Política
Aviso antes
do corte de energia
Soares:
comunicar usuário para negociação do débito O
vereador José Soares (PSB) apresentou um requerimento à Câmara
para que a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), responsável
pelo serviço em São Vicente, comunique previamente aos munícipes
no caso de pretender interromper o fornecimento de energia elétrica
devido à inadimplência. Atualmente, segundo o vereador, a
empresa não faz nenhum aviso prévio e simplesmente corta
o fornecimento do serviço, sem qualquer tentativa de acordo ou negociação
para o recebimento da dívida.
"O fornecimento de energia elétrica
é um serviço essencial à vida em sociedade e a rotina
de milhões de pessoas depende muito de sua eficiência e qualidade",
classifica Soares, ao frisar que, em face da situação econômica,
muitos consumidores do serviço encontram-se em situação
difícil e são obrigados a atrasar o pagamento das faturas
mensais de energia. Soares afirma que a medida da CPFL é abusiva,
pois em muitos casos o munícipe sempre paga suas contas pontualmente
e, por algum problema emergencial, deixou uma delas pendente.
N.E.: Novo
Milênio entende - e os juízes no Supremo Tribunal também
vêm chegando à mesma conclusão, em vários casos
já julgados em última instância - que o fornecimento
de energia elétrica, água (entre outros considerados serviços
públicos essenciais) não pode ser descontinuado por motivo
de falta de pagamento, a não ser após decisão judicial
nesse sentido.
Tal posição
é embasada nas próprias normas constitucionais que regem
a prestação de serviços públicos sob concessão,
embora as concessionárias brasileiras desses serviços venham
fazendo o possível para ignorar partes dessa legislação
que sejam contrárias aos seus interesses econômicos.
Em decorrência,
o objeto do requerimento do vereador seria supérfluo, já
que a comunicação prévia faz parte das regras de concessão,
e seria feita dentro do respectivo processo judicial. |