Lei 40, de 29 de setembro de 1894, deu a denominação de Dona Luiza Macuco 'à rua entre o Hospital do Isolamento e a Vila Matias'. Foi oficializada pela lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922, do prefeito municipal coronel Joaquim Montenegro. Incorporava-se à Planta sob número 92.

Numa de suas sessões ordinárias do mês de maio de 1914, a Câmara Municipal, sob a presidência do vice-presidente em exercício, dr. Osvaldo Cócrane, tomou conhecimento de convite formulado pela Prefeitura Municipal para o ato de inauguração do serviço de galerias da Rua Luíza Macuco, no trecho entre Dr. Cócrane e Aguiar de Andrade, 'visto estarem ultimados e não poderem ser inaugurados inteiramente depois de concluídos'. O ofício-convite ainda participava que o ato teria lugar às 17 horas e partiria do Largo do Rosário um bonde especial (de burros) para o local colocado à disposição dos vereadores.

Dona Luíza Macuco pertenceu a família tradicional de Santos. Filha de Francisco Manuel do Sacramento, tronco das distintas famílias Sacramento e Fortunato, conhecido pelo cognome de Macuco 'por causa da ave desse nome, da família dos tinamídeos, que constituía a caça predileta nas suas distrações venatórias. De tal modo se afizeram os descendentes a esse apelido que o ajuntaram ao patronímico, ficando todos Sacramentos Macucos e, por fim, apenas Macucos, como Luíza Macuco, Antonio Macuco e Ato Macuco Borges. Passou ainda esse cognome à própria chácara onde morava Francisco Manuel e da qual proveio a Vila Macuco,que constitui boa parte da população do bairro do Mauco', escreve Costa e Silva Sobrinho, às páginas 217 e 218 de Santos Noutros Tempos.

Dona Luíza Macuco foi casada com o tenente José Apolinário da Silva e teve o casal os seguintes filhos: Angela, casada com João Borges Vieira (que dá nome à Rua Borges); Antonio Carlos Sacramento Macuco, casado com Carolina Rosa do Sacramento Macuco; José André do Sacramento Macuco, que tem rua com seu nome, casado com Maria Monteiro da Silva Macuco; João do Sacramento Macuco e Rita Macuco Guerra, casada com Antonio de Sousa Guerra, irmão de João Guerra e que igualmente dá nome a uma rua desta Cidade.

Dona Luíza Macuco era dama muito respeitada no Município por seus predicados morais e cívicos. Na edição de 2 de março de 1880, o Diário de Santos, sob o título Ação Meritória, divulgou esta nota: 'Dona Luíza Macuco deu liberdade à sua escrava Francisca, de 38 anos de idade. Atos desses não se comentam: basta trazê-los a público para que todos apreciem devidamente quem os pratica'.