Denominação dada a logradouro público, em homenagem ao pan-americanismo. Este termo é formado do prefixo grego Pan - ideia de totalidade -, mais americanismo. Foi consagrado na primeira Conferência Internacional dos Estados Americanos, realizada em Washington, em 1889, que criou a União Pan-americana.

Passou, depois, para o vocabulário político, para significar a comunidade de interesses e a solidariedade continental das repúblicas do Novo Mundo. Diversamente do pan-germanismo ou pan-eslavismo, não tem conteúdo racista ou ideológico, mas fundou-se em razões históricas e geográficas.

Podemos distinguir, na evolução do pan-americanismo, três grandes períodos. O primeiro é tipicamente hispano-americano, e seu início pode ser fixado no ano de 1826, com a Conferência do Panamá reunida por iniciativa e sob a inspiração de Simon Bolívar (1783-1830). É um período dominado pela preocupação de consolidar a independência política da América Latina contra as ambições das metrópoles. Os Estados Unidos, ocupados com a sua expansão para o Oeste, ficaram à margem do movimento, limitando-se a proclamar a Doutrina Monroe (1759-1831).

O segundo período se iniciou com a Conferência de Washington (1889). Afirmada já a soberania política dos estados americanos, em face dos antigos países colonizadores, as preocupações se voltaram para o campo econômico. O período se caracterizou por uma crescente hegemonia dos Estados Unidos, sob cuja influência foram realizaradas conferências quinquenais, que firmaram pactos de defesa comum, celebraram acordos em todos os setores de atividades e propiciaram uma expansão de competição econômica norte-americana contra os concorrentes europeus.