Na sessão ordinária da Câmara Municipal realizada a 16 de setembro de 1922, o vereador João Manuel Alfaia Rodrigues Júnior enalteceu a personalidade do Conde D'Eu, falecido a 28 de agosto daquele ano, propondo voto de profundo pesar pelo seu passamento. O requerimento do venerando edil foi aprovado, estando na presidência dos trabalhos o dr. B. de Moura Ribeiro. Primitivamente designava-se Beco do Wright.

Luís Felipe Maria Fernando Gastão de Orleans – conde d'Eu – nasceu no castelo de Neuly, França, a 28 de abril de 1842, e morreu repentinamente a bordo do navio Massília a 28 de agosto de 1922, quando em viagem para o Rio de Janeiro, onde assistiria aos festejos comemorativos do centenário da Independência. Casou a 15 de outubro de 1864, com Isabel, herdeira do trono do Brasil, filha de d. Pedro II, desse modo se ligando à família imperial brasileira. Adotando a nacionalidade brasileira, foi nomeado por d. Pedro II, a 22 de março de 1869, comandante-chefe das forças nacionais na Guerra do Paraguai, em substituição a Caxias, licenciado por doença. Participou das batalhas de Peribebuí e Campo Grande até o final da luta, a 1º de março de 1870.

Foi marechal do Exército, comandante geral de Artilharia, presidente da Comissão de Melhoramentos do Material de Guerra, conselheiro de Estado e presidente honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Com a proclamação da República, demitiu-se do Exército e acompanhou a família imperial ao exílio na Europa, banimento revogado no governo de Epitácio Pessoa. Repetindo a visita feita no dia 27 de novembro de 1884, juntamente com a princesa Isabel, o conde d'Eu, acompanhado do seu filho, príncipe Pedro de Alcântara, e do barão de Muritiba, esteve em Santos no dia 25 de janeiro de 1921, quando prefeito municipal o coronel Joaquim Montenegro. Foi recepcionado no Paço e na sede da Associação Comercial de Santos, homenageado com banquete no Parque Balneário Hotel e ainda fez visitas ao cais do porto e à sede da Associação Beneficente d. Pedro II. Em 1953, seus despojos foram trasladados para o Brasil pelo cruzador Barroso, bem como os da princesa Isabel.