José Maria da Silva Paranhos Júnior, estadista, diplomata e historiador brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro em 20 de abril de 1845. Primogênito do visconde do Rio Branco, foi educado em ambiente nobre, embora sem luxo ou ostentação. Estudou no Colégio Pedro II, onde mais tarde lecionou História e Corografia do Brasil. Estudante de Direito em São Paulo, terminou o curso no Recife em 1866. Foi deputado-geral de 1869 a 1875 pela Província de Mato Grosso. Defendeu a abolição da escravatura, tendo como veículo o jornal A Nação, por ele fundado.

Estadista e diplomata de destaque, foi o grande mediador em todas as questões de limites do Brasil. Em 1876 exerceu o cargo de cônsul brasileiro em Liverpool e, depois de proclamada a República, o de superintendente do Serviço de Emigração para o Brasil. Resolveu a favor do Brasil a chamada Questão das Missões, com a República Argentina. Para isso foi enviado pelo presidente Prudente de Morais – que o nomeara ministro plenipotenciário – junto ao governo dos Estados Unidos, mediador do litígio. Graças à sua intervenção, o presidente Cleveland deu ganho de causa aos brasileiros, no laudo de 5 de fevereiro de 1895.

Resolveu também favoravelmente a questão de limites do Amapá, quando era ministro em Berlim. Solucionou, com a Bolívia, a questão do território do Acre (1903) e, com o Uruguai, o problema da Lagoa Mirim e do Rio Jaguarão. Esteve à testa do Ministério das Relações Exteriores no decorrer dos governos Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca, sempre dirigindo a política externa de seu País.