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Vias públicas de Santos/SP

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Rua Dom Pedro II

Coordenadas da via: Latitude: -23.933236 e Longitude: -46.328339      [GoogleMaps]

Começa em Rua Tuyuti, no bairro Centro

CEP: 11010-080

Termina em Avenida São Francisco, no bairro Centro

Nomes antigos: Travessa do Parto, Beco do Parto, Rua do Cano, Rua Dois de Dezembro, Rua 35

Logradouro criado em 1921

História: Primitivamente, como em 1822, no ano histórico da Independência, chamou-se Travessa do Parto e tinha 10 casas habitadas. Na sessão que realizou a 28 de dezembro de 1865, sob a presidência de Antônio Ferreira da Silva Júnior – visconde de Embaré -, a Câmara Municipal alterou nomes e limites de algumas vias públicas, outorgando a denominação de Dois de Dezembro, 'data natalícia de d. Pedro II', desde os fundos da casa do coronel Ferreira Júnior até o Morro, suprimindo os nomes de Beco do Parto e Rua do Cano.

Pela indicação 83, aprovada na sessão da Câmara Municipal de 10 de junho de 1914, o vereador Manuel Galeão Carvalhal propôs que a Rua 2 de Dezembro passasse a se chamar Rua D. Pedro II. Dois de Dezembro recordava a data no nascimento de d. Pedro II, mas o autor da propositura considerou que 'a denominação não exprimia verdadeiramente o sentido que ditaram os legisladores da época'.

Foi a Rua D. Pedro II, que se indicava na Planta sob número 35, oficializada pela lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922, promulgada pelo prefeito municipal coronel Joaquim Montenegro.

Saldanha Marinho, o grande republicano que integrou o Governo Provisório de Deodoro da Fonseca, em 1889, seria o nome da Rua D. Pedro II, em substituição. A sugestão partiu do vereador Alfredo Ramires Esquivel na sessão da Câmara Municipal realizada a 10 de fevereiro de 1887, em que aquele edil apresentou indicação propondo que a Rua 2 de Dezembro passasse a denominar-se Saldanha Marinho.

Aliás, logo após a proclamação da República, na sessão especial realizada a 21 de novembro de 1889, sob a presidência de Júlio Conceição, a Câmara Municipal, depois de votar moção de solidariedade e apoio ao Governo Provisório de Deodoro da Fonseca, acolheu representação de munícipes que pleitaram a alteração de nomes de algumas vias públicas do Município, conferindo-os aos dos ministros do novo governo, como Benjamin Constant, que foi atribuído à Rua 2 de Dezembro.

Pelo ofício 310, de 10 de junho de 1914, a Câmara Municipal levou ao conhecimento da Prefeitura que, por indicação assinada pelo vereador dr. Manuel Galeão Carvalhal, resolvera substituir a denominação de 2 de Dezembro para D. Pedro II, assinalando que essa denominação já fora dada a uma das ruas da Vila Operária, de conformidade com o parecer 72, aprovado na sessão ordinária de 9 de maio de 1914. Entretanto, consultada a respeito, por haver sido aquela denominação aplicada a seu pedido, a Companhia Santista de Habitações Econômicas ponderou que o nome de Pedro I é aceitável para a Vila Operária, por ser de grata recordação dos brasileiros. No ofício encaminhado à Prefeitura, a Câmara Municipal, que era presidida pelo dr. Antônio de Freitas Guimarães Sobrinho, concluía estar de perfeito acordo com o alvitre sugerido.

Quando da chegada ao Rio de Janeiro dos restos mortais de d. Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina, o vereador J. de Sousa Dantas apresentou indicação propondo que a Câmara Municipal se associasse às homenagens à memória dos ex-imperadores do Brasil, sendo nomeada uma Comissão Especial de Representação, integrada também pelos vereadores João Manuel Alfaya Rodrigues Júnior e Belmiro Ribeiro de Morais e Silva, conforme propositura aprovada por unanimidade na sessão havida a 16 de dezembro de 1920.

D. Pedro II, segundo imperador do Brasil, nasceu no Palácio da Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, a 2 de dezembro de 1825, e morreu em Paris, França, a 5 de dezembro de 1891, sendo filho de d. Pedro I e Maria Leopoldina, arquiduquesa da Áustria. Tinha apenas 6 anos de idade quando d. Pedro I abdicou aos direitos imperiais em seu favor, a 7 de abril de 1831, ficando a princípio sob a tutela de José Bonifácio. D. Pedro II teve a maioridade proclamada por decisão do Congresso a 23 de julho de 1840 e contraiu matrimônio a 30 de maio de 1843 com Teresa Cristina Maria de Bourbon, filha de Francisco II das Duas Sicílias.

No seu reinado deu-se a pacificação do País, após intensas lutas, pois d. Pedro II mostrou-se clemente diante dos vencidos de movimentos como a Guerra dos Farrapos, Revolta de Tobias Aguiar, Revolta Praieira e Insurreição de Minas. A partir de 1848, o país entrou em fase de tranquilidade. Depois de suportar a Guerra Cisplatina e a Guerra do Paraguai, sobreveio a intensa propaganda abolicionista, que culminou com a Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, por se achar d. Pedro II na Europa, seguindo-se o movimento republicano, quando o imperador foi deposto por um levante militar e instituído no Brasil, a 15 de novembro de 1889, o regime republicano.

Em Santos também foi comemorado o centenário do nascimento de d. Pedro II, a 2 de dezembro de 1925, havendo sessão cívica no Paço sob a presidência do comendador João Manuel Alfaya Rodrigues Júnior. Discursaram durante a cerimônia o vereador Samuel Baccarat, Bruno Barbosa e Cleóbulo Amazonas Duarte.

Pela manhã daquele dia, a Municipalidade mandou rezar solene missa na Catedral. Também a Sociedade Beneficente dos Guardas da Alfândega de Santos comemorou o evento com sessão solene em sua sede social, quando falaram José Raymundo Pinto Leite e Olegário Lisboa.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 507 a 509

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