Na sessão da Câmara Municipal realizada a 16 de setembro de 1925, presidida pelo vereador Alfaya Rodrigues, foi aprovado o parecer 103, da Comissão de Justiça e Poderes, que adotava indicação do vereador Benedito Pinheiro em que propôs fosse declarado perpétuo o jazigo, no Cemitério do Paquetá, onde repousam as cinzas do venerando educador.

Quando do seu jubileu no Magistério, em 1923, seus alunos, ex-alunos, amigos e admiradores lhe prestaram comovida homenagem. No dia 6 de outubro de 1923, seu ex-aluno Arquimedes Pereira Guimarães, da Escola Politécnica da Bahia, mandou-lhe carta que assim concluía: 'Perdoe-me a quase irreverência para a sua infinita modéstia; o senhor foi um justo, um santo, um herói e um sábio. Abraça-o comovido na sua sagração o amigo sempre discípulo'.

Tarquínio Silva nasceu em Viana, Maranhão, e faleceu em Santos, de mal cardíaco, a 27 de julho de 1925, em sua residência, à Avenida Bernardino de Campos, 624. Casado com Maria Ramos de Oliveira, iniciou-se no Professorado em 1873 no colégio dirigido pelo dr. Augusto de Freitas Guimarães da Silva. Vindo para Santos, onde passou o resto de sua vida, lecionou no Liceu Feminino Santista desde sua fundação; na Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio durante 20 anos; na Escola Alemã e na Escola José Bonifácio, esta fundada e dirigida por Silva Jardim, além de servir a outras casas de Ensino. Foi mestre, entre tantos outros, de homens que se tornaram consagrados no ambiente literário, parlamentar, forense e administrativo, entre os quais Martins Fontes, Abraão Ribeiro, Samuel Ribeiro, Paulo Gonçalves, Galeão Coutinho e Antonio Ezequiel Feliciano da Silva. Morreu pobre, como nascera. Deixou, contudo, seu nome aureolado na vida pedagógica de Santos pelo talento, honradez e humildade.