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PRESIDENTES DA REPÚBLICA - 07
Nilo Procópio Peçanha

Nascimento 2/10/1867
Naturalidade Campos - RJ
Profissão advogado
Falecimento 31/3/1924 (no Rio de Janeiro-DF/RJ)
Governo 14/6/1909 a 15/11/1910 (5 meses 5 dias)
Idade ao assumir 42 anos
Como assumiu Vice-presidente (suplência)
Observações Sucedeu devido a falecimento do titular
Mais informações: Wikipedia

Registro oficial da Biblioteca da Presidência da República:

Fonte: Arquivo Nacional -Centro de Informação de Acervos dos Presidentes da República

Nilo Procópio Peçanha

[Mensagens Presidenciais] [Ministérios] [Órgãos da PR]

Biografia

Advogado, nascido na cidade de Campos, estado do Rio de Janeiro, em 2 de outubro de 1867. Formou-se bacharel pela Faculdade de Direito de Recife (1887). Fundador e presidente do Clube Republicano de Campos e do Partido Republicano Fluminense - PRF, em Campos-RJ (1888). Foi deputado à Assembléia Nacional Constituinte (1890-1891), deputado federal pelo Partido Republicano Fluminense (1891-1903) e senador (1903). Renunciou ao mandato de senador para assumir a presidência do estado do Rio de Janeiro (1903-1906).

Foi um dos signatários do Convênio de Taubaté-SP, enquanto presidente do Rio de Janeiro, assim como os presidentes de São Paulo e Minas Gerais (1906). Foi eleito vice-presidente da República em 1906 e, com o falecimento de Afonso Pena, assumiu a presidência em 14 de junho de 1909. Em 1912, foi eleito senador pelo Rio de Janeiro, estado do qual tornou-se mais uma vez presidente entre 1914 e 1917.

Foi ministro da Relações Exteriores (1917) no governo de Delfim Moreira e em 1921 concorreu à presidência da República na legenda da Reação Republicana, sendo vencido nas urnas por Artur Bernardes. Senador pelo Rio de Janeiro (1918-1920). Faleceu no Rio de Janeiro, em 31 de março de 1924.

Período presidencial

Durante o breve mandato de Nilo Peçanha, a campanha eleitoral para a presidência da República tornou-se uma acirrada disputa entre os candidatos Hermes da Fonseca, sobrinho do ex-presidente marechal Deodoro da Fonseca e ministro da Guerra do governo de Afonso Pena, e Rui Barbosa. Paulistas e mineiros, que durante anos estiveram unidos em torno de um mesmo candidato, fazendo a conhecida "política do café com leite", desta vez estavam em lados opostos.

Hermes da Fonseca foi apoiado por Minas Gerais, pelo Rio Grande do Sul e pelos militares, enquanto o candidato Rui Barbosa recebeu o apoio de São Paulo e da Bahia. A campanha de Rui Barbosa ficou conhecida como "campanha civilista", ou seja, como uma oposição civil à candidatura militar de Hermes da Fonseca. O estado de São Paulo proporcionou os recursos financeiros necessários à campanha de Rui Barbosa, que percorreu o país procurando o apoio popular, fato inédito na vida republicana brasileira.

O presidente Nilo Peçanha enfrentou o agravamento dos conflitos entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais decorrentes da campanha civilista, realizando intervenções em alguns estados para garantir a posse dos presidentes aliados ao governo federal. Uma das intervenções ocorreu no estado do Amazonas no intuito de apoiar o presidente Antônio Bittencourt, de tendências civilistas, que havia sido destituído pelo seu vice Sá Peixoto, com o apoio de Pinheiro Machado. Esse episódio levou ao rompimento definitivo de Nilo Peçanha com o influente líder do Partido Republicano Conservador, o gaúcho Pinheiro Machado.

Dentre suas realizações, destacaram-se o impulso ao ensino técnico-profissional, a reorganização do Ministério da Agricultura e a criação do Serviço de Proteção ao Índio, sob a direção do tenente-coronel Cândido Rondon. Em 1910, a população do Brasil era de 23.151.669 habitantes, dos quais cerca de 67% viviam no campo.