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Vias públicas de Santos/SP

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Rua Júlio Conceição

Coordenadas da via: Latitude: -23.944729 e Longitude: -46.328844      [GoogleMaps]

Começa em Praça Narciso de Andrade/Avenida Rangel Pestana, no bairro Vila Mathias

CEP: 11015-540 - até 319/320

11050-320 - de 321/322 ao fim

Termina em Rua Vidal Sion/Avenida General Francisco Glycerio, no bairro Encruzilhada

Nome antigo: Rua 149

Logradouro criado em 1921

História: Rua 149, foi considerada oficial pela lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922, sancionada pelo prefeito municipal coronel Joaquim Montenegro. Decreto 1.028, de 2 de março de 1957, do prefeito municipal dr. Antonio Feliciano, declarou de utilidade pública áreas de terreno necessárias à abertura do prolongamento da Rua Júlio Conceição.

No dia 10 de março de 1964, o prefeito municipal José Gomes baixou o decreto 2.679, oficializando os atos comemorativos do centenário do nascimento de Júlio Conceição, verificados de 12 a 19 de março de 1964, sob os auspícios do Instituto Histórico e Geográfico de Santos.

Amando verdadeiramente a terra que lhe serviu de berço, o vereador Américo Martins dos Santos pretendeu que as ruas Júlio Conceição, Constituição, Braz Cubas, Senador Feijó e Comendador Martins se estendessem até à praia. A propósito, apresentou projeto de lei na sessão da Edilidade realizada a 31 de maio de 1899, presidida pelo capitão Joaquim Feliciano da Silva, declarando de utilidade pública os terrenos necessários ao 'prolongamento até à Barra' daquelas vias públicas. Esse projeto de lei foi objeto do parecer 75 da Comissão de Viação e Obras e discutido na sessão realizada a 26 de julho do mesmo ano, decidindo o plenário o reencaminhamento à Comissão de Obras e Viação para reformular seu parecer.

Na sessão ordinária que a Câmara Municipal realizou a 3 de novembro de 1909, sob a presidência do dr. Antonio da Silva Azevedo Júnior, foi aprovado o parecer 172 da Comissão de Justiça e Poderes e Comissão de Obras e Viação, que se manifestava contrariamente ao pedido formulado por Júlio Conceição no sentido de que a via pública com seu nome fosse substituída por Rua Francisco Ferren. Os dois órgãos técnicos do Legislativo foram de parecer que o pedido não poderia ser deferido porque Júlio Conceição fazia jus à homenagem pelos dedicados serviços ao Município, assinalando a sua atuação como vereador e presidente da Câmara Municipal, em 1889, bem como seus préstimos por ocasião do surto de febre amarela. Aliás, na mesma sessão foi apreciado abaixo-assinado de munícipes solicitando não ser dado o nome de Francisco Ferren a uma via pública do Município, opinando a Comissão de Justiça e Poderes pelo arquivamento, depois de firmar seu ponto de vista de que o pedido era justo, visto como Francisco Ferren não merecia a homenagem pública, 'por tratar-se de um agitador e que foi regularmente processado e condenado segundo as leis do seu país'.

Júlio Conceição foi comerciante na Praça. Vereador à Câmara Municipal, exercia a presidência em 1889, quando a 21 de novembro, em sessão histórica, foi votada moção de solidariedade e apoio ao Governo Provisório de Deodoro da Fonseca. Ainda fez parte do Conselho de Intendência nos exercícios de 1891 e 1892.

Diretor do Banco Mercantil em 1899, foi provedor da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de 1897 a 1901 e um dos fundadores do Asilo de Órfãos, hoje Associação Casa da Criança. Sua grande obra foi a criação do Parque Indígena, no bairro do Boqueirão, que dispunha de área de mais de 22 mil metros quadrados e era autêntico Museu da Natureza, onde as árvores e plantas, nacionais e estrangeiras, se confundiam com as aves de variegados tipos, cores e formas.

O comendador Júlio Conceição foi o maior orquidófilo de Santos. Antes do Parque Indígena, tinha uma grande chácara no Gonzaga, na área hoje ocupada pela Praça da Independência. Nomeado testamenteiro de João Otávio dos Santos, publicou uma monografia em que prestou contas de todos os bens e haveres deixados pelo criador do Instituto Dona Escolástica Rosa. Esse varão ilustre, grande botânico, faleceu em Santos a 10 de dezembro de 1933.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 377/378

Veja mais em [Monumentos: Júlio Conceição]
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