Getúlio Dorneles Vargas nasceu em São Borja, Rio Grande do Sul, em 19 de abril de 1883, e se suicidou em 24 de agosto de 1954, no Rio de Janeiro. Começou o Serviço Militar em São Borja, no 6º Batalhão de Infantaria. Ingressou como cadete na Escola Preparatória e de Tática de Rio Pardo. Concluiu o Serviço Militar em Porto Alegre. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1907 e foi promotor público em Porto Alegre. Começou sua carreira política em 1909, tendo sido eleito deputado estadual. Em 1923, eleito deputado federal, assumiu a chefia da bancada gaúcha. De 1926 até 1928, quando assumiu o governo do Rio Grande do Sul, foi ministro da Fazenda.

Candidato pela Aliança Liberal à presidência da República, em sucessão a Washington Luiz, foi vencido pelo candidato situacionista, Júlio Prestes. A crise política que se vinha acentuando atingiu o auge com o assassínio, em Recife, de João Pessoa, candidato à vice-presidência, na chapa de Vargas. Eclodiu dessa forma a revolução de 3 de outubro de 1930, que passou o governo para as mãos de Getúlio.

Em 9 de julho de 1932 eclodiu a Revolução Constitucionalista, em São Paulo. O movimento foi vencido, mas as eleições se realizaram no ano seguinte e os deputados da Constituinte tomaram posse. A Constituição foi promulgada a 16 de julho, e Vargas foi eleito presidente pelo Congresso. Em 1935 manifestou-se um movimento comunista em Natal e no Rio de Janeiro. Sufocado, deu entretanto a Getúlio o pretexto que procurava para dissolver o Congresso, o que fez a 10 de novembro de 1937, iniciando-se a ditadura do Estado Novo.

Outro movimento, desta vez a Intentona Integralista, visou tomar o Palácio do Governo em 1938. Durante a Segunda Guerra Mundial, embora mostrasse tendências a participar do eixo Roma-Berlim, Vargas foi levado pela pressão popular e passar para o lado dos Aliados, declarando guerra à Alemanha e à Itália em 1942. Em 29 de outubro de 1943 o ditador foi deposto.

Voltou a São Borja, de onde continuou a exercer uma influência sem precedentes na história da política brasileira. Sua figura risonha, afável e protetora tornava-o simpático e popular, principalmente aos olhos dos trabalhadores. Dessa forma conseguiu que seu candidato, general Eurico Gaspar Dutra, fosse eleito presidente nas eleições realizadas após a promulgação da Constituição de 1946. Getúlio, por sua vez, provando sua popularidade, foi eleito deputado e senador por vários Estados. Tomou posse em 1947 da senadoria pelo Rio Grande do Sul.

Em 1950, aquele que fora ditador se elegeu novamente presidente da República. Seu governo foi marcante, sobretudo para o operariado, graças à criação de legislação trabalhista. Criou os ministérios da Aeronáutica, da educação e do Trabalho, a usina siderúrgica de Volta Redonda, a Fábrica Nacional de Motores e a Petrobrás. Porém, as crises e os problemas políticos agitavam a vida da Nação e culminaram com o incidente em que foi morto, pela guarda pessoal do presidente, o major-aviador Rubens Florentino Vaz, quando de um atentado contra Carlos de Lacerda, tenaz inimigo político de Getúlio. Não podendo resistir ao escândalo, suicidou-se com um tiro no coração, causando grande impacto em todo o País.