HISTÓRIAS E LENDAS DE CUBATÃO -
POLÍCIA
Casos de polícia (1)
Notícia publicada no jornal santista A Tribuna, em 9 de março de 2003:
Autoridades apreenderam numerosas bicicletas,
a maioria vendida ao preço de R$ 60,00 a unidade
Foto: Carlos Nogueira, publicada com a matéria
BLITZ
Feira do rolo é fechada pela polícia
Da Sucursal
Computadores usados (incluindo um laptop),
televisores, dezenas de rádios de carros, toca-fitas, CDs, sapatos e, principalmente, bicicletas, podiam ser encontrados até ontem, todos os
sábados, na feira do rolo, situada na Rua Bernardino Pinho Gomes, em Cubatão, oferecidos a quem se dispusesse a pagar os preços estabelecidos
pelos vendedores, sem questionar a origem das mercadorias.
Podiam, porque a partir das 12 horas, a feira foi fechada pela polícia, para quem o
rolo, na verdade, é, na maioria dos casos, produto de roubos e furtos que vêm ocorrendo na Cidade, conforme o delegado titular de Cubatão, José
Carlos Lellis.
À frente de uma força formada por cerca de 30 policiais civis, militares e fiscais da
Prefeitura de Cubatão, ele apareceu de surpresa na feira e mandou colocar em um caminhão, emprestado pela Prefeitura, todo o material apreendido
cujos vendedores não tinham como justificar a propriedade.
Só escaparam propriedades de veículos usados que exibiram os documentos em dia e os
vendedores de churrasquinho.
Os materiais foram levados para a delegacia central, na Rua Roberto de Almeida Vinhas,
esquina com Rua José Vicente, em frente ao Cemitério Municipal.
A apreensão gerou princípio de tumulto, obrigando a Polícia a deter vendedores mais
exaltados, liberados em menos de uma hora por não registrarem antecedentes. O material estará à disposição de eventuais vítimas de roubos e furtos,
a partir de amanhã, nessa delegacia de Cubatão. Quem encontrar meios legais de provar a propriedade do bem (mediante a apresentação de notas
fiscais, boletins de queixa descrevendo o material ou outros documentos), levará a mercadoria. |
Notícia publicada no jornal santista A Tribuna, em 7 de janeiro de 2003:
Vila Esperança é apontada como o núcleo mais preocupante devido à alta incidência de
crimes
Foto: José Moraes, publicada com a matéria
VIOLÊNCIA
Prefeitura quer os bares da Cidade fechados às 22 horas
A proposta, que será enviada à Câmara, tem o objetivo de coibir a criminalidade
Da Sucursal
A Prefeitura de Cubatão vai propor à Câmara o
fechamento, a partir das 22 horas, dos bares e restaurantes que vendem bebidas alcoólicas, em apoio ao esforço da Secretaria Estadual de Segurança
Pública para reduzir o índice de criminalidade na periferia da Cidade. O núcleo que concentra maior número de traficantes de drogas e onde ocorrem
80% dos homicídios é a Vila Esperança, favela com cerca de 15 mil moradores, dezenas de biroscas e graves problemas sociais como fome e desemprego.
A Administração Municipal desencadeou nessa área o Programa Nosso Pão, para alimentar
as famílias mais carentes e reduzir os problemas sociais. A Secretaria de Segurança vai nomear três delegados de polícia, oito investigadores e seis
escrivães, para reforçar o policiamento no Município.
A Delegacia-Sede da Polícia Civil colocou à disposição da população o serviço
SOS-Cidadão, por intermédio do qual os munícipes poderão prestar informações ou fazer denúncias de atos criminosos, pelo telefone 3362-6464, sem
precisar se identificar.
Mais mortes - Dentro de 15 dias, técnicos da Universidade Santa Cecília (Unisanta)
entregarão ao prefeito Clermont Castor o projeto de instalação de 150 câmeras de vídeo para o monitoramento dos pontos de maior risco na Cidade.
As decisões foram tomadas durante reunião no gabinete do prefeito, da qual
participaram o delegado seccional João Jorge Guerra Cortez; o coronel Moura Neves, comandante do 21º Batalhão da Polícia Militar; o presidente da
Câmara, Luiz Carlos Costa; e os vereadores Wagner Nunes, Arlindo Fagundes Filho, Marli Reinoso, João Roberto Azoline, Tião Silva e Manoel de Jesus.
O presidente da Câmara sugeriu que o prefeito e todos os vereadores marquem uma
reunião com o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro, para tratar das deficiências de estrutura das polícias Civil e Militar na Cidade.
Cubatão é a segunda cidade do Estado em quantidade de homicídios proporcionalmente ao
número de habitantes, superada apenas por Embu, segundo pesquisa do Instituto Braudel.
Chico da Adega - Um dos pontos mais controvertidos do esquema de
segurança é o estabelecimento da chamada lei seca, com o fechamento de bares e restaurantes às 22 horas, por sugestão da Polícia Militar. O
secretário jurídico da Prefeitura, Pedro Gomes da Silva (que participou do encontro, juntamente com o secretário de Ação Governamental, Carlos
Gilberto de Freitas) disse que o sistema foi adotado nas cidades de Mauá e Diadema, reduzindo em 30% os índices de criminalidade.
Mas, há quem considere a proposta um disparate. O comerciante Francisco Pereira Gomes,
mais conhecido por Chico da Adega, vice-presidente do PSDB de Cubatão, não vê necessidade de fechar os bares. "A Polícia sabe muito bem onde
estão os pontos de venda de droga e conhece a origem da violência".
Ele garante que fecha a sua adega, na Rua João Damásio, no Jardim São Francisco,
sempre às 21h30. "Mas, muitos comerciantes que fecham mais tarde sofrerão prejuízos que devemos evitar. Se o secretário Pedro Gomes conhecesse
melhor a noite da região central da nossa Cidade, pois mora em Santos, veria que a violência não está nesses locais, mas nos pontos de vendas de
drogas". |
Esta notícia foi publicada em A Tribuna, no dia 13 de setembro de 2002:
Para muitos, o cavalo empacado era o retrato fiel do caos que o trânsito provoca na
área
Foto: José Moraes, publicada com a matéria
TRANSTORNO
Carroça pára o trânsito na Nove de Abril
Da Sucursal
Um cavalo que empacou na tarde de quarta-feira no
cruzamento da Avenida Joaquim Miguel Couto com a Rua Marnoel Jorge, atrapalhando o tráfego, chamou a atenção de comerciantes, motoristas e
vereadores. Mas muitos, apesar da irritação, usaram o incidente para dizer, de forma jocosa, que ali estava um retrato fiel dos problemas criados
pelas mudanças no sistema viário implantadas pela Companhia Municipal de Trânsito (CMT).
O animal parou exatamente no ponto que mais tem recebido críticas e onde a população
vem pedindo, sem sucesso, a instalação de um simples semáforo, há um ano e sete meses. O vereador Aniz Rahal Maluf (PPB), que está presidindo uma
comissão especial de vereadores (formada também por Wagner Moura e Luiz Carlos Costa) para tentar dar um sentido ao trânsito caótico da Cidade,
marcou para segunda-feira, às 10 horas, no anfiteatro da Câmara, uma reunião aberta à população. A comissão quer ouvir sugestões de comerciantes,
representantes de indústrias, de sociedades de melhoramentos e motoristas.
Acidentes - A preocupação se justifica nesse cruzamento, onde há três correntes
de tráfego, devido à falta de visão (a CMT tolera estacionamentos nas esquinas da Avenida Joaquim Miguel Couto) já aconteceram três acidentes, com
colisão frontal de veículos e motocicletas.
Todo o tráfego em direção à Prefeitura ou à Avenida Nove de Abril é escoado por essa
via, obrigando a passagem pelo cruzamento onde o superintendente da CMT, Alberto Silva Júnior, já se comprometeu a instalar um semáforo de três
fases.
Enquanto isso não acontece - ao que se supõe por falta de recursos - vêm se
registrando conflitos e discussões entre motoristas mais impacientes com as armadilhas do cruzamento.
O mais original ocorreu quarta-feira às 15h30, com a carroça puxada pelo cavalo que
parou no cruzamento enquanto o seu condutor, pachorrentamente, amarrava o animal, indiferente à buzina dos veículos acionada por motoristas à espera
que o cavalo e o dono se entendessem, para desobstruir o caminho.
Críticas e sugestões a Alberto Silva Júnior não têm faltado. Recentemente, o vereador
Geraldo Guedes (PST) lamentou a teimosia de Silva, mais conhecido por Cabeça, por teimar em implantar as mudanças que quer no trânsito, sem
ouvir ninguém. |
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