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Vias públicas de Santos/SP

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Rua Doutor Tomás Catunda

Coordenadas da via: Latitude: -23.953327 e Longitude: -46.321472      [GoogleMaps]

Começa em Rua Borges, no bairro Encruzilhada

CEP: 11015-160

Termina em Rua Luiz Gama, no bairro Encruzilhada

Nomes antigos: Rua 157, Travessa Luiz Gama

Logradouro criado em 1929

História: Rua 157. Pela lei 847, de 12 de janeiro de 1929, do prefeito municipal, dr. José de Sousa Dantas, a Travessa Luís Gama foi substituída por Rua Dr. Tomás Catunda, de acordo com o parecer 23 da Comissão de Justiça e Poderes, da Câmara Municipal, que adotava projeto de lei dando denominação a diversas ruas – aprovado, sem debate, em duas discussões, na sessão ordinária que o Legislativo realizou naquela mesma data, sob a presidência do comendador João Manuel Alfaia Rodrigues.

Quem indicou o nome do dr. Catunda foi o vereador Samuel Baccarat, com aprovação unânime da Câmara Municipal, ao acolher o parecer 54 da Comissão de Justiça e Poderes.

Segundo justificou o autor da proposição, o dr. Tomás Catunda foi um dos fundadores da Sociedade Amiga da Instrução Popular, criada e mantida a expensas de seus associados e que constituiu 'um dos mais seguros elementos de prosperidade de Santos, educando centenas de crianças e exercendo dedicadamente uma função que deverá ser dos Poderes Públicos'.

Tomás Catunda, que nasceu em Fortaleza a 27 de julho de 1865, formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia. Foi médico da Comissão de Estudos do Rio Pardo, chefiada por Euclides da Cunha. Vindo para Santos, exerceu a Clínica e Cirurgia, bem como as funções de catedrático de Literatura e História. Foi professor durante muitos aos na Sociedade Amiga da Instrução Popular. Era considerado o 'Médico dos Médicos de Santos'.

Em discurso proferido a 9 de fevereiro de 1943, na sessão in memoriam realizada na Santa Casa de Santos, e publicado em Páginas Esparsas, que editou em 1963, o dr. Hugo Santos Silva, em certo trecho, assim se refere ao grande médico e professor: 'Em Santos, neste palco soberbo dos jogos florais da caridade, Tomás Catunda exercia a Medicina, com firmeza de apóstolo, pregando o evangelho da Verdade, sem temor nem desfalecimentos, glorificando a profissão sem vaidades nem ostentações, desdobrando-se em branduras e renúncias, na luta silenciosa contra a morte. Ninguém se lhe comparou na serenidade e no denodo com que enfrentava as doenças, as tremendas doenças epidêmicas que, de improviso e de surpresa, viva e rapidamente, irrompiam sobre as nossas populações indefesas! Nas devastações da febre amarela em tal modo se houve pelo brilho dos diagnósticos e dos juízos clínicos que Sanarelli elogiosamente o citou. Jamais se arreceou do perigo do contágio e – olhos fitos no dever a cumprir – cuidou dos padecentes com o respeito e o calor que a condição de semelhantes lhe inspirava. Foi um médico de elevada sensibilidade com uma exata percepção do segredo e dos deveres que fazem a grandeza, o encanto, a magia do abençoado ofício. À nossa secular Santa Casa, de 1898 a 1923, prestou serviços com lustre, com mérito, com virtude, deixando um luminoso exemplo a imitar!

'Estudava tudo: Literatura, Matemática, Sociologia, História, Química, Filosofia, Mineralogia, Botânica e até Heráldica… Ele e Silvério Fontes foram na época os campeões da leitura: liam jornais, revistas, livros, folhetos; liam à mesa, nos bondes, nas carruagens, nos ócios, lidam de dia, de noite e até adormeciam lendo…'.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 607/608

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