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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 07/26/00 16:42:25

Movimento Nacional em Defesa
da Língua Portuguesa

NOSSO IDIOMA
Diga Não ao estrangeirismo!

Diversos autores (*)

Atualmente, ao percorrermos as ruas rondonopolitanas, temos a impressão de estarmos em um outro País, pois frente ao nossos olhos desfilam estabelecimentos comerciais que levam nomes com sonoridades estranhas à nossa audição tupiniquim terceiro-mundista, tais como: Indi Kert, Grand Beer, Rancho do Cowboy, Texas Country Bar, Academia Sprint Sport, etc. (...)

Continuando o passeio pela nossa cidade, nos deparamos com lojas onde também se encontram estampados nomes de procedência Inglesa: Pussycat, Center Music, World Music CD's, Collection Fashion Show, e muitas outras mais. Se o cidadão está com fome, facilmente encontrará um carrinho de Hot Dog ou se dirigirá à pizzaria Amore Mio (êpa! Este nome é de origem italiana), Richesse Confeitaria (origem francesa). Caso esteja com sede, encontrará em várias esquinas um Coco Express. Caso esteja em Lua de Mel, terá uma variedade de motéis - Sunshine, Skalla, El'lo, Shangrila, Village - que se encontram habitualmente na entrada ou saída da cidade.

Qual a razão dessa preocupação com os nomes estrangeiros de comércios brasileiros. Será Xenofobia?

Esta preocupação com a estrangeirização a Língua Portuguesa, e especialmente com nomes dos comércios de Rondonóplis, é o tema de pesquisa dos alunos de Ensino Médio da Escola Elisabeth de Freitas Magalhães, sob a orientação da professora Ana Dirce Mendonça.

A importância deste tema se deve à utilização abusiva de termos estrangeiros na língua portuguesa, sendo o inglês o idioma que mais interfere. Será que o cidadão rondonopolitano, ao percorrer as ruas da cidade, ou estando à frente da televisão, já se deu conta de que ele é um brasileiro que a cada dia esta perdendo a sua principal identidade como membro dessa nacionalidade, ao aceitar passivamente a desfiguração de sua língua?(...)

Mais do que necessário, é urgente a tomada de consciência por parte tanto das autoridades que deveriam ser guardiãs da nossa língua, como também pela grande imprensa, divulgadora assídua e que tão absurdamente pratica a corrupção do português, ingleisificando-a.

Não queremos ser xenófobos, pois reconhecemos que neologismos são inevitáveis e bem vindos: mas, através da apresentação desta pesquisa na Feira das Ciências que apresentaremos no dia 4/09/00, teremos como objetivo alertar a comunidade em geral do risco ao qual estão incorrendo, de passivamente servir de cúmplice na descaracterização de nosso idioma.

Estamos imbuídos do mesmo espírito de defesa de nossa língua como o atleta de Sidney, na Austrália, para honrar a bandeira à qual se enrolará ao receber sua medalha. Nossa desvantagem em relação ao atleta consistirá na falta de apoio da imprensa, já que temos como meta nos incorporarmos ao Movimento Nacional de Defesa em Língua Portuguesa e criarmos polêmica.

Este trabalho também tem como  objetivo apoiar o projeto de lei nº 1.676/99 do Deputado Aldo Rebelo (PC do B), que propõe a defender nosso idioma e punir o estrangeirismo desenfreado na Língua Portuguesa.

Lutar por nossa língua significa lutar por nossa soberania.

(*) Elói Orchel e demais alunos do 3º ano do Ensino Médio da Escola Pública Profª Elisabeth de Freitas Magalhães de Rondonópolis, estado de Mato Grosso, em trabalho coordenado pela professora Ana Dirce Mendonça.