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Movimento Nacional em Defesa
da Língua Portuguesa
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MNDLP realiza sua primeira reunião geral
Em dependências do Sindipetro, em Santos, o Movimento Nacional
em Defesa da Língua Portuguesa(MNDLP)/Baixada Santista realizou no dia 24/2/2000 a sua primeira reunião geral, aberta ao público, e
que a partir de então passa a ser promovida no mesmo local, a partir das 19 horas, na última quinta-feira de cada mês.
Participaram do encontro professores, estudantes, diretores de associações e escolas,
representantes sindicais, jornalistas, escritores, desenhistas e outros interessados na defesa do idioma pátrio. Foi feita uma
exposição ampla sobre os objetivos do Movimento, os contatos que vêm sendo feitos com representantes de grupos semelhantes de outros
pontos do Brasil, o trabalho iniciado em escolas, universidades e junto à comunidade regional e também através da Internet, com
estas páginas e o recém-criado fórum para debates sobre nosso idioma.
Entre as atividades em andamento, destacam-se a criação de uma história em quadrinhos
destinada ao público jovem, o trabalho junto ao professorado, os projetos de lei em curso no Congresso Nacional e na Assembléia
Legislativa do Estado de São Paulo e os preparativos para que o MNDLP participe de seminários e outros eventos do setor,
demonstrando suas propostas.
Camiseta - Na oportunidade, o presidente do Sindicato dos Petroleiros, que acabava de
regressar de uma viagem ao Rio de Janeiro, mostrou uma camiseta de um movimento semelhante surgido no Rio de Janeiro. Vendida em
bancas de jornais, junto com um adesivo e um folheto explicativo, a camiseta despertou interesse, mas também a observação de que o
movimento santista não se posiciona contra os estrangeiros (a camiseta apresentava apresentava a sigla USA riscada), mas a favor da
preservação de nosso idioma.
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Um dos exemplos mais ilustrativos foi o crescente uso de palavras como delivery,
quando a língua portuguesa possui expressão equivalente e largamente empregada (entrega em domicílio). "O que se procura é valorizar
o uso da língua portuguesa, da mesma forma como os franceses, espanhóis e os próprios americanos valorizam seu idioma. Que se use
outros idiomas, quando necessário em contatos com estrangeiros, mas que entre nós seja mantido o idioma português", lembraram os
coordenadores do movimento.
Durante o encontro, foi sugerido aos professores e educadores que incentivem nos alunos a
prática de redações tendo como tema a importância de nosso idioma. Um dos exemplos citados é que, se os brasileiros exigissem mais a
versão em português dos programas de computador, livros, jogos e manuais, só essa valorização do idioma já representaria uma grande
oportunidade de trabalho para muitos tradutores, ilustradores, especialistas bilíngües na produção de manuais técnicos vertidos para
nosso idioma, produtores de programas de computadores nacionais e outros profissionais, ajudando a reduzir o desemprego e a promover
a circulação de riquezas em nosso país. |