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Vias públicas de Santos/SP

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Rua Marechal Pêgo Júnior

Coordenadas da via: Latitude: -23.942181 e Longitude: -46.322196      [GoogleMaps]

Começa em Avenida Senador Feijó/Rua João Éboli, no bairro Vila Nova

CEP: 11013-500

Termina em Avenida Conselheiro Nébias/Rua Vereador Freitas Guimarães, no bairro Vila Nova

Nomes antigos: Rua 42, Rua Predial

Logradouro criado em 1907

História: Rua 42, foi denominada pela lei 252, de 13 de março de 1907, sancionada pelo intendente municipal, tenente-coronel Carlos Augusto de Vasconcelos Tavares, segundo deliberação da Câmara Municipal na sessão realizada naquela mesma data, sob a presidência do coronel Francisco Correia de Almeida Morais. Considerou-a oficial a lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922, promulgada pelo prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro.

No dia 22 de abril de 1897, na 11ª sessão ordinária que realizou sob a presidência de Francisco Correia de Almeida Morais, a Câmara Municipal aprovou o parecer 293, da Comissão de Justiça e Poderes, em que se manifestava de acordo com o intendente interino J. P. Azevedo Sodré, não atendendo à petição de moradores da Rua Predial que solicitaram a mudança de nome para Frederico de Figueiredo, 'embora reconheçamos as qualidades morais que exornam a personalidade desse cidadão, cujo nome poderá ser conferido a uma rua que for aberta, como bem ponderou o intendente municipal interino'.

Projeto de lei apresentado pelo vereador José Carneiro Bastos na sessão da Câmara Municipal realizada a 9 de agosto de 1899, por ele mesmo presidida, considerou de utilidade pública os terrenos necessários para o prolongamento da Rua Predial, atual Marechal Pêgo Júnior. Acolheu-o o parecer 127, da Comissão de Obras e Viação, aprovado em primeira discussão na sessão de 30 de agosto daquele ano e, em discussão final, na sessão de 20 de setembro do mesmo ano.

Na sessão de 23 de janeiro de 1901, presidida pelo capitão José Carneiro Bastos, foi aprovado o parecer 183, da Comissão de Obras e Viação, acolhendo abaixo-assinado de moradores da Rua Predial em que solicitavam o calçamento dessa via pública no trecho compreendido entre as ruas Braz Cubas e Constituição.

Lei 411, de 26 de agosto de 1910, do prefeito municipal dr. Belmiro Ribeiro de Morais e Silva, determinou a execução de melhoramentos na via pública, no trecho entre Constituição e Conselheiro Nébias, para o que abriu crédito suplementar de 14:368$000 . Anteriormente denominava-se Rua Predial.

Na sessão ordinária da Câmara Municipal de 20 de março de 1918, sob a presidência do dr. B. de Moura Ribeiro, foi apresentado projeto de lei declarando de utilidade pública os terrenos com frente para a Avenida Conselheiro Nébias, necessários à abertura da Rua Marechal Pêgo Júnior no seu prolongamento até a Rua Dr. Cócrane, aprovado em primeira e segunda discussões durante a mesma sessão.

No mesmo dia foi sancionada a lei 599, pelo coronel Joaquim Montenegro, vice-prefeito municipal em exercício.

Antônio Maria Pêgo Júnior nasceu em Santos a 2 de julho de 1842, na antiga Rua da Penha, hoje Marquês de Herval. Depois dos primeiros estudos na terra natal, seguiu para o Rio de Janeiro, onde se matriculou na Escola Militar de Praia Vermelha, frequentando o curso de Artilharia. Participou da Guerra do Paraguai no posto de sargento e foi ferido na batalha de Perebebuy. Voltando à Escola Militar de Praia Vermelha, foi nomeado professor de Geografia Descritiva, matéria de que era profundo conhecedor.

Comandou a Fortaleza de Santa Cruz, em campo oposto ao seu grande amigo Floriano Peixoto, pois era monarquista convicto. Chamado ao Rio de Janeiro, num golpe de astúcia, foi preso e recolhido ao antigo Arsenal de Marinha. Na Revolta da Armada de 1893, chefiada por Custódio de Melo, Floriano Peixoto recorreu a ele, como dos únicos militares que, sem paixão, poderiam manter o prestígio do Exército. Tomou parte em outras operações militares, como a do Paraná, quando deu início ao cerco dos federalistas comandados por Gumercindo Saraiva.

Vítima de intrigas, viu-se novamente preso e recolhido incomunicável ao Forte de Conceição. Submetido a Conselho de Guerra, foi considerado traidor do regime e condenado à morte. Levada a sentença a Floriano, este se negou a assiná-la, sendo afinal a decisão reformada pelo Tribunal, que julgou sem culpa o grande militar, em face das provas de sua inocência. Pêgo Júnior faleceu no posto de marechal reformado, a 7 de fevereiro de 1907, no Rio de Janeiro.

Nessa rua funcionava o Gasômetro (Reservatório de Gás da cidade e Santos - Serviços de Eletricidade e Gás S/A), que explodiu na madrugada 9 de janeiro de 1967, em episódio que abalou toda a cidade e teve repercussão mundial, acabando com a rede de gás encanado de Santos, que só voltou a ser refeita no século XXI.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 509 a 511

Veja mais em [Explosão do Gasômetro, em 1967]
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