Plínio de Queiroz nasceu em Mococa-SP em 1891. Mudou para a capital paulista aos 15 anos de idade, matriculando-se na Escola Politécnica dois anos mais tarde e, durante todo o curso, esteve sempre entre os primeiros colocados. Graças à simpatia no trato com os colegas e ao brilhantismo nos estudos, foi estimado e respeitado no meio estudantil, tendo sido presidente do Grêmio Politécnico e criador da Revista Politécnica. Após se formar, foi chamado a trabalhar na Repartição de Águas e Esgotos de São Paulo, onde teve a oportunidade de responder por inúmeras obras e melhoramentos para a Capital, como o reservatório de Vila Mariana, e outros, em cidades do interior paulista.

Organizou e dirigiu diversas firmas construtoras, tendo sido um dos diretores e incorporadores da Cia. Cerâmica Jundiaiense, Empresas Força e Luz de Fartura, estrada de ferro Botelho e outras.

Ciente da necessidade da criação, em São Paulo, de uma indústria siderúrgica capaz de fabricar grandes estruturas, colaborar com a indústria de automóveis, navios, locomotivas e outros materiais ferroviários, foi o idealizador, em 1951, da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa – atual Usiminas), obra que, então, parecia impossível de ser levada a efeito e que se tornou uma das maiores empresas siderúrgicas do País.

Mais recentemente, reconhecendo seus diretores a dedicação do engenheiro Plínio de Queiroz, prestaram-lhe significativa homenagem, dando seu nome à principal avenida da Usina de Piaçaguera, que liga o edifício da Administração ao Porto, o qual foi também criação de seu fundador.

Técnico em hidráulica, ultrapassou sempre a mera execução de obras para propor soluções, marcadas por sua originalidade e simplicidade. Toda uma geração de técnicos em tratamento e abastecimento de água deve ao engenheiro Plínio de Queiroz a sua formação. Membro efetivo do Conselho Consultivo do Departamento de Águas e Esgotos de São Paulo, até a sua morte, o engenheiro Plínio de Queiroz se interessou vivamente pelos destinos planejados para o aproveitamento dos nossos recursos hídricos. Foi, ainda, o fundador do Instituto Mauá de Tecnologia e da Escola de Engenharia Mauá, em dezembro de 1961, sendo seu primeiro presidente.