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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 04/18/02 13:20:35
I-DÉIAS
Mantenha sua meta distante dos frustrados

Esta mensagem chega em boa hora para quem fica meditando sobre o triunfo das nulidades. Foi apresentada na lista de debates sobre negócios Widebiz, em 18/4/2002, pelo internauta José Roberto:

MANTENHA SUA META DISTANTE DOS FRUSTRADOS

É muito melhor ousar coisas difíceis... do que se alinhar com espíritos medíocres que nem desfrutam muito nem sofrem muito, porque vivem em uma penumbra cinzenta, onde não conhecem vitória nem derrota." (Theodore Roosevelt)

Daniel C. Luz

Outro dia assistia a um programa na televisão, cujo tema era a pesca do caranguejo. A ênfase era dada a um espécime que é muito difícil de ser capturado, ágil e suficientemente inteligente para escapar de todo tipo de armadilhas para caranguejos. Não obstante, milhares deles são capturados diariamente, devido a um traço particularmente humano que possuem. 

A armadilha é uma jaula de metal com uma abertura na parte superior. A isca, um pedaço de carne, é colocada na jaula e esta é mergulhada na água. Chega um caranguejo, entra na jaula e começa a beliscar a isca. Um segundo caranguejo se une a ele, um terceiro, um quarto... uma festa. Finalmente não há mais isca. 

Os caranguejos poderiam subir pelas laterais da jaula e sair pela abertura, mas não o fazem, permanecem lá dentro. Outros caranguejos chegam e se unem a eles, muito depois que a isca, o suposto banquete, desapareceu. Se um dos caranguejos se dá conta de que já não há motivos para permanecer na jaula e tenta sair, os outros se unem e o impedem de deixar a jaula. Se persiste, os demais arrancam-lhe suas tenazes para que não possa subir. Todavia, se continuar persistindo, morrerá. 

A principal diferença, entre estes caranguejos e nós, é que eles vivem na água e nós na terra. Qualquer pessoa que tenha um sonho que lhe permita sair da jaula, do lugar comum, da zona de conforto, da estagnação, deverá tomar muito cuidado com os colegas de "jaula", os caranguejos humanos, os frustrados. Não utilizam a força física, ao menos em geral. Não necessitam fazê-lo. Têm outros métodos mais efetivos à mão e em suas bocas: insinuações, dúvidas, ridículo, sarcasmo, cinismo, ironia, boicote, humilhação, mentira e outra dezena que foge ao meu vocabulário. 

Minha sugestão: mantenha suas metas distantes destes frustrados. Frustrados não gostam de ver as pessoas perseguindo sonhos, lembram-se de que não vivem os seus. Ao convencer-nos da inutilidade dos nossos sonhos, convencem-nos a seguir atados ao seu estado de comodidade. Nos dirão todas as mentiras racionais que dizem a si mesmos. E se não acreditarmos, certamente nos desaprovarão. Considere seu sonho como uma semente frágil. Agora é pequena, necessita de cuidados e proteção. Chegará o dia em que será forte, mais forte que as flechas das pessoas limitadas. 

Quando tiver alcançado suas metas, poderá contar-lhes. Inclusive diante da irrefutável evidência, a expressão mais comum que ouvirá será: "Não acredito!". Se não podem crer diante da realidade, imagine o que diriam de nossos sonhos. Isto não se aplica a amigos especiais e gente que nos apóia, que acredita em nosso potencial. Que diz: "Que bom, você merece!". 

Infelizmente, na maioria das vezes ouvimos: "Que coisa estúpida!" e uma série de argumentos e motivos pelos quais não poderemos realizar nossos sonhos. Devemos escutá-los com paciência, mas alertá-los acerca de sua comodidade e de sua incapacidade de sonhar que os manterá firmemente presos na jaula até que esta seja levantada. Não entre nessa jaula. Sonhe e realize. Sucesso! 

Sugestão para leitura: ROGER, John. "¡Hágalo! Basta de peros". Buenos Aires: Emecé Editores, 1996.