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Vias públicas de Santos/SP

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Rua Xavier Pinheiro

Coordenadas da via: Latitude: -23.949921 e Longitude: -46.325256      [GoogleMaps]

Começa em Rua Vinte e Oito de Setembro/Avenida Cidade de Santos, no bairro Vila Mathias

CEP: 11015-090

Termina em Avenida Dr. Washington Luiz, no bairro Vila Mathias

Nomes antigos: Rua 102, Rua São Jerônimo

Logradouro criado em 1921

História: Rua 102, declarou-a oficial a lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922, sancionada pelo prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro.

Na sessão ordinária da Câmara Municipal realizada a 12 de setembro de 1900, sob a presidência de José Carneiro Bastos e secretaria de Camilo Rato e Fernando Monteiro, foi aprovado o parecer 93, da Comissão de Obras e Viação, que acolhia a indicação do vereador Inácio Mariano em que era proposta a substituição de Rua São Jerônimo para Rua Xavier Pinheiro.

Aliás, na sessão de 5 de setembro de 1900, presidida pelo capitão José Feliciano da Silva, o vereador Inácio Mariano reclamou contra a demora da tramitação da propositura na qual propunha a substituição de Rua São Jerônimo para Rua Xavier Pinheiro. Já na sessão seguinte, a 12 de setembro, foi pautado e aprovado o parecer 93, da Comissão de Obras e Viação, sobre a matéria.

Joaquim Xavier Pinheiro nasceu em Santos a 2 de dezembro de 1830. Figura exponencial na vida de Santos do século XIX (cidade onde nasceu a 2 de dezembro de 1830), foi vereador nos períodos de 1877 a 1880 e 1883 a 1886, ocupando a presidência em 1880. Tesoureiro da Comissão Executiva que construiu o Teatro Guarani, exerceu ainda o cargo de delegado de Polícia, que assumiu a 12 de setembro de 1882, além de provedor da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia.

Abolicionista de vanguarda, foi dos principais fundadores da Sociedade Emancipadora 27 de Fevereiro, sendo seu presidente quando a 27 de fevereiro de 1888, três meses antes da assinatura da Lei Áurea, em cerimônia festiva, a entidade entregou as derradeiras cartas de liberdade a cativos. Um dos fundadores do Asilo de Órfãos, depois Associação Casa da Criança, o major Pinheiro prestou ainda dedicada colaboração a outras instituições assistenciais e sociais, como o Clube XV. Diretor da Fábrica de Cal São Benedito, na Rua dos Quartéis, hoje Xavier da Silveira, no Paquetá, além de acionista da Companhia de Carris de Ferro.

Mercê do bom sendo do vereador Xavier Pinheiro, coube-lhe a iniciativa de substituir a denominação de várias vias públicas, segundo indicação que apresentou na sessão ordinária da Câmara Municipal de 22 de agosto de 1878, presidida por João Otávio dos Santos. Eis a sua indicação: 'A Câmara transata mudou o nome de Rua Otaviana para Independência e sendo aquele nome uma lembrança do eminente santista Joaquim Otávio Nébias, indico seja aquela rua denominada de novo Otaviana. Indico também que sejam mudados os nomes das seguintes ruas, travessas e largos, sendo:

Ruas
Do Valongo – Independência
Da Penha – Marquês de Herval
Da Praia – 24 de Maio
Do Consulado – Frei Gaspar
Septentrional – 28 de Setembro
Santa Catarina-Meridional – Visconde do Rio Branco
Do Quartel – Xavier da Silveira
Do Paquetá – Batista Pereira
Áurea – General Câmara
Flores – Amador Bueno
Duas Pedras – Andrade Neves
Sal – José Ricardo
Direita-Antonina – 25 de Março

Largos
Do Consulado – Senador Vergueiro
Da Estação – Monte Alegre
Do Quartel – Ladislau

Travessas
Dos Canudos – São Bento
Do Valongo – Marquês de Herval
Do Trem – Visconde do Rio Branco
Do Pacheco – Caiuby
De S. Jerônimo – Santo Antônio

A nova rua entre a projetada lavanderia e o monte – Passeio; o largo entre a Rua Dois de Dezembro e Consulado se denominará Correia de Melo'. Essa indicação foi aprovada por unanimidade.

Convém esclarecer que a Rua Independência, substituída por Valongo, hoje não mais existe, cuja área é agora ocupada por instalações da ex-São Paulo Railway (SPR). A Rua 24 de Maio é a atual Tuiuti. As ruas Setentrional e Meridional deram lugar à Praça da República. A Rua Batista Pereira, antiga do Paquetá, foi mudada para João Otávio, enquanto o Largo Ladislau desapareceu com a construção de armazéns alfandegados, em 1890/1. A Travessa Visconde do Rio Branco é a atual Rua Tiro Onze.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 641/642

Veja mais em [Arsenal de Marinha e os prédios da Rua da Praia: Xavier Pinheiro]
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