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Vias públicas de Santos/SP

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Rua Barão de Paranapiacaba

Coordenadas da via: Latitude: -23.956915 e Longitude: -46.32316      [GoogleMaps]

Começa em Avenida Conselheiro Nébias, no bairro Encruzilhada

CEP: 11050-250 - até 193/194

11050-251 - de 195/196 ao fim

Termina em Avenida Anna Costa, no bairro Encruzilhada

Nomes antigos: Rua do Sol, Rua 164

Logradouro criado em 1921

História: Listagem e CEPs dos Correios grafa com cedilha, como Rua Barão de Paranapiaçaba.

Na sessão da Câmara Municipal realizada a 27 de julho de 1910, foi aprovado o parecer 125 e adotado o projeto de lei, de autoria do vereador dr. Manuel Maria Tourinho, datado de 22 de junho daquele ano, que dava o nome de Barão de Paranapiacaba à Rua do Sol. Em consequência, foi sancionada pelo vice-prefeito municipal em exercício, dr. Belmiro Ribeiro de Morais e Silva, a lei 409, de 10 de agosto de 1910. Foi a via pública, que tinha o número 164, oficializada pela lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922, promulgada pelo prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro, segundo projeto de lei aprovado nas sessões ordinárias da Câmara Municipal realizadas a 24 de janeiro de 1921 e 16 de fevereiro seguinte.

João Cardoso de Menezes e Souza – barão de Paranapiacaba – filho natural do padre João Cardoso de Menezes e Souza, nasceu na vila de Santos a 25 de abril de 1827. Depois de fazer os primeiros estudos na terra natal, formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo, na turma de 1844-1848. Exerceu até 1857 a advocacia no Rio de Janeiro quando foi nomeado ajudante de procurador fiscal do Tesouro Nacional. Deputado pela Província de Goiás no período de 1873-1876, censor teatral e executor de várias e importantes missões oficiais em São Paulo e em Pernambuco, colaborou nos principais jornais do Rio de Janeiro, como Correio Mercantil e Jornal do Comércio. Estreou na Literatura aos 17 anos de idade com o Cântico do Tupi, escrevendo outros livros, entre os quais estes: A Harpa Gemedora, Poesias Escolhidas, Camoneana Brasileira, Teses de Colonização do Brasil e A Serra de Paranapiacaba. Traduziu obras de Byron, Lamartine, Plauto, Sófocles, Eurípedes, Eschylus e Aristófanes.

Recebeu o título de barão de Paranapiacaba por decreto de 8 de maio de 1883. Foi casado em primeiras núpcias com Felícia Rosa do Amor Divino Graff, a 19 de novembro de 1863, na cidade de Taubaté, onde residiu durante alguns anos; em segundas núpcias, com Teresa Pizarro, nascida em Santos a 25 de setembro de 1849, tradutora e autora de livros e que usava o pseudônimo literário de Uma Jovem Brasileira, fundadora do Colégio Santa Rosa, do Rio de Janeiro.

O barão de Paranapiacaba, que só deixou descendentes do primeiro casamento, faleceu no Rio de Janeiro a 3 de fevereiro de 1915, com a idade de 88 anos.

O ilustre santista foi doador de terrenos de sua propriedade à Municipalidade, como faz prova esta carta datada de 12 de outubro de 1883, do Rio de Janeiro, onde ele morava, e dirigida ao presidente e mais vereadores da Câmara Municipal de Santos: 'Em resposta ao ofício que vossas excelências me enviaram em data de 2 do corrente, em que me perguntam qual a importância que exijo pelo trecho de terreno de minha propriedade, aproveitado pela Câmara Municipal, para prolongamento da Rua S. Leopoldo, terreno que a mesma Câmara ignorava pertencer-me, tenho a satisfação de declarar que nenhuma indenização pretendo, cedendo-o gratuitamente para tão louvável fim de utilidade pública. Deus guarde vossas excelências'.

Na sessão ordinária que a Câmara Municipal realizou a 28 de julho de 1897, presidida por Antônio Iguatemi Martins, foi aprovado o parecer 357, da Comissão de Fazenda e Contas, em que era manifestado agradecimento ao barão de Paranapiacaba por haver cedido gratuitamente, em 1883, os terrenos de sua propriedade para o prolongamento da Rua de São Leopoldo.

Na edição de 2 de maio de 1886 do Diário de Santos, foi publicada nota baseada em informação veiculada pelo Jornal do Comércio de 29 de abril daquele ano, que assinalava haver o barão de Paranapiacaba recusado nobremente a aposentadoria forçada que lhe fora concedida pelo Governo do Império do alto cargo de diretor geral do Contencioso do Tesouro Nacional.

Segundo adiantava aquele órgão santista, o 'motivo dessa aposentadoria do ilustre funcionário fora devido à luta que estabeleceu na imprensa com o chefe de Polícia, no mês de fevereiro, o desembargador João Coelho Bastos. Lamentando que o Estado perca um de seus mais ilustrados e provectos funcionários, que por longos anos honrou a alta posição de primeiro empregado da Fazenda do Império, não podemos deixar de louvar o procedimento digno e altivo do nosso distintíssimo conterrâneo'.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 487 a 489

Veja mais em [Galeria dos poetas, prosadores e jornalistas de Santos: Barão de Paranapiacaba]
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