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Vias públicas de Santos/SP

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Avenida Martins Fontes

Coordenadas da via: Latitude: -23.93015 e Longitude: -46.353917      [GoogleMaps]

Começa em Avenida Getúlio Dorneles Vargas/Avenida Visconde de São Leopoldo/Elevado Aristides Bastos Machado/Praça Lions Clube, no bairro Saboó

CEP: 11085-000 - até 1039/1040

11085-001 - de 1041/1042 ao fim

Termina em Praça José Bonifácio O Moço/Avenida Bandeirantes/Via Anchieta/Avenida Marginal Direita da Via Anchieta/Avenida Nossa Senhora de Fátima, no bairro Saboó

Nome antigo: Avenida 660

Logradouro criado em 1971

História: Deu-lhe denominação o decreto 3.830, de 26 de janeiro de 1971, baixado pelo interventor federal general Clóvis Bandeira Brasil, depois de tentativas, em diferentes períodos, tanto do Legislativo quanto do Executivo, para dar uma artéria com o nome do glorioso poeta santista, como, por exemplo, anunciou o então prefeito municipal A. Iguatemi Martins, que pretendeu dar o nome de Martins Fontes à Avenida Saldanha da Gama. Aliás, chegou a ser baixado um decreto, o de número 64, de 6 de julho de 1932, pelo dr. Aristides Bastos Machado, dando o nome do médico e poeta à Rua 423, que é a atual Rua Martim Francisco. A Avenida Martins Fontes se configurava na Planta sob número 660.

Vale assinalar que o decreto 3.830, que denominou a Avenida Martins Fontes, foi assinado pelo interventor federal quando da inauguração da Praça Lions Clube, descerrando o chefe do Executivo a primeira placa denominativa instalada nas proximidades da Travessa João Cardoso.

Na oportunidade, Antônio Nascimento, diretor do Serviço de Relações Públicas da Prefeitura, traçou a biografia do grande poeta santense, sem deixar de sublinhar que uma artéria recebera finalmente seu nome 34 anos após seu desaparecimento!

A Avenida Martins Fontes ficou sendo a continuação da Rua Visconde de São Leopoldo, delimitando-se entre a Praça Lions Clube e a Praça José Bonifácio (O Moço).

No dia 8 de março de 1949, por iniciativa da Câmara Municipal, houve cerimônia na Biblioteca Municipal em homenagem à memória de Martins Fontes, Vicente de Carvalho, Paulo Gonçalves e Monteiro Lobato, com a inauguração de placas de bronze com seus nomes. Foi orador oficial Cherubim Correia. Agradeceram Velsírio Martins Fontes, Manuel Gonçalves e Paulo Mesquita de Carvalho.

Os atos comemorativos em homenagem à memória de Martins Fontes, a 3 de agosto de 1937, foram oficialmente celebrados no Teatro Coliseu Santista, em memorável noite literária. Com o teatro superlotado, o prefeito municipal, Antonio Iguatemi Martns, abriu a solenidade e disse da obrigação do Poder Público de exaltar a memória de uma figura que muito fizera por Santos. Em nome da classe estudantil, discursou José Leandro de Barros Pimentel e, em nome da mulher santista, falou Junia Mendes Gonçalves. A cerimônia foi encerrada pelo chefe do Executivo, com palavras de saudade e carinho à memória do grante poeta santense.

José Martins Fontes nasceu em Santos a 23 de junho de 1884 e aqui faleceu a 25 de junho de 1937, filho do dr. Silvério Fontes e Isabel Martins. Frequentou os melhores colégios do seu tempo, como os de Leopoldina Tomás Coelho, Eugênio Porchat de Assis e o do professor Tarquínio Silva. Doutorando-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, estreou como orador, ainda menino, a 1º de maio de 1892, lendo um hino a Castro Alves no Centro Socialista. Quando estudante, trabalhou em Gazeta de Notícias, O País, Careta, O Diabo, Kosmos, Tagarela, Esparadrapo e outros. Depois de servir na clínica do dr. Juliano Moreira, no Hospital dos Alienados, abriu consultório em Santos, onde receitou, certa vez, Fedro e comédias de Molière aos neurastênicos; a um entravado incurável, prescreveu os 80 volumes de Rocambole; amor e luar às histéricas; aconselhava ainda sol e mel de abelhas e, para consolar seus clientes, recitava Baudelaire.

Foi por muito tempo médico da Cia. Docas de Santos. Em 1908 participou da Comissão de Obras do Acre, que era dirigida por Bueno de Andrade. Chefe da Assistência Escolar da Prefeitura Municipal de Santos, ajudou Osvaldo Cruz nos serviços de profilaxia urbana do Rio de Janeiro. Durante a Primeira Grande Guerra Mundial, foi sócio de Olavo Bilac na Agência Americana, que fornecia cotações de mercados europeus e de Nova Iorque, da qual a Associação Comercial de Santos se tornou assinante. Seu primeiro livro de versos, Verão, foi publicado em 1917. Sócio correspondente da Academia Paulista de Letras, Martins Fontes, depois de visitar a Europa, viu-se nomeado para o cargo de delegado de Saúde do Estado em Santos, posto em disponibilidade, sem vencimentos, logo depois do golpe revolucionário de 1930.

Partidário da filosofia de Augusto Comte, escreveu versos baseados na crença positivista. Na hora em que expirou, numa estranha cincidência, desabou sobre Santos vasto noroeste; é esse, como se sabe, um vento que atua, fortemente, sobre o sistema nervoso, deprimindo a população. Deixou inúmeros livros de versos.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 431 a 433

Veja mais em [Martins Fontes, o Vulcão]
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