Editorial
Aeroporto e
o Plano Diretor
Luiz Carlos Ferraz
A inserção
da Baixada Santista na rota do transporte aéreo comercial é
excelente opção para alavancar a indústria do Turismo,
que dá bons frutos em qualquer lugar, mas aqui acontece de forma
incipiente. Tem-se como certo, e a mídia se esforça para
convencer a comunidade, que o equipamento facilitará o trânsito
de pessoas, atraindo os endinheirados de todo o mundo e fazendo prosperar
a economia como um todo, em projeções muito mais otimistas
que o impacto a ser proporcionado pelo funcionamento da segunda pista da
Rodovia dos Imigrantes, marcado para o final do ano.
O raciocínio está perfeitamente
correto. Mas, consideremos a situação atual. Nas discussões
sobre o funcionamento de um aeroporto, mais uma vez vem à tona a
necessidade de a Baixada Santista possuir um Plano Diretor Metropolitano,
obedecendo, aliás, competência constitucional dos municípios
no sentido de disciplinar a ocupação de seu solo, visando
o bem estar de sua população e a função social
da propriedade.
Um Plano Metropolitano, porém,
ainda inexistente, o que tende a embaçar as soluções,
sensibilizadas apenas por opções políticas mirabolantes,
sem qualquer planejamento técnico e na contramão do que prescreve
a Carta. Não se trata de ser contra o prefeito, ou a favor do urubu,
ou muito pelo contrário; pugna-se tão-somente por um desenvolvimento
metropolitano de forma integrada, de modo a construir um aeroporto capaz
de atender as expectativas atuais e perspectivas de futuro, e gerar um
Turismo eficiente para milhares, com economia de escala e auto-sustentável. |