Carlos Augusto Navarro Caldeira nasceu em Santos-SP a 28 de outubro de 1885. Era filho de José Rodrigues Caldeira e Alice Navarro Caldeira. Sempre pronto a servir, sem distinção de credo ou cor, dedicou sua vida para o bem do próximo. Iniciou sua vida profissional na praça do café, mais tarde passou para a Alfândega como caixeiro despachante e depois como despachante aduaneiro, exercendo essa função até 1928, quando pediu sua demissão em benefício de um auxiliar seu. Dedicou-se, a partir de então, ao comércio junto à Alfândega de Santos.

Exerceu diversos cargos no meio social, muito trabalhou pela Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio de Santos e também pelo Santos Futebol Clube, de 1918 a 1923, onde exerceu diversos cargos, tendo feito a primeira grande arquibancada do clube – que serviu até anos recentes, quando foi substituída pela atual de cimento armado.

Seu maior trabalho está presente no Asilo de Inválidos de Santos, onde em 1910 ingressou como conselheiro, sendo no ano seguinte eleito tesoureiro. Em 1916, quando presidente Miguel Presgreave, foi dado o nome de Carlos Augusto Navarro Caldeira à sala de refeições das mulheres do Asilo de Inválidos, em homenagem aos esforços prestados por ele até aquela data. Exerceu, nos anos seguintes, diversos cargos dentro do Asilo, até que em 1926 foi eleito presidente e, desde então, nunca mais deixou o cargo até a data de seu falecimento.

Em 10 de março de 1928, na catástrofe do Monte Serrat, trabalhou dia e noite, sendo que naquele tempo ele era sócio de uma firma que tinha grandes caminhões, pois trabalhava no serviço de desentulho. Estes mesmos caminhões serviram na Revolução de 1932, quando Carlos Augusto esteve a serviço desta causa; além de pôr o Asilo à disposição dos constitucionalistas, fornecendo refeições e tudo o mais que estava ao seu alcance.

A Standard Oil, em 6 de agosto de 1951, homenageou-o com a medalha de Honra ao Mérito. Faleceu no dia 30 de setembro de 1951.