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Vias públicas de Santos/SP

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Rua Doutor Silvério Fontes

Coordenadas da via: Latitude: -23.943774 e Longitude: -46.318185      [GoogleMaps]

Começa em Rua Chile, no bairro Vila Nova

CEP: 11013-420

Termina em Rua do Anhanguera, no bairro Vila Mathias

Nome antigo: Rua 340

Logradouro criado em 1929

História: Pela lei 699, de 6 de setembro de 1923, o prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro, derrogou a denominação de Silvério Fontes outorgada à Rua Aprovada 111, que é a atual Gonçalves Ledo. O nome do ilustre médico foi anos depois, a 12 de janeiro de 1929 - pela lei 847, sancionada pelo prefeito municipal dr. José de Sousa Dantas -, aplicado à Rua 340, nos termos do parecer 23 da Comissão de Justiça e Poderes, da Câmara Municipal, aprovado na sessão ordinária realizada a 12 de janeiro de 1929, sob a presidência do comendador João Manuel Alfaia Rodrigues.

Médico, sociólogo, livre-pensador e jornalista, Silvério Fontes nasceu em S. Cristóvão, Sergipe, a 1º de dezembro de 1858. Em dezembro de 1884 colou grau pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, estabelecendo consultório em Santos. Prestou excelentes serviços à Santa Casa da Misericórdia, jamais se preocupando em receber honorários, não por ser rico, mas sensível à situação de gravíssimas dificuldades financeiras por que passava o velho hospital.

No regime monárquico exerceu o cargo de inspetor da Saúde Pública do Porto de Santos e o de inspetor literário, este sem remuneração.

Em companhia de João Galeão Carvalhal, Sóter de Araújo, Garcia Redondo e Francisco Martins dos Santos, redigiu A Evolução. Depois, fundou o Centro Socialista e, de parceria com Sóter de Araújo e Carlos Escobar, editou A Questão Social, revista de propaganda socialista.

O dr. Silvério Fontes, homem de invulgar talento, reverteu grande parte de sua biblioteca à Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio. Prestou dedicados serviços ao Asio de Órfãos, era irmão benemérito da Santa Casa da Misericórdia e um dos fundadores do Instituto do Radium de São Paulo. Modesto e sem qualquer ambição, sempre recusou cargos públicos. Casado com Isabel Martins Fontes e genitor do grande poeta santista José Martins Fontes, faleceu a 27 de junho de 1928 em sua residência, à Rua Floriano Peixoto, 206, com 70 anos de idade. Esse cidadão erudito e probo, dos primeiros socialistas do Brasil, foi inumado no Jazigo 20 do Cemitério do Paquetá, promovendo seu funeral a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia.

Silvério Fontes, em companhia do professor Carlos Escobar e do dr. Sóter de Araújo, lançou o Manifesto Social que, segundo o dr. Hugo Santos Silva, em Páginas Esparsas, 'foi uma anterioridade de experiência, tanto quanto representação apriorística do que se julgara estar demonstrado. Dessa antecedência, considerada como fundamental no conhecimento da evolução psicológica, que está à base de todos os instintos e mesmo de numerosos fenômenos orgânicos, o Manifesto muito se distanciou. Aliás, muito mais tarde, aí por volta de 1923, o próprio Silvério Fontes, com aquela franqueza tão sua, reconheceu que sua profissão de fé socialista era para a época muito avançada, sobretudo pelo seu feitio nitidamente coletivista. Silvério Fontes foi um antecipado!'

Quando morreu, em 1928, seu filho Martins Fontes escreveu A Meu Pai, que tem esta estrofe final:

'Morrer! Não será só extinguir-se a existência;
É ter sido, é legar qualquer flor benquerida;
Ressurgir noutra forma e em diversa aparência;
Glorificar a Vida!'

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 587/588

Veja mais em [Instituto Histórico e Geográfico de Santos: Cadeira 98 - Silvério Fontes]
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