Antes, em 10 de agosto de 1955, o prefeito Luís de Cmargo da Fonseca e Silva havia assinado a lei municipal 186, autorizando 'a denominar Artur Bernardes uma das ruas principais da cidade. Sob a nomenclatura deverá constar a seguinte expressão: Presidente da República 1922 a 1926'.

Arthur da Silva Bernardes, estadista brasileiro, nasceu na cidade de Viçosa, Minas Gerais, no dia 18 de agosto de 1875, e morreu no Rio de Janeiro em 23 de março de 1955. Viveu principalmente na época do Brasil República, bacharelando-se pela Faculdade de Direito de São Paulo.

Advogou em sua cidade natal, onde chegou a se eleger vereador e depois presidente da Câmara Municipal; deputado estadual em 1907; federal em 1909. Ocupou a Secretaria de Finanças de Minas Gerais no governo de Júlio Bueno Brandão. Foi reeleito deputado federal e, mais tarde, presidente de Minas Gerais, em 1918. Saiu vitorioso na eleição de março de 1922, assumindo a presidência da República, governando o País em estado de sítio.

Concluindo o período presidencial, elegeu-se senador por Minas Gerais. Participou da Aliança Liberal e da Revolução de 1930, liderando-a em seu Estado. Insurgiu-se, em 1931, contra os abusos do poder central, e chefiou o movimento mineiro de 18 de agosto; no ano seguinte organizou, com Armando de Sales Oliveira, a Revolução Constitucionalista de São Paulo. Foi então preso e deportado, ficando em Portugal até 1934, quando regressou ao Brasil para se eleger deputado federal por Minas Gerais; exerceu o mandato até o fechamento do Congresso Nacional em 1937, com o advento do Estado Novo. Com o fim do regime ditatorial, voltou a se eleger deputado federal, sendo reeleito em 1954, sempre à frente do Partido Republicano.

A partir de 1948 entregou-se a uma nova campanha, a da criação da Petrobrás. Defendia a formação de uma companhia estritamente nacional e controlada pelo Estado para explorar o petróleo brasileiro. Queria preservar contra a cobiça dos estrangeiros a riqueza natural do Brasil. Essa campanha, de cunho popular e nacionalista, deu-lhe grande prestígio. Assim é que, em 1953, surgiu a Petrobrás, ficando protegida uma das riquezas do Brasil.