Porém, a lei municipal 2.462, assinada em 5 de janeiro de 1998 pelo prefeito Nei Eduardo Serra, desafetou as originárias ruas 10 e 11 (que formariam a Rua Olavo Bilac) do extinto loteamento Parque Fernando Jorge, localizadas no Conjunto Habitacional Marechal Rondon, construído em área doada pela Prefeitura à Cohab-ST (pelas leis municipais 1.139, de 30/6/1979) e 1.189, de 7/5/1979), sendo o terreno das duas vias doado à Companhia de Habitação da Baixada Santista (Cohab-ST).

Com isso, a Rua Almirante Tamandaré passou a ter seu início na confluência das ruas Machado de Assis e José Lopes e término na confluência das ruas Marechal Costa e Silva e Domingos Trombino. As ruas Humberto dos Santos Moura e Almirante Tamandaré não chegaram a ser prolongadas para se encontrarem.

O almirante Joaquim Marques Lisboa foi oficial da Marinha do Brasil, da qual se tornaria patrono, como barão, visconde, conde e marquês de Tamandaré. Nasceu a 13 de dezembro de 1807, na cidade de Rio Grande-RS. Era filho do capitão de milícia Francisco Marques e de Eufrásia Joaquina Azevedo Marques Lima. Desde pequeno, viveu sempre viajando, aprendendo a manobra dos barcos e as práticas de navegação. Em março de 1823, com pouco mais de 15 anos, embarcou pela primeira vez como praticante de piloto, na fragata Niterói, sob o comando do almirante Taylor. Recebeu a 4 de maio o batismo de fogo, nas costas da Bahia, quando sua embarcação se reunira à frota comandada por lorde Cochrane. A 19 de fevereiro de 1838 casou-se com sua sobrinha Eufrásia de Lima Lisboa, da qual teve seis filhos.

Proclamada a Independência, cuidou d. Pedro I de organizar a Marinha Brasileira, e ele participou da luta contra o general Madeira, na Bahia, e da perseguição da esquadra portuguesa até a foz do Tejo. Ingressou, depois, na Academia da Marinha, mas estourando em Pernambuco a revolução que conduziria à Confederação do Equador, entrou logo em ação. Retornou em seguida à Academia, sendo depois efetivado como segundo-tenente, em 1826, e removido para as guerras do Sul. Em 1840 já era capitaão-de-fragata e, em 1847, capitão-de-mar-e-guerra, desempenhando diversas funções no País e no estrangeiro.

Salvou pessoas e tripulações e ainda navios, dando assim exemplo de heroísmo e respeito humano. Em 1831 tomou parte na Setembrada, e no ano seguinte participou dos motins em prol da restauração de Pedro I, em Pernambuco. Dois meses após, pediu reforma, ficando como ministro do Supremo Tribunal Militar. Exonerou-se poucos dias antes de falecer, aos 90 anos, morrendo a 20 de março de 1897 no Rio de Janeiro. Seu sepultamento, no cemitério do Caju, constituiu verdadeira apoteose.