Notícias 5o ANIVERSÁRIO DA REVISTA JURÍDICA VIRTUAL
HOMENAGEM A CASTRO ALVES
A Revista Jurídica Virtual em comemoração ao seu 5o aniversário, brinda a todos os seus leitores com a poesia arrebatadora e
fascinante do Poeta da Abolição, defensor dos escravos. Neste mês de maio, em que completamos 116 anos da abolição da escravatura no Brasil, temos a
honra de homenagear CASTRO ALVES que nos seus 24 anos de intensa vida revelou ao Brasil e ao mundo seu espírito paladino, sua paixão e sua obra
única e perpétua.
O Editor
Publicado em 1883, doze anos após a morte do autor, Os Escravos reúne as composições anti-escravagistas de Castro Alves, entre elas, os
famosos poemas abolicionistas "O Navio Negreiro" e "Vozes d’África".
Castro Alves não foi o primeiro poeta romântico a tratar do tema da escravidão. Antes dele, Gonçalves Dias, Fagundes Varela e outros abordaram a
questão. No entanto, nenhum poeta foi mais veemente e engajado à causa social e humanitária do abolicionismo como ele. Castro Alves procurou
aprofundar as implicações humanas da escravatura adequando a sua eloqüência condoreira à luta abolicionista. Retrata o escravo de modo
romanticamente trágico para despertar a sociedade, habituada a três séculos de escravidão, para o que há de mais desumano neste regime.
Nos poemas de Os Escravos, a poesia é suplantada pelo discurso político grandiloqüente e até verborrágico. Para atingir o alvo e persuadir
o leitor e, muito mais, o ouvinte, o poeta abusa de antíteses e hipérboles e apresenta uma sucessão vertiginosa de metáforas que procuram traduzir a
mesma idéia. A poesia é feita para ser declamada e o exagero das imagens é intencional, deliberado, para reforçar a idéia do poema. Os versos devem
ressoar e traduzir o constante movimento de forças antagônicas, como se nota logo no primeiro poema, "O Século": (Panteão dos
Clássicos).
Link para o Panteão
http://www.feranet21.com.br/livros/resumos_ordem/os_escravos.htm
Enquanto poeta social, extremamente sensível às inspirações revolucionárias e liberais do século XIX, Castro Alves viveu com intensidade os
grandes episódios históricos do seu tempo e foi, no Brasil, o anunciador da Abolição e da República, devotando-se apaixonadamente à causa
abolicionista, o que lhe valeu a antonomásia de "Cantor dos escravos". A sua poesia se aproxima da retórica, incorporando a ênfase oratória à sua
magia. No seu tempo, mais do que hoje, o orador exprimia o gosto ambiente, cujas necessidades estéticas e espirituais se encontram na eloqüência dos
poetas. Em Castro Alves, a embriaguez verbal encontra o apogeu, dando à sua poesia poder excepcional de comunicabilidade.
Dele ressalta a figura do bardo que fulmina a escravidão e a injustiça, de cabeleira ao vento. A dialética da sua poesia implica menos a visão do
escravo como realidade presente do que como episódio de um drama mais amplo e abstrato: o do próprio destino humano, presa dos desajustamentos da
história. Encarna as tendências messiânicas do Romantismo e a utopia libertária do século. O negro, escravizado, misturado à vida cotidiana em
posição de inferioridade, não se podia elevar a objeto estético.
Surgiu primeiro à consciência literária como problema social, e o abolicionismo era visto apenas como sentimento humanitário pela maioria dos
escritores que até então trataram desse tema. Só Castro Alves estenderia sobre o negro o manto redentor da poesia, tratando-o como herói, como
ser integralmente humano.
Extraído da página www.academia.org.br e da página
vbookstore.uol.com.br"
Links interessantes:
http://www.feranet21.com.br/livros/resumos_ordem/os_escravos.htm
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia/poesia/index.cfm?fuseaction=detalhe&cd_verbete=431
http://www.culturabrasil.pro.br/navionegreiro.htm
http://www.netropole.com.br/aliteratura/castroalves.html
http://www.novomilenio.inf.br/cubatao/ch056.htm
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/abolicao/home.html |