas Barbosa.

O engenheiro destacou que a maior preocupação foi obter ganhos de qualidade e gerar economia, o que foi conquistado através das tecnologias aplicadas na construção e nas parcerias com profissionais e empresas. "Nas parcerias, foram privilegiados os tradicionais fornecedores, levando em conta a experiência, qualidade dos produtos e serviços, pontualidade, e responsabilidade técnica, fiscal e trabalhista", disse.

Ângelo contou que, da fase de reforma, o que restou do Moinho foi praticamente a estrutura de concreto armado original e as alvenarias de vedação externa, que foram reforçadas. Na construção do prédio anexo, foi utilizada fundação profunda com cravação de estacas pré-moldadas de concreto, a cerca de 40 metros de profundidade.


Hall dos elevadores: piso fornecido pela Eliane
Foto: Sandra Netto

A Sanches & Sanches Engenharia executou os serviços de levantamento planialtimétrico cadastral do antigo Moinho Fama, que embasou o projeto arquitetônico. De acordo com o diretor comercial, Bartolo Aparecido Sanches, os serviços se revelaram complexos, pois o prédio industrial deveria sofrer transformações e adaptações para funcionar como uma unidade de ensino. 

Dessa forma, os posicionamentos geométricos de cada um dos pilares deveriam estar perfeitamente amarrados para que o consultor de estruturas pudesse avaliar com precisão as novas cargas que a eles seriam submetidas devido a mudança do uso. Sanches acrescentou que os níveis também foram importantes, pois os novos espaços criados pelo arquiteto teriam que atender aos ditames da estética e do conforto.

A Enmage foi responsável pelos serviços de rebaixamento do lençol freático. A empresa atua no mercado há 12 anos e, segundo o diretor, engenheiro Gerson Vilaverde, foi utilizado o sistema well-points, ou ponteiras filtrantes, pelo qual a retirada da água é feita por meio de equipamentos a vácuo, através de ponteiras de tubos de pvc, tendo pontas de meio metro perfuradas e envolvidas por manta geotêxtil. Ele destacou ainda a economia que a Enmage proporciona ao construtor, ao utilizar bombas a base de palheta, com potência de 5 cv, que consomem menos energia que as convencionais.

Os projetos de instalações elétricas e hidráulicas foram desenvolvidos pela RC Assessoria & Projetos. O engenheiro eletricista Ricardo Ramos Cardozo informou que a empresa fez o planejamento, definiu projetos e desenhos, e atualmente presta assessoria na aquisição dos equipamentos. A maior preocupação foi garantir uma sobrevida de longo prazo para toda infra-estrutura, com instalações flexíveis para que atendam qualquer tipo de lay-out, que envolvam as instalações elétricas, lógicas, telefonia, vídeo, videoconferência, além das instalações hidráulicas.

Entre os equipamentos, o sistema elétrico contempla o gerenciamento setorial da energia, possibilitando controlar a demanda e o consumo de cada centro de custos do empreendimento, tipo administrativo, acadêmico, ar condicionado, restaurante, salas de aula por andar etc. No projeto de segurança patrimonial, de controle de acesso de pessoas e vigilância, o trabalho incluiu a infra-estrutura e cabeamento para sistema de vigilância com gravação de imagens digital, com acesso através de Internet, sensores de presença (em horários e áreas pré-estabelecidas, com alarme) e central de monitoramento. O projeto de telefonia e lógica desenvolvido pela RC adotou o cabeamento estruturado como solução para o empreendimento.


JG Elétrica executou o sistema de malha terra e pára-raio 
utilizando estacas de fundação como eletrodos de aterramento
Foto: Arquivo JG

O engenheiro Ricardo detalhou que os projetos hidráulicos envolveram a distribuição de água potável, coleta e afastamento dos esgotos sanitários e coleta e distribuição para via pública das águas pluviais. A partir de uma concepção ecológica e busca de economia, o projeto criou um sistema de reaproveitamento da água de chuva para utilização exclusiva na descarga das bacias sanitárias. Para isso, foram instaladas duas caixas d’água, uma no térreo com capacidade para 30 mil litros e outra na cobertura para 10 mil litros, que alimentam o sistema. Numa eventual estiagem prolongada, sensores liberam a entrada de água da Sabesp para manter os níveis mínimos nos dois reservatórios.

Os materiais elétricos foram fornecidos pela NSL Elétrica. A empresa foi fundada no ano passado com o conceito de estratégia de competitividade e atendimento diferenciado. Com sede em Cubatão, a NSL atende Interior e Litoral do Estado, com entrega programada para a Baixada Santista, especialmente empresas e instalações residenciais e comerciais. Além de equipe de vendas e frota própria, a NSL oferece suporte técnico e comercial e mantém estoque variado de produtos de primeira linha, dispondo também de produtos alternativos, competindo no mercado com atendimento rápido e menor custo.

Os serviços de elétrica foram realizados pela JG Elétrica, que atua há 11 anos no mercado. Conforme informaram os engenheiros elétricos José Maria Terreno Sierra e Gilmar Viana da Costa, a empresa executou o sistema de malha terra e pára-raio, com aterramento total da estrutura do prédio, com 15 pontos de aterramento.
Também foi responsável pela montagem e instalação de equipamentos de proteção a incêndio, como a iluminação de emergência conjugada com a iluminação normal; e realizou os caminhamentos, passagem de cabos e ligações dos sistemas de força, rede, telefonia, sonorização, CFTV, RCA, multimídia, instalação das alimentações no painel de distribuição baixa tensão na cabine primária; guarita; sistema de ar condicionado; elevadores; e bombas de recalque e drenagem.


Ambiente clean no hall das salas de apoio
Foto: Sandra Netto

Já o material hidráulico foi fornecido pela Lewasa. Segundo informou o diretor Leandro Sobrinho, entre os itens implantados na obra, destaque para a linha de combate a incêndio, caixas de hidrante e caixa de recalque.

Foram instalados quatro elevadores de última geração da ThyssenKrupp, da linha Frequencedyne, dotados com acionamento em corrente alternada com variação de voltagem e variação de freqüência (V.V.V.F.), que atingem velocidade de até 1,75 m/s (metro por segundo) ou 105 metros por minuto. Segundo informou a ThyssenKrupp, os elevadores têm capacidade para 20 passageiros ou 1.500 Kg, e atenderão oito andares. 

As cabinas são do modelo Skylux, painéis com acabamento em aço inox escovado, relógio, termômetro digital e jornal eletrônico. Também possuem o digitalizador de voz, para orientação eletrônica ao usuário. O sistema de ventilação é inteligente com vazão auto-ajustável de acordo com a temperatura ambiente. Os quatro elevadores serão monitorados pelo TKvision, um sistema controlador de tráfego dedicado ao gerenciamento do grupo de elevadores que com o auxilio de dispositivo de excesso de carga e lotado controla automaticamente o fluxo de passageiros.

A Kivivenda Consultoria de Imóveis e Construções gerenciou a execução dos serviços de substituição total do revestimento cerâmico do antigo prédio do Moinho e a execução do revestimento no prédio novo, totalizando 5.500 metros quadrados. Conforme frisou o engenheiro Arthur Lima Lopes, a Kivivenda foi responsável também pela execução de 4.000 metros quadrados entre pisos e azulejos dos sanitários, salas, biblioteca, corredores, hall dos elevadores, escadaria de emergência e mirantes. A empresa atua há 30 anos no ramo da construção civil e também participou na obra da Strong em Santo André.

Já a Construsoares Empreiteira de Mão-de-Obra, conforme informou o diretor Manoel Soares do Carmo, executou todos os serviços de acabamento interno, desde alvenaria, massa e contrapiso.

A Catelan Componentes, que atua na fabricação de material para ar condicionado, foi responsável pelo fornecimento de componentes para a instalação de toda a rede de conforto do empreendimento, e também dos componentes para finalização e acabamento, como os difusores, grelhas e venezianas da fachada do prédio.

A Tapeçaria Rio de Janeiro forneceu e instalou 250 metros quadrados de piso Paviflex vinílico nos laboratórios de informática. O diretor da empresa, Ronaldo Elias, informou que o produto, fabricado pela multinacional francesa Fademac, é ideal para locais com grande tráfego de pessoas, devido à resistência, oferecendo fácil manutenção, conforto, segurança e higiene.

Os espelhos de todos os banheiros foram fornecidos e instalados pela Vidros Coliseu. Dirigida desde 2001 pelos sócios Renato Lopes dos Santos e Paulo César dos Santos, a Coliseu é especialização em decoração de interiores e trabalha com espelhos, box, aparadores, tampos de mesa, nos segmentos comercial e residencial. Renato detalhou que os espelhos são de cristal, com acabamento bisoteux (N.E.: bisotados) e fixados na parede com botões franceses.

Toda a cerâmica utilizada no revestimento externo do prédio novo e nos banheiros foi fornecida pela Eliane. Na fachada foram aplicadas 10x10, na cores Camburi White Mesh, Camburi Ice Mesh e Grafite Mesh; nos banheiros, Forma Alpe 25x33 e piso Urbanus cinza 31x31; nas salas de aula, Cargo branco 41x41; e nos corredores, porcellanato Platina PO 40 e Nero Plus PO 40.

A Super PimPa foi responsável pelo fornecimento dos interruptores,tomadas, identificadores de cabos e sistema de rede de informática. Há 13 anos no mercado de material elétrico de acabamento, a empresa trabalha exclusivamente com as linhas de interruptores e tomadas das marcas Pial Legrand e Bticino.

Todo o material de pintura, da marca Sulvinil, foi fornecido pela Tintas Unisul. Foi utilizada tinta fosca feita pelo sistema self-color, texturas tipo grafiato e esmalte sintético.

Durante a construção, os serviços de segurança patrimonial foram fornecidos pelo Grupo Metroseg. Com o término da obra, além da vigilância, a empresa executa os serviços de portaria, controlando a entrada e a saída de pessoas e veículos. Conforme destacou o diretor da Metroseg, José Roberto Biscarro, agindo com transparência, responsabilidade e qualidade, a empresa conta com profissionais capacitados para a implantação de sistemas de segurança e investe em treinamento e tecnologia, buscando os melhores custos com os melhores resultados.


Nos banheiros, espelhos fornecidos pela Coliseu
Foto: Sandra Netto