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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 05/12/01 11:23:54
Edição 095 - ABR/2001 

Mercado

Preço de Custo tem novo formato 

Edifício que marca o fim de um ciclo do sistema Preço de Custo, o Maison Vacheron foi entregue em abril, na Ponta da Praia, em Santos, pela Real Consultoria Projeto é de Oscar Capelache Jr.de Imóveis e Construtora Tecnobases. Comemorando a data, foi realizado evento de confraternização entre condôminos e fornecedores. O Maison Vacheron é o 42º empreendimento entregue pela Real através do Preço de Custo – no qual o condômino paga somente os valores correspondentes ao montante gasto na construção (ficando com o lucro imobiliário) –, e também é o último prédio da linha Maison da Real, conhecida pelo elevado padrão construtivo.

O diretor da Real, Lourenço Lopes, destacou que ao mesmo tempo em que este ciclo se encerra, uma outra fase está dando novo formato ao Preço de Custo – denominado agora simplesmente Sistema de Administração –, com a pretensão de eliminar algumas distorções do passado e garantir retorno seguro ao investidor. “Numa economia estabilizada, esta ainda é a melhor opção para quem quer investir em imóvel, pois o lucro imobiliário continua sendo mais vantajoso que outras aplicações”, comentou. 

Conforme explicou o empresário, no início da década de 90, o sistema Preço de Custo foi desmoralizado pela ciranda financeira, que elevou a inflação à casa dos 80% ao mês, sofrendo um grande desgaste entre os condôminos investidores. Afinal, enquanto estes buscavam retorno em suas aplicações (a partir das vendas imobiliárias após a conclusão das obras), acabavam sendo prejudicados pelos condôminos com recursos limitados, que não conseguiam acompanhar a alta no preço dos insumos da construção, retardando o andamento dos serviços.

Hall do Maison Vacheron foi decorado pela arquiteta Gisela Pagani
Animada com as perspectivas de novos negócios, a Real está se preparando para prestar serviços a construtoras que estão lançando empreendimentos pelo Sistema de Administração e já definiu algumas regras, visando selecionar a participação do condômino. Uma exigência, por exemplo, é quanto à capacidade financeira do interessado, que obrigatoriamente terá que possuir um primeiro imóvel.

“Vamos trabalhar com o investidor, aquele que quer construir a preço de custo, para poder vender no mercado a preço fechado, ficando assim com o lucro imobiliário, que hoje é das construtoras”, disse Lourenço, salientando que no ano passado, na Os condôminos Daniela Serrad e José Carlos Dias, da IncentelCapital Paulista, foram incorporados cerca de 20 empreendimentos pelo novo Sistema de Administração. “O investidor de imóvel já comprovou que quando compra imóvel a preço fechado não encontra margem de lucro no investimento”, afirma o empresário.

Lourenço Lopes alerta que se abre um novo ciclo, mas o preço fechado vai continuar sendo uma alternativa para as pessoas que não podem pagar seu imóvel em 2, 3 anos, e preferem pagá-lo em 5, 10 ou 15 anos, financiando diretamente com a construtora. “O que vai acontecer é a oferta de um novo mercado para o investidor”, enfatizou o diretor da Real.