Mercado
Preço de Custo tem novo formato
Edifício
que marca o fim de um ciclo do sistema Preço de Custo, o Maison
Vacheron foi entregue em abril, na Ponta da Praia, em Santos, pela Real
Consultoria de
Imóveis e Construtora Tecnobases. Comemorando a data, foi realizado
evento de confraternização entre condôminos e fornecedores.
O Maison Vacheron é o 42º empreendimento entregue pela Real
através do Preço de Custo – no qual o condômino paga
somente os valores correspondentes ao montante gasto na construção
(ficando com o lucro imobiliário) –, e também é o
último prédio da linha Maison da Real, conhecida pelo elevado
padrão construtivo.
O diretor da Real, Lourenço
Lopes, destacou que ao mesmo tempo em que este ciclo se encerra, uma outra
fase está dando novo formato ao Preço de Custo – denominado
agora simplesmente Sistema de Administração –, com a pretensão
de eliminar algumas distorções do passado e garantir retorno
seguro ao investidor. “Numa economia estabilizada, esta ainda é
a melhor opção para quem quer investir em imóvel,
pois o lucro imobiliário continua sendo mais vantajoso que outras
aplicações”, comentou.
Conforme explicou o empresário,
no início da década de 90, o sistema Preço de Custo
foi desmoralizado pela ciranda financeira, que elevou a inflação
à casa dos 80% ao mês, sofrendo um grande desgaste entre os
condôminos investidores. Afinal, enquanto estes buscavam retorno
em suas aplicações (a partir das vendas imobiliárias
após a conclusão das obras), acabavam sendo prejudicados
pelos condôminos com recursos limitados, que não conseguiam
acompanhar a alta no preço dos insumos da construção,
retardando o andamento dos serviços.
Animada com as perspectivas de novos
negócios, a Real está se preparando para prestar serviços
a construtoras que estão lançando empreendimentos pelo Sistema
de Administração e já definiu algumas regras, visando
selecionar a participação do condômino. Uma exigência,
por exemplo, é quanto à capacidade financeira do interessado,
que obrigatoriamente terá que possuir um primeiro imóvel.
“Vamos trabalhar com o investidor,
aquele que quer construir a preço de custo, para poder vender no
mercado a preço fechado, ficando assim com o lucro imobiliário,
que hoje é das construtoras”, disse Lourenço, salientando
que no ano passado, na Capital
Paulista, foram incorporados cerca de 20 empreendimentos pelo novo Sistema
de Administração. “O investidor de imóvel já
comprovou que quando compra imóvel a preço fechado não
encontra margem de lucro no investimento”, afirma o empresário.
Lourenço Lopes alerta que
se abre um novo ciclo, mas o preço fechado vai continuar sendo uma
alternativa para as pessoas que não podem pagar seu imóvel
em 2, 3 anos, e preferem pagá-lo em 5, 10 ou 15 anos, financiando
diretamente com a construtora. “O que vai acontecer é a oferta de
um novo mercado para o investidor”, enfatizou o diretor da Real. |