Começou a
se desenvolver com a construção do Oleoduto, em 1952, ao longo da Estrada de Itutinga, após as casas dos operários da Petrobrás que trabalhavam na
manutenção da unidade operacional. O maior fluxo populacional ocorreu em 1960, quando a Prefeitura Municipal de Cubatão aproveitou o local para
antigos depósitos de lixo, atraindo para a área os chamados "catadores de lixo", e por isso também chamado de Lixão. Localiza-se no vale do
Rio Itutinga, após as casas do Oleoduto. Junto com o Caminho dos Trilhos (Ponte Preta), ocupa uma área total de 32
hectares.
As cheias do rio, que ocorrem principalmente no verão e são provocadas pelas chuvas nas encostas da Serra do Mar, costumam trazer sérios transtornos aos moradores, com as águas invadindo as moradias e podendo chegar a mais de dois metros de altura. Para alertar os moradores em caso de elevação do nível das águas, a comunidade instalou em 2014 um dispositivo controlado por boias que aciona uma sirene, como relatou na época o portal G1/Santos e Região, em página publicada no dia 14 de julho de 2014:
29/07/2014 16h18 - Atualizado em 29/07/2014 16h18
Manilhas criadas pela população evitam destruição por enchente
Sistema que começou a ser implantado em abril custou quase R$ 7 mil.
Boias soltam uma sirene para alertar os moradores sobre o nível do rio.
Do G1 Santos
A comunidade da Igreja da região de Pilões e Água Fria, em Cubatão (SP), criou manilhas que podem evitar que as familias sejam vítimas de novas enchentes.
A ideia foi do padre Carlos Miranda durante uma reunião na capela Nossa Senhora de Lourdes, em janeiro deste ano. Na época, a enchente arrastou muitas casas e deixou várias pessoas desabrigadas nos bairros que ficam as margens do rio, principalmente Pilões e Água Fria. No dia 22 de fevereiro de 2013, a água subiu cerca de 3 metros, cobriu casas e varreu alguns núcleos de moradias do mapa.
"A tragédia deixa uma lição para todos nós de que é necessário que haja, cada vez mais, uma união, que haja uma iniciativa do próprio povo para poder solucionar os seus problemas, resolver suas questões. Algo muito bonito nessa iniciativa é a união das pessoas que querem fazer alguma coisa, ao menos, prevenir uma tragédia menor", explica o padre.
Dentro de uma manilha, serão instaladas duas boias. Elas vão acionar uma sirene para alertar os moradores quando o nível do rio subir. O mecanismo vai emitir o som de alerta quando a água chegar a um metro do nível do rio e quando a água passar de 2 metros. Neste último caso, a sirene servirá para avisar os moradores a deixar as casas.
O sistema deve começar a operar em agosto em fase de teste. "Creio eu que em 15 ou 20 dias eu acho que já está tudo pronto. A parte elétrica toda comprada só faltava comprar o gerador. Se vier uma enchente de noite e a energia cair, o gerador está acionado", afirma o soldador João dos Santos Gomes.
O sistema, que começou a ser implantado em abril, custou quase R$ 7 mil. O dinheiro foi arrecadado pela própria comunidade com a ajuda da paróquia por meio de rifas e bazares.
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Fotogramas do vídeo incluído na matéria acima, da TV Tribuna/portal G1, incluem vista aérea, o sistema de alerta, o padre Carlos Miranda e sua capela e diversos moradores nos trabalhos após as enchentes do início de 2013:
O núcleo residencial, após mais uma enchente, em fevereiro de 2019:
Fotos: Carlos Pimentel Mendes/FSS-PMC em 5/2/2019
Em 11 de março de 2019, novas fotos, durante um atendimento aos moradores da área feito pelo Fundo Social de Solidariedade de Cubatão, mostrando o centro do núcleo Pilões, o rio e o sistema de alerta e o atendimento social aos moradores:
Fotos: Carlos Pimentel Mendes/FSS-PMC em 11/3/2019
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