O grupo indígena dos Xavantes forma o grupo maior dos Akuên, junto com os Xerente e os Xakriabá. Habita extensa área em Mato Grosso, delimitada pelos rios Culuene e das Mortes, e possui população calculada (c.1986) entre dois e três mil índios. Isolados, hostis até há pouco, alguns subgrupos foram atraídos pelo Serviço de Proteção aos Índios em 1946, passando a receber assistência por meio do Posto Pimentel Barbosa.

Os Xavantes se separaram dos Xerente em meados do século XIX, localizando-se a Oeste do Rio Tocantins, ficando estes a Leste. Antes, todos os registros históricos os situavam como ocupando o mesmo território e possuindo língua e cultura comuns, embora a partir de 1824 suas aldeias estivessem especialmente separadas.

O termo Xavante tem sido utilizado com diferentes sentidos (eles se autodenominam a'uwë uptabi - gente verdadeira) e a literatura antropológica anota também os grupos Opaié-Xavante ou Ofaié, e Otí-Xavante, ou simplesmente Otí, todos culturalmente distintos. Por outro lado, algumas vezes os Xavantes são tratados como Krixá (ou Kurixá), Puxiti e Tapakuá, figurando essas denominações como de tribos separadas.