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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 07/08/11 17:16:23

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PRESIDENTES DA REPÚBLICA - 25
Jânio da Silva Quadros

Nascimento 25/1/1917
Naturalidade Campo Grande - MS
Profissão advogado
Falecimento 16/2/1992 (em São Paulo/SP)
Governo 31/1/1961 a 25/8/1961 (6 meses 27 dias)
Idade ao assumir 44 anos
Como assumiu eleição direta
Observações Renunciou ao mandato. O vice-presidente não assumiu, pois seu nome foi vetado pelos ministros militares. O presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu o poder, como substituto legal, no dia 26/8/1961, no Palácio do Planalto, e governou o País por alguns dias.
Mais informações: Wikipedia

Multimídia:

Jingles da campanha presidencial de 1960 - áudio MP3, 128 kbps, 44 kHz, 1'07", 1,03MB

Posse, em Brasília, em 31/1/1960 - áudio MP3, 64 kbps, 44 kHz, 28", 225 KB

Discurso de posse, em 31/1/1960, outro trecho - áudio MP3, 64 kbps, 22 kHz, 1'07", 533 KB

Jingle Varre, Varre, Vassourinha, de Jânio Quadros - áudio MP3, 128 kbps, 44 kHz,26", 415 KB

Repórter Esso anuncia a renúncia em 25/8/1961 - áudio MP3, 64 kbps, 44 kHz, 20", 160 KB

Jânio Quadros se avista com Fidel Castro em Cuba, em vídeo do Arquivo Nacional (AN), em abril de 1960 - vídeo MP4/FLV, 1'19" 3,27 MB  [endereço original: Youtube]:

Clique na imagem para obter o arquivo de vídeo MP4/FLV

Governo Jânio Quadros em 1961, em registro do Cinejornal Informativo nº 7/1961, da Agência Nacional, preservado pelo Arquivo Nacional e divulgado pelo portal oficial Zappiens:

Título: Cinejornal Informativo n. 7/61 (1961). Resumo: STEVENSON NO BRASIL. Emissário de Kennedy recebido pelo presidente Jânio Quadros [presente o ministro Afonso Arinos] AMPARO A AGROPECUÁRIA. O presidente da República [Jânio Quadros] nomeia Comissão de Três [integrantes - ministros da Agricultura, da Fazenda, e o presidente do Banco do Brasil - para a Comissão de Amparo à Produção Agropecuária; presente o ministro Romero Cabral da Costa] INCENTIVO A ARRECADAÇÃO. O presidente da República [Jânio Quadros] chama os responsáveis no Palácio [do Planalto, em Brasília; presente o ministro Clemente Mariani] A KRUPP EM SÃO PAULO. Cresce o parque industrial brasileiro [presentes o presidente Jânio Quadros e o governador Carvalho Pinto] 9 DE JULHO EM SÃO PAULO. O chefe do governo [Jânio Quadros] prestigia solenidade na capital paulista [presente a primeira-dama Eloá Quadros].

Renúncia de Jânio Quadros em 1961, em registro do Cinejornal Informativo nº 10/1961, da Agência Nacional, preservado pelo Arquivo Nacional e divulgado pelo portal oficial Zappiens:

Título: Cinejornal Informativo n. 10/61 (1961). Resumo: BRASIL. REPÚBLICA PARLAMENTAR. Imagens da crise que abalou a nação. [renúncia do presidente Jânio Quadros; campanha pela legalidade comandada por Leonel Brizola; posse de João Goulart como presidente do Brasil em regime parlamentarista e Tancredo Neves como primeiro–ministro]. SEM SOM.

Registro oficial da Biblioteca da Presidência da República:

Fonte: Arquivo Nacional - Centro de Informação de Acervos dos Presidentes da República

Jânio da Silva Quadros

[Ministérios] [Órgãos da PR] [Vice-presidente]

Biografia

Advogado, nascido em Campo Grande, estado do Mato Grosso do Sul, em 25 de janeiro de 1917. Transferiu-se com a família para São Paulo, onde ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo aos 18 anos, bacharelando-se em 1939. Inicia sua carreira política nesse estado.

Foi vereador (1948-1950) pelo Partido Democrata Cristão (PDC), deputado estadual na mesma legenda e líder de sua bancada (1951-1953), prefeito de São Paulo (1953-1954) pelo PDC e pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e governador desse estado (1955-1959). Elegeu-se deputado federal pelo estado do Paraná na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em 1958, mas não chegou a participar das sessões do Congresso, porque viajou para o exterior.

Foi eleito presidente da República, com o apoio da União Democrática Nacional (UDN), tendo como vice o candidato da oposição João Goulart. Primeiro chefe de Estado a tomar posse em Brasília, em 31 de janeiro de 1961, renunciou ao cargo sete meses depois, abrindo uma grave crise política no país. Candidatou-se ao governo do estado de São Paulo em 1962, mas foi derrotado.

Por ocasião do golpe militar de 1964, teve seus direitos políticos cassados por dez anos. Dedicou-se a atividades privadas e após ter feito pronunciamentos políticos em 1968, é confinado na cidade de Corumbá-MS. Retornou à política após a anistia e, em 1982, candidatou-se, sem sucesso, ao governo de São Paulo. Em 1985 elegeu-se prefeito de São Paulo, pelo PTB. Faleceu na cidade de São Paulo, em 16 de fevereiro de 1992.

Período presidencial

Jânio Quadros assumiu a presidência de um país com cerca de 72 milhões de habitantes. Iniciou seu governo lançando um programa antiinflacionário, que previa a reforma do sistema cambial, com a desvalorização do cruzeiro em 100% e a redução dos subsídios às importações de produtos como trigo e gasolina. Tratava-se de incentivar as exportações do país, equilibrando a balança de pagamentos.

O plano foi aprovado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), credenciando o governo à renegociação da dívida externa brasileira. Internamente, essa política teve um alto custo para a população, implicando, por exemplo, a elevação dos preços do pão e dos transportes.

Em março, Jânio Quadros encaminhou o projeto da lei antitruste e de criação da Comissão Administrativa de Defesa Econômica, vinculada ao Ministério da Justiça, o que foi rejeitado pelo Congresso Nacional. No princípio de agosto, o presidente anunciou a criação da Comissão Nacional de Planejamento e a preparação do Primeiro Plano Qüinquenal, que viria substituir o Plano de Metas estabelecido na administração de Juscelino Kubitschek.

A política externa "independente" implementada pelo governo indicava a tentativa de aproximação comercial e cultural com os diversos blocos do mundo pós-guerra, o que provocou a desconfiança de setores e grupos internos que defendiam o alinhamento automático com os Estados Unidos. Repercutiu negativamente, também, a condecoração, por Quadros do ministro da Economia cubano Ernesto Che Guevara, com a ordem do Cruzeiro do Sul.

No âmbito interno, o governo experimentava, ainda, a ausência de uma base política de apoio: no Congresso Nacional dominavam o PTB e o PSB, ao mesmo tempo em que Jânio Quadros afastara-se da UDN, enfrentando a oposição cerrada do então governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda. Esses são alguns dos principais fatores que teriam levado à renúncia do presidente em 25 de agosto de 1961, consumada através de documento apresentado ao Congresso Nacional.

Com o vice-presidente João Goulart em viagem à China, esse gesto abriu uma grave crise política, uma vez que a posse de Goulart era vetada por três ministros militares. A solução encontrada pelo Congresso, e aprovada em 3 de setembro de 1961, foi a instauração do regime parlamentarista, que garantiria o mandato de João Goulart até 31 de janeiro de 1966.