Editorial
Xenofobia verde
Luiz Carlos Ferraz, editor
Insólito
espetáculo proporcionou a união de diversos segmentos do
metropolitano município de Cubatão, aliás, de modo
geral até conquistou eco na região, ao rechaçar a
presença de ativistas do Greenpeace. Como faz anualmente, a organização
internacional visita cidades denunciando problemas ambientais, alertando
as autoridades para a preservação do meio ambiente e exigindo
punição exemplar às empresas devastadoras da Natureza.
Cubatão mudou, mas nem tanto,
pregam os ambientalistas. Afinal, tudo indica que o pólo industrial
continua a operar sob condições de risco à saúde,
emanando gases nocivos na atmosfera e derramando dejetos líquidos
nos mananciais, sem qualquer controle. O mais recente desses tristes episódios,
diria crimes ambientais, provocou sérias queimaduras nas pessoas
que se banhavam no Rio Cubatão... Ainda hoje, falta consciência
ambiental aos empresários instalados em Cubatão, de resto
em toda a Região Metropolitana.
Se no Novo Milênio querem mudar
de conduta, ótimo, mas que invistam em equipamentos e, não
só, mas também resgatem, imediatamente, o passivo ambiental,
recuperando as áreas contaminadas ao longo dos anos e devolvendo
à sociedade o meio-ambiente da forma que o encontraram na primeira
metade do século passado. |