Joaquim Montenegro nasceu no Rio de Janeiro em 10 de novembro de 1865 e faleceu em Santos a 26 de março de 1930, sendo sepultado no Cemitério santista do Paquetá. Era casado com Anna Bastos Montenegro, tendo sete filhos: Dulce, Oscar, Alvaro, Clotilde, Beatriz, Rosa e Consuelo. Veio para Santos muito jovem, iniciando-se na vida comercial.

Era republicano exaltado, alistou-se desde logo nas fileiras daqueles que muito cooperaram para a propaganda republicana e abolição da escravatura. Em 1889 foi levado a desempenhar a carreira de vereador e prestou a Santos relevantes serviços, justamente no período da epidemia de febre amarela. Exerceu o cargo de intendente municipal em 1898, em face da renúncia de Antonio José Malheiros Júnior, quando se revelou grande administrador.

Durante certo tempo afastou-se da vida pública, voltando em 1908 ao poder municipal, com sua eleição como vereador, cargo que exerceu até 1924, quando renunciou para assumir o tabelionato do 8º Ofício da Comarca. Foi prefeito de Santos durante seis anos consecutivos, prestando grandes serviços à cidade. Durante a epidemia da gripe espanhola, foi de uma dedicação plena, desdobrando-se no auxílio e socorro à população. Por esse seu gesto, a cidade lhe prestou grande manifestação, realizando-se no Coliseu Santista, a 28 de dezembro de 1918, uma sessão solene a que compareceu o mundo social, político, comercial e industrial de Santos.

O coronel Joaquim Montenegro se destacou no campo da assistência social; foi fundador e presidente da fase inicial da Cruz Vermelha Brasileira/filial em Santos e do Albergue Noturno. Durante muitos anos fez parte do diretório político do Partido Republicano Municipal, onde ocupou o cargo de tesoureiro.