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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 10/01/02 12:46:44
Edição 112 - SET/2002 

Editorial

Aeroporto e o Plano Diretor

Luiz Carlos Ferraz

A inserção da Baixada Santista na rota do transporte aéreo comercial é excelente opção para alavancar a indústria do Turismo, que dá bons frutos em qualquer lugar, mas aqui acontece de forma incipiente. Tem-se como certo, e a mídia se esforça para convencer a comunidade, que o equipamento facilitará o trânsito de pessoas, atraindo os endinheirados de todo o mundo e fazendo prosperar a economia como um todo, em projeções muito mais otimistas que o impacto a ser proporcionado pelo funcionamento da segunda pista da Rodovia dos Imigrantes, marcado para o final do ano. 

O raciocínio está perfeitamente correto. Mas, consideremos a situação atual. Nas discussões sobre o funcionamento de um aeroporto, mais uma vez vem à tona a necessidade de a Baixada Santista possuir um Plano Diretor Metropolitano, obedecendo, aliás, competência constitucional dos municípios no sentido de disciplinar a ocupação de seu solo, visando o bem estar de sua população e a função social da propriedade. 

Um Plano Metropolitano, porém, ainda inexistente, o que tende a embaçar as soluções, sensibilizadas apenas por opções políticas mirabolantes, sem qualquer planejamento técnico e na contramão do que prescreve a Carta. Não se trata de ser contra o prefeito, ou a favor do urubu, ou muito pelo contrário; pugna-se tão-somente por um desenvolvimento metropolitano de forma integrada, de modo a construir um aeroporto capaz de atender as expectativas atuais e perspectivas de futuro, e gerar um Turismo eficiente para milhares, com economia de escala e auto-sustentável.