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Movimento Nacional em Defesa
da Língua Portuguesa

A defesa dos idiomas no mundo - Hungria

Matéria publicada no jornal santista O Diário, em 16 de junho de 1957 (página 15, seção I - ortografia atualizada nesta transcrição):

Imagem: reprodução parcial da página original

Restabelecido o ensino da língua russa na Hungria

O estudo na língua russa, que provocou tanto ódio entre os estudantes húngaros contra o domínio comunista, será mais uma vez obrigatório naquele país.

A revolta húngara de outubro último, entre coisas exigia a abolição do ensino obrigatório do russo, assim como dos cursos sobre marxismo-leninismo.

Depois da revolução húngara ter sido abafada pelas tropas e tanques soviéticos, o ensino da língua russa foi suspenso durante algumas semanas, enquanto o regime soviético de Janos Kadar tentava ganhar o apoio do povo.

Quando as escolas voltaram a funcionar, os cursos mais concorridos eram os de inglês e alemão, mesmo depois de restaurados os cursos de russo.

Recentemente, para provar o desagrado do povo húngaro em relação a este ensino, uma turma de crianças de 8 a 11 anos queimou seus livros e cadernos de russo numa escola da Rua Moinar em Budapest, rasgando também seus cartões da Organização da Juventude Comunista. A polícia interceptou estas demonstrações, que tiveram lugar no dia 11 de janeiro.

No dia 30 do mesmo mês, o regime de Kadar anunciou que o ensino do russo seria novamente obrigatório nas classes elementares. Desta maneira, a Hungria se igualou aos outros satélites soviéticos, onde o ensino do russo é obrigatório desde o Curso Primário até as universidades.