Registro oficial da Biblioteca da Presidência da República:
Fonte: Arquivo Nacional
-Centro de Informação de Acervos dos Presidentes da República
Delfim Moreira da Costa Ribeiro
[Mensagens
Presidenciais] [Ministérios]
[Órgãos da PR]
Biografia
Advogado, tendo cursado a Faculdade de Direito de São Paulo (1890), nasceu na
cidade de Cristina, estado de Minas Gerais, em 7 de novembro de 1868. Foi juiz municipal em Santa Rita do Sapucaí, tornando-se vereador e presidente
da Câmara Municipal (1893). Nomeado secretário do Interior de Minas Gerais (1902-1906) e presidente de Minas Gerais (1914-1918), elegeu-se senador
estadual (1907-1909) e deputado federal (1909-1911), mas renunciou para retornar à Secretaria (1910-1914).
Elegeu-se vice-presidente da República, em 1918, na chapa de Rodrigues Alves.
Com a doença e posterior falecimento do presidente eleito, que não chegou a ser empossado, Delfim Moreira assumiu interinamente a presidência da
República. Faleceu na cidade de Santa Rita do Sapucaí, estado de Minas Gerais, em 1º de julho de 1920.
Período presidencial
Delfim Moreira, vice-presidente de Rodrigues Alves, governou provisoriamente o país, visto que a Constituição brasileira previa novas eleições em
caso de impedimento do presidente antes de completados dois anos de mandato.
Rodrigues Alves nem chegou a tomar posse, pois já estava acometido pela "gripe
espanhola", vindo a falecer no dia 16 de janeiro de 1919. O próprio Delfim Moreira também não dispunha de boas condições de saúde e seu curto
mandato ficou conhecido como "regência republicana", uma vez que se destacava no governo o seu ministro da Viação e Obras Públicas, Afrânio de Melo
Franco.
Três dias após o novo governo assumir o comando do país, uma greve geral atingiu
a capital e a cidade de Niterói. O presidente determinou o fechamento dos sindicatos no Rio de Janeiro, em 22 de novembro.
Em 21 de junho de 1919, uma parte dos anarquistas fundou o Partido Comunista do
Brasil. Quatro meses depois, o governo expulsou do país cerca de cem deles, a maioria estrangeiros, que atuavam no movimento operário das cidades de
São Paulo, Santos, Rio de Janeiro e Niterói, em função da descoberta de um suposto plano com o objetivo de derrubar o governo. |