FEBEANET
Matai-vos uns aos outros... (2)
Quatro
décadas após a criação do Muro de Berlim, que
durante 30 anos da chamada Guerra Fria dividiu a Alemanha em duas e separou
rigorosamente as populações de Leste e Oeste, com todas as
clássicas cenas de tentativas de atravessar essa barreira para reencontrar
familiares do outro lado do muro, com centenas ou milhares de mortes, o
mundo não aprendeu a lição.
O mesmo mundo que condenou esse muro,
afinal destruído com a derrocada da União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (URSS), aceita passivamente que Israel, apoiada
indiretamente pelos Estados Unidos, construa um novo muro para confinar
a população palestina e consolidar a ocupação
judaica de áreas que a própria Organização
das Nações Unidas (ONU) reconhece como sendo palestinas.
E apesar de a Corte Internacional de Justiça já ter decidido
pela ilegalidade do muro, como lembra um site italiano especialmente criado
para protestar contra essa obra, Stop
The Wall:
Diariamente, meses e anos a fio,
chegam pela Internet e por todos os meios de comunicação
imagens, sons e relatos do genocídio que ocorre na região
- militares israelenses praticando a política do olho-por-olho-dente-por-dente
contra mulheres e crianças palestinas, inclusive as já confinadas
em campos de concentração, com o pretexto de coibir a ação
das organizações terroristas palestinas e seus homens-bomba.
Na foto,
um protesto pela construção do muro israelita na Palestina
O
mundo já não condena tanto a ação de Hitler
contra os judeus. Os israelitas, depois de construírem sua nação,
estão fazendo com os palestinos tudo o que não querem que
o mundo esqueça que sofreram na Alemanha até a Segunda Guerra
Mundial.
E, desta vez, não há
tribunais internacionais aos quais apelar. Impotente, a ONU assiste passivamente,
diz que condena a ação israelense, mas se mantém apenas
no terreno seguro das palavras vãs. Enquanto os delegados internacionais
se reúnem, uma nação vai sendo exterminada. Não
há pressões internacionais que levem a ONU a uma atitude
mais decidida e eficaz para acabar com esses absurdos. Que, indiscutivelmente,
também têm seu lugar de destaque neste Festival
de Besteiras que Assola a Internet (Febeanet)...
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