Bendito sentimento, que as almas enobrece;
Que exalta-se na prece, que santifica a dor;
Fanal resplandecente, iluminando o mundo,
Intérmino, profundo, mister consolador!
Dos páramos celestes emigra para a Terra;
Seu doce nome encerra - virtude, amor e paz -
Os berços acalenta dos querubins risonhos;
Revela-se nos sonhos dos tristes parias.
Arrimo da velhice; amparo da inocência
Encanto da existência, emanação de Deus;
As lágrimas enxuga, as mágoas alivia;
Qu'enlevos, que magia, nos atributos seus!
Da errante humanidade, no longo itinerário,
Erige um santuário, em cada coração:
Derrama, despertando a voz da consciência
Na dor - a paciência; no gozo a elevação!
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