FEBEANET No apagar das luzes de 2004...
Quando
um certo período está em seu final, costuma-se dizer que
está "no apagar das luzes". Pois não é que a central
elétrica Furnas, no Rio de Janeiro, levou ao pé da letra
a idéia e, assim que as luzes de 2004 se apagaram, apagou também
as luzes dos estados de Rio de Janeiro e Espírito Santo (e ainda
parte de Minas Gerais), no primeiro dia de 2005.
Representante
da agência governamental reguladora da área de energia elétrica
confirma os erros e admite que eles poderão se repetir Captura de
tela, TV Band News, 3/1/2005, 23h32
O governo - através da ministra
das Minas e Energia tentou dividir a culpa pela falha, atribuindo-a metade
a um defeito no sistema e metade a um erro humano. Funcionários
desligaram um disjuntor que controla a distribuição de energia
para essa área.
Reunião
com a ministra para avaliar as providências necessárias Captura de
tela, TV Band News, 3/1/2005, 23h32
Segundo o presidente de Furnas, tal
erro não voltará a ocorrer. Opinião bem diferente
da expressa por representante da agência governamental reguladora
da área de energia elétrica, que admite a possibilidade de
repetição dos erros.
Presidente
de Furnas, José Pedro Rodrigues, garante que o erro não se
repetirá Captura de
tela, TV Band News, 3/1/2005, 23h32
Mas o fato é que simplesmente
não poderia ter acontecido. Deveriam haver redundância de
sistemas e formas de evitar que um erro tivesse conseqüências
de tal porte.
Ministra
de Minas e Energia promete apurar o caso Captura de
tela, TV Band News, 3/1/2005, 23h32
E o pior é que desde os apagões
verificados em 2002, em que os brasileiros foram quase obrigados a economiar
energia, é cobrada em cada fatura mensal de energia elétrica
uma taxa ("encargo capacidade emergencial") para compensar os prejuízos
que as empresas distribuidoras de energia tiveram com a diminuição
do consumo (um dos absurdos que os brasileiros têm de suportar, serem
penalizados pela incompetência das empresas que não se estruturaram
e do governo que não fiscalizou, e pode-se dizer que foram multados
por economizar energia!).
Representante
da agência governamental reguladora da área de energia elétrica confirma
os erros e admite que eles poderão se repetir Captura de
tela, TV Band News, 3/1/2005, 23h32
Pois não é que, mesmo
com essa verba extra, as empresas de energia não conseguem colocar
um mísero computador doméstico no sistema de controle, com
um programa capaz de verificar as causas das falhas e corrigir ou permitir
a rápida correção de um erro humano - como fazem os
computadores a bordo dos aviões e carros de corrida, preparados
para controlar as ações dos pilotos e evitar as que causem
perigo ao sistema, como um desligamento indevido de motores? Ou ainda os
que existem em boa parte dos atuais carros de passeio, para controlar a
aquaplanagem através do ajuste nas brecadas de emergência?
Pois é, a questão elétrica
no Brasil é simplesmente chocante. E é por conta dessa comédia
(ou tragédia?) de erros que o ano já começa com a
inscrição do sistema (????) elétrico nacional na edição
2005 deste Festival de Besteiras que Assola a Internet (Febeanet)?
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