A via é citada com nome errado (Rua Papa João Paulo II) no artigo 1º da lei municipal 1.946, de 17 de junho de 1991, e na listagem oficial de CEPs dos Correios.

Albino Luciani, que se tornaria o papa João Paulo I, nasceu em Canale d'Agordo, uma aldeia perto dos Alpes, na Itália, a 17 de outubro de 1912. Era filho de um pedreiro socialista, Giovanni, e de uma empregada doméstica, Bertola. Fez seus primeiros estudos em Belluno, capital da província onde nasceu, no Nordeste italiano.

Como desde menino demonstrou vocação religiosa, entrou muito jovem para o seminário. Ordenado padre, foi imediatamente integrado no apostolado, assumindo a direção de uma paróquia em sua província natal. Mas, pouco tempo depois, foi nomeado vice-reitor do seminário onde fora ordenado sacerdote e, daí por diante, deveria passar longos anos alternando o exercício pastoral com o ensino das disciplinas escolásticas, especialmente Teologia, Moral, Direito Canônico e Arte Sacra.

Albino Luciani sempre mostrou certo gosto pela literatura e conhecia bastante bem os autores franceses e alemães. Mas, tudo nele revelava sempre um máximo de discrição e de humildade. Sua imensa bondade estava muito longe de excluir a energia quando era necessário.

Filho de um operário socialista que teve de emigrar para a Suíça para obter emprego, o cardeal Albino Luciani conheceu a pobreza desde sua infância. Sempre se mostrou marcado por esse acontecimento e os pobres sempre ocuparam um lugar de destaque em seu apostolado. Avesso à pompa, sempre procurou eliminar das celebrações eclesiásticas os aspectos de demonstração de luxo. Assim, quando João XXIII o sagrou bispo, nomeando-o Patriarca de Veneza, ele não quis ser recebido com a tradicional procissão de gôndolas, que há séculos vinha marcando a posse de um novo titular do patriarcado. Alguns anos mais tarde, em Veneza, recebia a visita oficial do papa Paulo VI, que o fez cardeal. Quando eleito papa, João Paulo I, seguindo a orientação rígida de Paulo VI, suprimiu a cerimônia da coroação, substituindo-a pela da entronização, que sempre é realizada na Praça de São Pedro.

Em novembro de 1975, quando da comemoração do primeiro centenário da colonização italiana no Rio Grande do Sul, as autoridades eclesiásticas brasileiras convidaram o então patriarca de Veneza, dom Albino Luciani, para presidir uma solenidade muito especial: a 32ª Romaria de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. Várias razões justificaram aquele convite. A maioria dos imigrantes instalados naquela região gaúcha descende de famílias nascidas na mesma província onde nasceu dom Luciani. Além disso, o culto da Medianeira, que os colonos trouxeram para o Rio Grande, teve sua origem em Veneza, durante a grande epidemia de 1630. Visitou as localidades gaúchas de Arroio Grande, Vale Veneto e Faixinal do Soturno. Desde então, vinha se mantendo atento aos problemas da Igreja no Brasil.