Centro Histórico
Centro Strong FGV impulsiona revitalização
urbana
Empreendimento
exigiu reforma e ampliação de prédio antigo, e a parceria
de tradicionais fornecedores do mercado
O Centro
Empresarial e Educacional Strong FGV Management foi inaugurado no dia 14/4/2005
em Santos, na Avenida Conselheiro Nébias, 159, na Vila Nova, próximo
ao Mercado Municipal, oferecendo cursos de pós-graduação
em Master of Business Administration (MBA) da Fundação Getúlio
Vargas. Para o diretor da Strong, Sérgio Tadeu Ribeiro, a parceria
com a FGV marca a implementação na Baixada Santista de uma
das mais modernas e conceituadas escolas de administração
e negócios. Na oportunidade, o secretário de Planejamento
Econômico do Ministério da Fazenda, Marcos de Barros Lisboa,
proferiu a palestra "Reforma microeconômica e crescimento a longo
prazo", enfatizando as principais linhas da política econômica
do governo federal, com destaque para a agenda microeconômica e seu
avanço junto ao Congresso Nacional.
O prefeito João Paulo Tavares
Papa esteve na inauguração e disse que o complexo impulsiona
a revitalização da região histórica central
de Santos e seu entorno. "O Bairro Vila Nova tem excelente infra-estrutura,
fácil acesso e oferece os incentivos fiscais do Projeto Alegra Centro",
disse Papa. "Trata-se de uma área pouco valorizada do ponto de vista
imobiliário, com enorme campo de atração para os novos
empreendimentos". Em entrevista, o prefeito revelou a intenção
de formalizar parceria com a Strong FGV, com o objetivo de fortalecer o
programa de capacitação profissional da Prefeitura de Santos.
Parte do
antigo Moinho foi recuperada e novo prédio foi construído Foto: Sandra
Netto
O empreendimento recebeu investimentos
de R$ 7 milhões e foi edificado em área de 8 mil metros quadrados,
onde funcionavam as antigas instalações do Moinho Fama, um
marco na história da economia santista. O responsável pelo
projeto foi o arquiteto Oscar Capelache Júnior, cujos estudos determinaram
a recuperação de uma parte das edificações
e a construção de um novo prédio (leia
mais).
No aspecto segurança, o centro
é dotado de eficiente sistema, com controle de acesso integrado
para veículos, funcionários, estudantes e visitantes, e balcão
de identificação fotográfico digital. É utilizado
sistema de monitoramento digital inviolável à distância,
que possibilita visualização remota via Internet de todas
as dependências. No hall de entrada, no pavimento térreo,
há praça de alimentação com salão para
refeições ou eventos e acesso a quatro elevadores. O estacionamento,
com capacidade para mais de 100 veículos, é dotado de portões
com acionamento automático.
As aulas da FGV serão ministradas
nos três primeiros andares do prédio, transformados em 10
salas de aulas, videoteca, biblioteca, auditórios, oito salas de
apoio para trabalhos em grupos e laboratórios de informática.
Nesses espaços, será desenvolvido o programa de educação
continuada em MBA, na área de Administração de Empresas,
com cursos de gestão empresarial, mercadologia, logística,
tecnologia da informação e gerência de projetos. Do
terceiro ao sétimo pavimento, foi implantado o centro de negócios
da Strong, com espaços comerciais para empresas.
Auditório
para mais de 100 pessoas reversível: unidade
também dispõe de salas de aula, salas de apoio, laboratórios
etc. Foto: Arquivo
JG
Recuperar a modernizar
Para transformar o velho conjunto
de prédios do antigo Moinho Fama no Centro Empresarial e Educacional
Strong FGV foram utilizadas técnicas de recuperação
e adaptação arquitetônica, somadas às diretrizes
de enquadramento legal do empreendimento, cujas exigências das normas
técnicas dos diversos órgãos públicos nortearam
o projeto para esse tipo de uso. A tarefa foi executada pelo arquiteto
Oscar Capelache Júnior. Conforme contou, foram aproveitados alguns
silos que antes eram usados para armazenagem de grãos, transformando-os
em dutos de ventilação e câmaras para instalação
de aparelhos de ar condicionado, tanto para as salas de aula da escola
como para os conjuntos comerciais.
O edifício não possuía
acesso aos pavimentos de maneira satisfatória. Assim, foi criado
um novo sistema de transporte vertical, com a implantação
de quatro elevadores de última geração e mais dois
conjuntos de escadas com dimensões adequadas ao tráfego exigido
pelas normas. Nas dependências internas, foi utilizado o padrão
educacional Strong FGV.
Capelache compartimentou o espaço
disponível em 10 salas de aula, oito salas de apoio, sala para cafezinho,
dois laboratórios de informática, biblioteca, videoteca,
sala de Internet, salas para a administração, cantina, auditório
reversível para mais de 100 pessoas, com amplas áreas de
acesso e circulação. Todos os ambientes foram equipados com
climatização individual, rede de informática para
utilização de tecnologia móvel (laptop), além
de dois conjuntos de sanitários por andar, masculino e feminino,
ambos ajustados para portadores de necessidades especiais.
Além disso, toda a elétrica,
hidráulica, telefonia, pára-raios e aterramentos do edifício
foram substituídos e ampliados, com implantação de
sistemas e materiais de altíssimo padrão. O edifício
conta ainda com um sistema de utilização racional de água
ecologicamente correto.
Em função do volume
da nova circulação vertical, foi trabalhada a arquitetura
externa, com o objetivo de proporcionar uma renovação do
edifício, oferecendo um visual mais moderno e arrojado. 'A intenção
foi revitalizar o conjunto arquitetônico, oferecendo um aspecto externo
que retrata o conteúdo tecnológico que o edifício
possui internamente", afirmou o arquiteto.
Ele frisou que a solução
foi utilizar elementos contemporâneos, como o revestimento cerâmico,
pele de vidro refletivo importado, cobertura espacial, revestimento em
alumínio composto, granitos especiais, pisos cerâmicos de
alta resistência, amplas áreas com vidros, volumes revestidos
com pedras naturais. Além disso, o complexo foi equipado com portas
e portões automáticos, controle digital de acesso de pessoas
e automóveis, sistemas de monitoramento de segurança digital
e remoto, paisagismo, buscando uma evolução harmoniosa para
o antigo edifício e contribuindo para a valorização
do Bairro Vila Nova.
Além
de modernos elevadores, a circulação entre os andares conta
com dois conjuntos de escadas Foto: Sandra
Netto
Fornecedores tradicionais e material
de qualidade
A obra do Centro Empresarial e Educacional
Strong FGV foi executada pela Ângelo da Costa Engenharia e Construções.
Segundo informou o engenheiro Ângelo José da Costa Filho,
a empresa atuou como responsável técnica global e realizou
a infra e a superestrutura em concreto armado, além de coordenar
os serviços dos empreiteiros contratados, como a Kivivenda, a Construsoares,
entre outros. Internamente, o apoio técnico administrativo da Strong
ficou a cargo de Nilton Aparecido Figueiredo, Antonio Carlos Lopes e José
Guido Caldas Barbosa.
O engenheiro destacou que a maior
preocupação foi obter ganhos de qualidade e gerar economia,
o que foi conquistado através das tecnologias aplicadas na construção
e nas parcerias com profissionais e empresas. "Nas parcerias, foram privilegiados
os tradicionais fornecedores, levando em conta a experiência, qualidade
dos produtos e serviços, pontualidade, e responsabilidade técnica,
fiscal e trabalhista", disse.
Ângelo contou que, da fase
de reforma, o que restou do Moinho foi praticamente a estrutura de concreto
armado original e as alvenarias de vedação externa, que foram
reforçadas. Na construção do prédio anexo,
foi utilizada fundação profunda com cravação
de estacas pré-moldadas de concreto, a cerca de 40 metros de profundidade.
Hall
dos elevadores: piso fornecido pela Eliane Foto: Sandra
Netto
A Sanches & Sanches Engenharia
executou os serviços de levantamento planialtimétrico cadastral
do antigo Moinho Fama, que embasou o projeto arquitetônico. De acordo
com o diretor comercial, Bartolo Aparecido Sanches, os serviços
se revelaram complexos, pois o prédio industrial deveria sofrer
transformações e adaptações para funcionar
como uma unidade de ensino.
Dessa forma, os posicionamentos geométricos
de cada um dos pilares deveriam estar perfeitamente amarrados para que
o consultor de estruturas pudesse avaliar com precisão as novas
cargas que a eles seriam submetidas devido a mudança do uso. Sanches
acrescentou que os níveis também foram importantes, pois
os novos espaços criados pelo arquiteto teriam que atender aos ditames
da estética e do conforto.
A Enmage foi responsável pelos
serviços de rebaixamento do lençol freático. A empresa
atua no mercado há 12 anos e, segundo o diretor, engenheiro Gerson
Vilaverde, foi utilizado o sistema well-points, ou ponteiras filtrantes,
pelo qual a retirada da água é feita por meio de equipamentos
a vácuo, através de ponteiras de tubos de pvc, tendo pontas
de meio metro perfuradas e envolvidas por manta geotêxtil. Ele destacou
ainda a economia que a Enmage proporciona ao construtor, ao utilizar bombas
a base de palheta, com potência de 5 cv, que consomem menos energia
que as convencionais.
Os projetos de instalações
elétricas e hidráulicas foram desenvolvidos pela RC Assessoria
& Projetos. O engenheiro eletricista Ricardo Ramos Cardozo informou
que a empresa fez o planejamento, definiu projetos e desenhos, e atualmente
presta assessoria na aquisição dos equipamentos. A maior
preocupação foi garantir uma sobrevida de longo prazo para
toda infra-estrutura, com instalações flexíveis para
que atendam qualquer tipo de lay-out, que envolvam as instalações
elétricas, lógicas, telefonia, vídeo, videoconferência,
além das instalações hidráulicas.
Entre os equipamentos, o sistema
elétrico contempla o gerenciamento setorial da energia, possibilitando
controlar a demanda e o consumo de cada centro de custos do empreendimento,
tipo administrativo, acadêmico, ar condicionado, restaurante, salas
de aula por andar etc. No projeto de segurança patrimonial, de controle
de acesso de pessoas e vigilância, o trabalho incluiu a infra-estrutura
e cabeamento para sistema de vigilância com gravação
de imagens digital, com acesso através de Internet, sensores de
presença (em horários e áreas pré-estabelecidas,
com alarme) e central de monitoramento. O projeto de telefonia e lógica
desenvolvido pela RC adotou o cabeamento estruturado como solução
para o empreendimento.
JG Elétrica
executou o sistema de malha terra e pára-raio utilizando
estacas de fundação como eletrodos de aterramento Foto: Arquivo
JG
O engenheiro Ricardo detalhou que
os projetos hidráulicos envolveram a distribuição
de água potável, coleta e afastamento dos esgotos sanitários
e coleta e distribuição para via pública das águas
pluviais. A partir de uma concepção ecológica e busca
de economia, o projeto criou um sistema de reaproveitamento da água
de chuva para utilização exclusiva na descarga das bacias
sanitárias. Para isso, foram instaladas duas caixas d’água,
uma no térreo com capacidade para 30 mil litros e outra na cobertura
para 10 mil litros, que alimentam o sistema. Numa eventual estiagem prolongada,
sensores liberam a entrada de água da Sabesp para manter os níveis
mínimos nos dois reservatórios.
Os materiais elétricos foram
fornecidos pela NSL Elétrica. A empresa foi fundada no ano passado
com o conceito de estratégia de competitividade e atendimento diferenciado.
Com sede em Cubatão, a NSL atende Interior e Litoral do Estado,
com entrega programada para a Baixada Santista, especialmente empresas
e instalações residenciais e comerciais. Além de equipe
de vendas e frota própria, a NSL oferece suporte técnico
e comercial e mantém estoque variado de produtos de primeira linha,
dispondo também de produtos alternativos, competindo no mercado
com atendimento rápido e menor custo.
Os serviços de elétrica
foram realizados pela JG Elétrica, que atua há 11 anos no
mercado. Conforme informaram os engenheiros elétricos José
Maria Terreno Sierra e Gilmar Viana da Costa, a empresa executou o sistema
de malha terra e pára-raio, com aterramento total da estrutura do
prédio, com 15 pontos de aterramento. Também foi responsável
pela montagem e instalação de equipamentos de proteção
a incêndio, como a iluminação de emergência conjugada
com a iluminação normal; e realizou os caminhamentos, passagem
de cabos e ligações dos sistemas de força, rede, telefonia,
sonorização, CFTV, RCA, multimídia, instalação
das alimentações no painel de distribuição
baixa tensão na cabine primária; guarita; sistema de ar condicionado;
elevadores; e bombas de recalque e drenagem.
Ambiente
clean
no hall das salas de apoio Foto: Sandra
Netto
Já o material hidráulico
foi fornecido pela Lewasa. Segundo informou o diretor Leandro Sobrinho,
entre os itens implantados na obra, destaque para a linha de combate a
incêndio, caixas de hidrante e caixa de recalque.
Foram instalados quatro elevadores
de última geração da ThyssenKrupp, da linha Frequencedyne,
dotados com acionamento em corrente alternada com variação
de voltagem e variação de freqüência (V.V.V.F.),
que atingem velocidade de até 1,75 m/s (metro por segundo) ou 105
metros por minuto. Segundo informou a ThyssenKrupp, os elevadores têm
capacidade para 20 passageiros ou 1.500 Kg, e atenderão oito andares.
As cabinas são do modelo Skylux,
painéis com acabamento em aço inox escovado, relógio,
termômetro digital e jornal eletrônico. Também possuem
o digitalizador de voz, para orientação eletrônica
ao usuário. O sistema de ventilação é inteligente
com vazão auto-ajustável de acordo com a temperatura ambiente.
Os quatro elevadores serão monitorados pelo TKvision, um sistema
controlador de tráfego dedicado ao gerenciamento do grupo de elevadores
que com o auxilio de dispositivo de excesso de carga e lotado controla
automaticamente o fluxo de passageiros.
A Kivivenda Consultoria de Imóveis
e Construções gerenciou a execução dos serviços
de substituição total do revestimento cerâmico do antigo
prédio do Moinho e a execução do revestimento no prédio
novo, totalizando 5.500 metros quadrados. Conforme frisou o engenheiro
Arthur Lima Lopes, a Kivivenda foi responsável também pela
execução de 4.000 metros quadrados entre pisos e azulejos
dos sanitários, salas, biblioteca, corredores, hall dos elevadores,
escadaria de emergência e mirantes. A empresa atua há 30 anos
no ramo da construção civil e também participou na
obra da Strong em Santo André.
Já a Construsoares Empreiteira
de Mão-de-Obra, conforme informou o diretor Manoel Soares do Carmo,
executou todos os serviços de acabamento interno, desde alvenaria,
massa e contrapiso.
A Catelan Componentes, que atua na
fabricação de material para ar condicionado, foi responsável
pelo fornecimento de componentes para a instalação de toda
a rede de conforto do empreendimento, e também dos componentes para
finalização e acabamento, como os difusores, grelhas e venezianas
da fachada do prédio.
A Tapeçaria Rio de Janeiro
forneceu e instalou 250 metros quadrados de piso Paviflex vinílico
nos laboratórios de informática. O diretor da empresa, Ronaldo
Elias, informou que o produto, fabricado pela multinacional francesa Fademac,
é ideal para locais com grande tráfego de pessoas, devido
à resistência, oferecendo fácil manutenção,
conforto, segurança e higiene.
Os espelhos de todos os banheiros
foram fornecidos e instalados pela Vidros Coliseu. Dirigida desde 2001
pelos sócios Renato Lopes dos Santos e Paulo César dos Santos,
a Coliseu é especialização em decoração
de interiores e trabalha com espelhos, box, aparadores, tampos de mesa,
nos segmentos comercial e residencial. Renato detalhou que os espelhos
são de cristal, com acabamento bisoteux (N.E.:
bisotados) e fixados na parede com botões franceses.
Toda a cerâmica utilizada no
revestimento externo do prédio novo e nos banheiros foi fornecida
pela Eliane. Na fachada foram aplicadas 10x10, na cores Camburi White Mesh,
Camburi Ice Mesh e Grafite Mesh; nos banheiros, Forma Alpe 25x33 e piso
Urbanus cinza 31x31; nas salas de aula, Cargo branco 41x41; e nos corredores,
porcellanato Platina PO 40 e Nero Plus PO 40.
A Super PimPa foi responsável
pelo fornecimento dos interruptores,tomadas, identificadores de cabos e
sistema de rede de informática. Há 13 anos no mercado de
material elétrico de acabamento, a empresa trabalha exclusivamente
com as linhas de interruptores e tomadas das marcas Pial Legrand e Bticino.
Todo o material de pintura, da marca
Sulvinil, foi fornecido pela Tintas Unisul. Foi utilizada tinta fosca feita
pelo sistema self-color, texturas tipo grafiato e esmalte sintético.
Durante a construção,
os serviços de segurança patrimonial foram fornecidos pelo
Grupo Metroseg. Com o término da obra, além da vigilância,
a empresa executa os serviços de portaria, controlando a entrada
e a saída de pessoas e veículos. Conforme destacou o diretor
da Metroseg, José Roberto Biscarro, agindo com transparência,
responsabilidade e qualidade, a empresa conta com profissionais capacitados
para a implantação de sistemas de segurança e investe
em treinamento e tecnologia, buscando os melhores custos com os melhores
resultados.
Nos banheiros,
espelhos fornecidos pela Coliseu Foto: Sandra
Netto
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