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Publicado originalmente em 17/10/2015 22:31:37
Última modificação em 12/09/2024 10:45:04
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Hino de Cubatão

Partitura do Hino de Cubatão
Foto: 5º Boletim Informativo - 1981 - Prefeitura Municipal de Cubatão
<< Ouça-o (arquivo MP3 com 1,16 MB, 64 kbps, 22 kHz, 2'33")

Música: João Batista Curtis
Letra: Edístio Dias Rebouças Filho
Oficializado pela Lei Municipal 769, de 16/10/1969

Longos séculos emoldurada
de palmas tão brasileiras,
ao som das cachoeiras
prelúdio desta canção.

Eis o Nove de Abril,
rompe em canto viril,
a mostrar a todo Brasil
o valor de Cubatão.

REFRÃO
Salve, Salve, Rainha das Serras,
Bem amada Cubatão
em tua história, encerras
paz, amor e tradição
em tua história encerras
paz, amor e tradição.

Ó magia de condão de fadas,
a bela região dominas
o ouro negro refinas
és fontes de força e luz.

E Anchieta, ao passar
a Caminho do Mar,
Sempre quis te abençoar
com o sinal da Santa Cruz.

História e geografia de Cubatão
de acordo com o Hino Municipal

Prof. Claudir Domingues Graça

Longos séculos emoldurada
de palmas tão brasileiras,

Os dois primeiros versos indicam a Cubatão do passado envolvida, cercada pelas bananeiras que proliferavam nos sítios cubatenses e do verde da Mata Atlântica e dos manguezais. Cubatão produzia muitas bananas que iam para o mercado de São Paulo ou eram exportadas para o exterior.

ao som das cachoeiras
prelúdio desta canção.

Aqui o autor faz uma alusão à geografia do Município, dominado em parte pelas escarpas da Serra do Mar, onde encontramos várias nascentes dos rios da planície litorânea, com seus cursos encachoeirados. O autor imagina o som destas cascatas como introdução à canção do hino.

Eis o Nove de Abril,
rompe em canto viril,
a mostrar a todo Brasil
o valor de Cubatão.

O autor lembra que a emancipação dá-se no dia 9 de abril de 1949, após um plebiscito ocorrido em 1948, quando o povo cubatense decidiu-se pela emancipação política de Santos. Em 1949 houve a primeira eleição municipal para prefeito e vereadores e em 9 de abril do mesmo ano tomou posse o primeiro prefeito do município: Armando Cunha. Já nessa época é exaltado o valor da pequena cidade que já contava com algumas indústrias como a Costa Muniz (curtume inaugurado em 1895), Companhia Brasileira de Anilinas (química inaugurada em 1916), a Companhia Santista de Papel (inaugurada em 1918) e a Usina Henry Borden da Light (inaugurada em 1926), além de olaria, empresas de extração de areia e cascalho e sítios agrícolas.

Salve, Salve, Rainha das Serras,
Bem amada Cubatão
em tua história, encerras
paz, amor e tradição

O estribilho lembra do passado cubatense como povoado ao pé da serra, com um pequeno porto de canoas, e que assistiu a passagem de personagens ilustres da História como João Ramalho, os jesuítas, D. Pedro I e D. Pedro II, entre outros. E sobre uma população pacata e pacífica que sempre recebeu bem os seus visitantes e habitantes.

Ó magia de condão de fadas,
a bela região dominas
o ouro negro refinas
és fontes de força e luz.

O autor imaginou a Cidade sendo vista do Caminho do Mar - uma visão noturna onde se vislumbra a Cidade iluminada na planície -, fascinado como se fosse uma varinha de condão de fadas. O "ouro negro refinas" é fonte de referência à Refinaria Presidente Bernardes, inaugurada em 1955, e a "fonte de força e luz" nos lembra a Usina Henry Borden, inaugurada em 1926 e tão importante para a industrialização de Cubatão.

E Anchieta, ao passar
a Caminho do Mar,
Sempre quis te abençoar
com o sinal da Santa Cruz.

A figura de Anchieta nos remete à fazenda dos jesuítas e ao Porto Geral de Cubatão, que desde 1533 marcam o início do povoamento da Cidade sob as bênçãos da fé.

Clique na imagem para obter o vídeo
Vídeo postado no YouTube em 7/3/2009 pelo jornalista Allan Nobrega
Clique >>aqui<< para obter o arquivo tipo MP4, com 7,32 MB - 2'32"

Bandeira de Cubatão: com o brasão ocupando 3/5 da altura, centrado sobre fundo branco, 
foi criada e oficializada pela lei 638, de 13/7/1966

Brasão de Armas - Dando nova redação no artigo 1º da Lei n.º 638, de 13 de julho de 1966, o prefeito municipal de Cubatão, engenheiro Aurélio Araújo, sancionou a Lei 796, de 19 de dezembro de 1969, com esta redação, instituindo o brasão de Cubatão:

"Artigo 1.º - o artigo 1.º da Lei n.º 638, de 13 de julho de 1966, passa a ter o seguinte teor: Artigo 1.º - É oficializado o Brasão de Armas do Município, na conformidade do modelo que integra a presente Lei e tem a seguinte descrição heráldica: Um escudo português (ibérico). Em campo de goles (vermelho), no centro e em destaque, num entrelaçamento harmonioso: uma roda dentada de prata (engrenagem) e, sobre ela, um sol dourado, refulgindo quatro raios igualmente doirados e simétricos - tudo sobre uma flecha e uma alabarda de ouro e prata cruzadas. Três escudetes com chefe, ligados e alinhados em faixa, sobre o campo de blau (azul) e representação de prata; o primeiro sob a forma de um conjunto petrolífero; o segundo sob a forma de uma torre e cabos elétricos; o terceiro, sob a forma de um agrupamento siderúrgico; estes três elementos têm, como suportes, duas folhas de bananeiras (musa paradisíaca) e cor sinople (verde), dispostas, respectivamente, à esquerda e a direita, Um listão de prata com os dizeres (em sable negro): 1833 - Cubatão - 1949, respectivamente à direita e à esquerda. O conjunto é encimado por uma coroa mural de cinco torres de prata".
Interpretação do brasão de armas:

O escudo português (ibérico) recorda a origem lusitana da pátria brasileira; a roda evidencia e simboliza o progresso industrial do Município; o sol dourado refulgente traduz a iluminação brilhante do astro-rei, em contato com a areia prateada; a flecha e a alabarda lembram as lutas travadas entre os silvícolas e os bandeirantes; os três escudetes destacam as poderosas riquezas industriais do Município; as duas datas significam, respectivamente, a fundação e a elevação de Cubatão à dignidade de cidade; o conjunto das cinco torres é o símbolo heráldico indicativo de cidade que não é capital estadual.

Antiga bandeira de Cubatão, com o brasão, recriada e exposta na Câmara Municipal

Foto: Carlos Pimentel Mendes, em 20/8/2014