Manuel Deodoro da Fonseca, político e militar brasileiro, nasceu no Estado de Alagoas a 5 de agosto de 1827. Ingressando na Escola Militar em 1843, completou o curso de Artilharia em 1847.

Ocupou inúmeros cargos e exerceu inúmeras funções em sua carreira militar. Foi ajudante de ordens do comandante de armas, em Mato Grosso; instrutor e guardas da Fortaleza de Santa cruz; membro da Força Expedicionária que lutou no Prata; inspetor das campanhas de cavalaria de Pernambuco e da Bahia; comandante de armas no Rio Grande do Sul e quartel-mestre-general.

Em 1848 foi, como tenente, para Pernambuco, a fim de combater a Revolução Praieira e, mais tarde, já então como capitão, foi enviado para o Uruguai, onde viveria os episódios que antecederam a Guerra do Paraguai, da qual participou ativamente, retornando em 1870 como herói e promovido a coronel.

Um dos líderes da chamada Questão Militar, foi aclamado pelos abolicionistas e republicanos, que apresentaram sua candidatura ao Senado. Organizador do Clube Militar, do qual viria a ser presidente em 1877, foi quem levou, à princesa Isabel, então regente, o requerimento em que a classe militar se negava a capturar escravos fugidos.

Afastado pelo Governo Imperial em dezembro de 1888 para Mato grosso, voltou ao Rio em 1889, onde participou do processo revolucionário que em 15 de novembro desembocaria na República, da qual seria ele o proclamador. Escolhido chefe do Governo Provisório até 24 de fevereiro de 1891, data da Proclamação da Constituição, foi eleito presidente, tendo tomado importantes medidas, tais como a separação da Igreja e do Estado, a reforma do Código Penal etc. Entretanto, divergência com o Parlamento, que tentou resolver, acrescidas pela revolta da Esquadra, sob o comando de Custódio José de Melo, fizeram-no renunciar a 23 de novembro de 1891.