Pela lei municipal 848, assinada em 29 de outubro de 1970 pelo prefeito Aurélio Araújo, as avenidas Bandeirantes e Nove de Abril passaram a ter denominação única de Avenida Nove de Abril, com início na Raiz da Serra e término na ponte do Rio Casqueiro.

A lei 848 revogou ainda a lei 36, assinada em maio de 1950 pelo prefeito Armando Cunha, que determinava a denominação de Avenida Nove de Abril para as então denominadas Avenida Bandeirantes ou Principal, com início na praça fronteiriça à estação da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí e término na Raiz da Serra. A lei 036 estabelecia também que seria conservado o nome de Avenida Bandeirantes, 'já tradicional', no trecho compreendido entre a Ponte do Casqueiro e a praça fronteira àquela estação ferroviária.Tanto a lei 036/1950 como a 848/1970 estabeleciam que as placas colocadas na avenida, além da denominação deveriam conter a inscrição 'Emancipação de Cubatão'.

Tancredo de Almeida Neves nasceu em 4 de março de 1910 em São João del Rei, Minas Gerais. Bacharelou-se em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais, entrando na política pelo Partido Progressista de Minas Gerais, pelo qual foi eleito vereador na cidade natal em 1935, cargo que exerceu até 1937. Pelo Partido Social Democrático (PSD) elegeu-se deputado estadual (1947-1950 e federal (1951-1953). Empresário, foi tambémministro da Justiça e Negócios Interiores de 1953 até o suicídio do presidente Getúlio Vargas em 1954. Reeleito deputado federal em 1954, ficou no cargo por um ano. Foi diretor do Banco de Crédito Real de Minas Gerais em 1955 e da Carteira de redescontos do Banco do Brasil de 1956 a 1958, quando assumiu a Secretaria de Finanças do Estado de Minas Gerais. Nomeado primeiro-ministro de 1961 a 1962, ministro da Fazenda em 1962. Desse ano até 1979, foi reeleito seguidas vezes deputado federal.

Tancredo foi um dos líderes do Movimento Democrático Brasileiro, pelo qual se elegeu senador em 1978. Fundou o Partido Popular, pelo qual continuou exercendo o mandato de senador até 1982. No ano seguinte, ingressou no PMDB, pelo qual se tornou governador de Minas Gerais de 1983 a 1984. Participou do movimento Diretas-Já, candidatando-se em 1984 à presidência da República. Eleito para o cargo em 15 de janeiro de 1985 pelo voto indireto de um colégio eleitoral, adoeceu gravemente em 14 de março desse ano, na véspera da posse, morrendo 39 dias depois sem ter sido empossado. Apesar disso, pela lei 7.465, promulgada no primeiro aniversário de sua morte, seu nome deve figurar em todas as galerias de presidentes do Brasil.