Quanto à praça e à escola, o decreto municipal 3.528, de 23 de abril de 1981, assinado pelo prefeito Carlos Frederico Soares Campos, determinava a desapropriação urgente da área designada Quadra 66 da Vila Nova Cubatão, de propriedade da Companhia Industrial Comercial e Administradora Londrinense ou sucessores, descrita como um quadrilátero de 4.958,10 m² situado entre a Avenida Cruzeiro do Sul, praça sem denominação oficial, Avenida Martins Fontes e Avenida Washington Luiz. A área era destinada pelo decreto à construção de uma unidade de ensino infantil, que veio a ser a EMEI Estado do Espírito Santo.

Washington Luís nasceu em Macaé-RJ, a 26 de outubro de 1870. Estadista e historiador, viveu principalmente na época do Brasil-República. Estudou no Colégio E. Pedro II, no Rio de Janeiro, transferindo-se para São Paulo, onde fez o curso de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito de São Paulo. Em 1892 foi nomeado promotor público da comarca de Barra Mansa. Casou com Sophia de Mello Oliveira, filha dos barões de Piracicaba, e foi advogar em Batatais. Ligou-se ao grupo político Junqueira e não tardou que fosse vereador, prefeito e deputado estadual - função em que participou da Reforma Constitucional de 1905.

Foi líder do Partido Republicano Paulista na Câmara Estadual dos Deputados. No governo de Albuquerque Lins foi secretário da Justiça e Segurança Pública, e contratou a Missão Francesa, chefiada pelo coronel Balagny, para instruir a Força Pública, criando logo a escola para oficiais. Lançou as bases do sistema penitenciário; reorganizou a polícia civil e estabeleceu o sistema de identificação Bertillon, mediante carteira com retrato de frente e de perfil e impressões digitais.

Foi eleito prefeito e regularizou os serviços municipais. Contratou o urbanista francês Bouvard para planificar a cidade e, tendo a vocação para historiador, fez publicar velhas Atas da Câmara de São Paulo, bem como aperfeiçoou o obelisco do Largo dos Piques, remodelando o jardim e colocando um painel histórico em azulejos. Publicou diversas obras históricas, dentre as quais O Testamento de João Ramalho, Antonio Raposo Tavares, Na Capitania de São Vicente e Contribuição para a História de São Paulo.

Da Prefeitura, passou para a presidência do Estado de São Paulo, de 1920 a 1924. Reiniciou a estrada do Caminho do Mar e nela mandou construir monumentos históricos comemorativos do Centenário da Independência do Brasil. Esses monumentos são obras arquitetônicas de Victor Dubugras, que as executou com seus filhos, Annita e Ernesto.

Washington Luís tinha grande interesse pela estrada e conseguiu descobrir a célebre Calçada de pedra, mandada fazer em fins do século XVII no Caminho do Mar, pelo então governador da capitania de São Paulo, Bernardo José Maria de Lorena, que se achava encoberta pela vegetação. Encontrou duas pedras do padrão que jaziam enterradas na lama. Essas pedras foram colocadas no segundo dos monumentos coloniais erigidos no Caminho do Mar. Esses documentos são o Pouso de Paranapiacaba, Rancho da Maioridade, Padrão de Lorena e Cruzeiro Quinhentista.

Terminando o Caminho do Mar, ele iniciou a rodovia São Paulo-Rio, que ficou pronta quando foi eleito presidente da República, em 1926. E já iniciara a Rodovia São Paulo-Campinas, quando foi empossado na Presidência da República.